segunda-feira, 11 de maio de 2020

A PAZ QUE É PERMANENTE (7)



“ Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27)
A PAZ QUE O SENHOR OFERECE AOS PECADORES: “A minha paz...”
        Na última página pude explicar sobre os pilares da paz e tratei sobre o perdão, porque o homem perdoado por Deus pode agora respirar liberdade e desfrutar da alegria, em saber que em nada mais é devedor.  Quero falar também da justificação e acredito que a justiça de Deus produz paz. Em Romanos 5:1 Paulo ensina que a paz é o efeito da justificação. Por que os pecadores não têm sossego na alma? É porque são devedores que jamais terão como pagar a Deus. O pecado nos posicionou numa condição tão triste, pois o homem é condenado já pelo Santo Juiz. Algumas pessoas pensam que serão condenados após a morte, mas nosso Senhor afirma que sem Cristo e sem essa salvação os homens já estão condenados (João 3:18).
        O assunto sobre justiça é, sem dúvida o tema mais tratado nas Escrituras, no que que se refere à obra da salvação. Deus se apresenta na Bíblia como o Deus de justiça; como o Deus que exige justiça perfeita. Ou é cem por cento justo perante o grande Juiz ou está condenado. Muitos pensam que chegarão ao reino celestial porque chegaram a um alto grau de justiça aqui, pois não roubam, não mentem, nem praticam certas abominações que muitos praticam. Muitas pessoas confiam nesses atos de justiça e cercam essa justiça com atos de bondade e religiosidade. Mas o fato é que nada disso dá paz aos homens.
        O homem rico que foi a Jesus com a pergunta do que faria para herdar a vida eterna, trouxe ao Senhor esse alto conceito que tinha acerca de sua religiosidade. Ele parecia tão justo aos olhos de todos, mas não percebia que sua própria pergunta revela o quanto era um homem sem paz. A pergunta: “Que farei para herdar a vida eterna” declara que algo no íntimo está errado. É claro que nosso Senhor, como que tirou foto do coração e mostrou que lá dentro ele guardava seu ídolo favorito no coração – o amor às riquezas (Lucas 18). Notemos bem que o melhor homem da face da terra não tem paz, a paz que Cristo concede somente aos Seus santos. Os homens vão parecer justos, bondosos e religiosos perante os olhos de todos, mas ninguém verá que Deus requer a verdade no íntimo; que lá dentro há uma alma arrasada pelo pecador; que tudo em seu íntimo é completamente tortuoso.
        Ó meu amigo, sem a perfeita justiça, a justiça de Cristo, eis que o pobre pecador é mais leve que uma pena. Então, sendo posto na balança divina, que peso o pecador terá? Nenhum! Pesados na balança dos homens muitos podem ser contados com peso de aprovação e de justiça vista pelos homens. Mas a balança divina não mente. Não adianta ganhar peso com as obras, no esforço de ser religioso ou de boa moral, porque tudo isso na balança divina nenhum efeito surtirá. O que o homem precisa para se tornar inocente e plenamente aceitável perante Deus? Justiça! Sem a justiça perfeita não há como entrar no céu e nem como andar neste mundo. Os caminhos tortuosos dos homens revelam o quanto são caminhos que seguem para todas as direções, mas não para cima.
        Quando o homem se converte a Cristo o único e suficiente Salvador e Senhor, eis que sua alma é inundada de paz. Essa é a mensagem bíblica e o testemunho de todos os salvos: “Mui triste eu andava sem gozo e sem paz, mas eu hoje tenho alegria eficaz. E constantemente bendigo ao meu Deus, e é claro o motivo, pois sou de Jesus!”. Notemos a mensagem o coro de um antigo e maravilhoso hino: “Ao vir Jesus a tempestade cessa; ao vir Jesus as lágrimas se vão. Ele transforma toda nossa vida iluminando a negra escuridão”. O homem rico de Lucas 18 foi a Jesus sem paz e voltou em situação pior. Sua atitude revelou o quanto estava em plena guerra contra Deus.

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