“Todos nós bramamos
como ursos e gememos como pombas; esperamos o juízo, mas ele não aparece/
esperamos a salvação, mas ela está longe de nós. Porque as nossas transgressões
se multiplicam diante de Ti, e os nossos pecados testificam contra nós. As
nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades. Temos
sido infiéis e mentimos contra o Senhor; nós nos afastamos do nosso Deus;
pregamos a opressão e a rebeldia; proferimos palavras de falsidade que
concebemos em nosso coração. Por isso o direito se retirou e a justiça se pôs
de longe, porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode
entrar”. ISAÍAS 59:11-14
CONFESSANDO A MANEIRA
CLARA COMO O PECADO DOMINA NO ÍNTIMO.
Chegou o momento para que entremos no
texto e descubramos as maravilhas da revelação de Deus em coisas que jamais o
ser humano é capaz de entender nem explicar. A salvação bíblica é Deus lidando
com o povo que Ele conhece de antemão. Lidamos com o Deus todo-poderoso e com
Ele não há dificuldades com o tempo; Ele nos mostra o passado como se fossem
acontecimentos presentes. O que ocorre é que Deus quer que saibamos quem são os
pecadores que Ele há de salvar e o texto de Isaías 59 nos mostra isso com
clareza. Noutra mensagem dentro desse capítulo já pude mostrar como os eleitos
clamam pela real salvação. O que vemos acerca da singela confissão dos eleitos
no texto?
Primeiramente vemos uma visão clara da
enormidade da culpa: “Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante
ti”. Ora, como os homens conseguem chegar a essa conclusão? Ninguém consegue
ver quão grande é sua culpa, até que os olhos são abertos e nós os crentes
sabemos desse fato em nossa própria experiência. A natureza enganosa do pecado
sempre faz os homens pensar que são justos. Muitos são pessoas boas,
excelentes, são como Nicodemos, religiosos e dedicados. Muitos são como Cornélio
(Atos 10), praticantes de boas obras, mas jamais viram sua condição pecaminosa
diante de Deus. No caso de Cornélio vemos que foi o Espírito Santo quem abriu
os olhos dele para mostrar-lhe que seus atos vinham do próprio Deus.
Tomemos o texto de forma mais acurada.
Vejamos ali o fato que as transgressões se multiplicam. Essa é a consciência de
uma vida que foi descoberta perante Deus. Os eleitos estão declarando que não
há como barrar o avanço das transgressões no íntimo. Os nossos pecados, se não
forem tratados pelo próprio Deus em nos livrar deles, a tendência é que a
maldade se multiplica. Não pensemos que cultura, mera religiosidade externa e
disciplinas mentais e físicas diminuirão esse frenesi do mal. A realidade do
pecado é no coração do homem e dali que surgem novos projetos da maldade.
Pequenas mentiras vão avançando em novas formas de mentir. O homem dominando
pelo amor ao dinheiro há de gastar em novos projetos de como ganhar mais.
Olhemos a vida de Labão (tio de Jacó, irmão de Rebeca). Desde quando o servo de
Abraão foi buscar Rebeca para ser esposa de Isaque, Labão revelou seu coração
em suas palavras. Na chegada do servo de Abraão levando consigo joias, logo
Labão mostrou o quanto seu coração não resistia o amor pelas riquezas (Gênesis
24). Quais foram suas palavras? “Entre bendito do Senhor!”. Já velho, Labão
expressou o que era na maneira como tratou Jacó seu sobrinho, com atitude de avareza
e maldade (Gênesis 30 e 31)
Os eleitos percebem que não têm poder
algum para tratar com o mal em suas vidas. Eles descobrem com a visão de Deus
que são pecadores, caídos e que não há nenhuma esperança neles mesmos, para
viver como Deus quer. Uma visão da condição do coração depravado mostra o
quanto pecadores arrependidos estão à busca do verdadeiro Salvador trazendo
consigo tudo o que precisa para livrá-lo da escravidão do pecado.
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