sexta-feira, 1 de maio de 2020

A SINGELA CONFISSÃO DOS PECADORES (2)



“Todos nós bramamos como ursos e gememos como pombas; esperamos o juízo, mas ele não aparece/ esperamos a salvação, mas ela está longe de nós. Porque as nossas transgressões se multiplicam diante de Ti, e os nossos pecados testificam contra nós. As nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades. Temos sido infiéis e mentimos contra o Senhor; nós nos afastamos do nosso Deus; pregamos a opressão e a rebeldia; proferimos palavras de falsidade que concebemos em nosso coração. Por isso o direito se retirou e a justiça se pôs de longe, porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode entrar”. ISAÍAS 59:11-14
CONFESSANDO A MANEIRA CLARA COMO O PECADO DOMINA NO ÍNTIMO.
        Chegou o momento para que entremos no texto e descubramos as maravilhas da revelação de Deus em coisas que jamais o ser humano é capaz de entender nem explicar. A salvação bíblica é Deus lidando com o povo que Ele conhece de antemão. Lidamos com o Deus todo-poderoso e com Ele não há dificuldades com o tempo; Ele nos mostra o passado como se fossem acontecimentos presentes. O que ocorre é que Deus quer que saibamos quem são os pecadores que Ele há de salvar e o texto de Isaías 59 nos mostra isso com clareza. Noutra mensagem dentro desse capítulo já pude mostrar como os eleitos clamam pela real salvação. O que vemos acerca da singela confissão dos eleitos no texto?
        Primeiramente vemos uma visão clara da enormidade da culpa: “Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti”. Ora, como os homens conseguem chegar a essa conclusão? Ninguém consegue ver quão grande é sua culpa, até que os olhos são abertos e nós os crentes sabemos desse fato em nossa própria experiência. A natureza enganosa do pecado sempre faz os homens pensar que são justos. Muitos são pessoas boas, excelentes, são como Nicodemos, religiosos e dedicados. Muitos são como Cornélio (Atos 10), praticantes de boas obras, mas jamais viram sua condição pecaminosa diante de Deus. No caso de Cornélio vemos que foi o Espírito Santo quem abriu os olhos dele para mostrar-lhe que seus atos vinham do próprio Deus.
        Tomemos o texto de forma mais acurada. Vejamos ali o fato que as transgressões se multiplicam. Essa é a consciência de uma vida que foi descoberta perante Deus. Os eleitos estão declarando que não há como barrar o avanço das transgressões no íntimo. Os nossos pecados, se não forem tratados pelo próprio Deus em nos livrar deles, a tendência é que a maldade se multiplica. Não pensemos que cultura, mera religiosidade externa e disciplinas mentais e físicas diminuirão esse frenesi do mal. A realidade do pecado é no coração do homem e dali que surgem novos projetos da maldade. Pequenas mentiras vão avançando em novas formas de mentir. O homem dominando pelo amor ao dinheiro há de gastar em novos projetos de como ganhar mais. Olhemos a vida de Labão (tio de Jacó, irmão de Rebeca). Desde quando o servo de Abraão foi buscar Rebeca para ser esposa de Isaque, Labão revelou seu coração em suas palavras. Na chegada do servo de Abraão levando consigo joias, logo Labão mostrou o quanto seu coração não resistia o amor pelas riquezas (Gênesis 24). Quais foram suas palavras? “Entre bendito do Senhor!”. Já velho, Labão expressou o que era na maneira como tratou Jacó seu sobrinho, com atitude de avareza e maldade (Gênesis 30 e 31)
        Os eleitos percebem que não têm poder algum para tratar com o mal em suas vidas. Eles descobrem com a visão de Deus que são pecadores, caídos e que não há nenhuma esperança neles mesmos, para viver como Deus quer. Uma visão da condição do coração depravado mostra o quanto pecadores arrependidos estão à busca do verdadeiro Salvador trazendo consigo tudo o que precisa para livrá-lo da escravidão do pecado.

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