“Eis o soberbo, sua
alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
“...o justo viverá da fé”. A FÉ MIRANDO SEU
DEUS.
A fé que faz o justo mostrar a vida em
Cristo mira apenas Deus. Ela vislumbra o invisível, ouve a voz do seu Deus e
caminha por caminhos de justiça. A fé falsa dirá que confia em Deus, mas na
realidade é outra divindade criada no coração. Aquele que tem um viver
dividido, confiando em Deus, mas ao mesmo tempo confia no homem, é porque a
soberba habita no íntimo. Um homem com uma alma dividida é porque realmente não
confia em Deus. Às vezes busca a Deus, mas é quando a situação fica difícil,
mas mesmo assim usará um crente confiante para buscar ajuda. Nabucodonosor, em
seu segundo sonho, já não estava mais atrevido e cruel como antes. Mas ao
buscar ajuda na interpretação do sonho, não buscou Daniel, porque tinha medo da
interpretação. Como viu que nenhum dos magos trazia resposta, então, não houve
remédio e foi realmente buscar ajuda do homem de Deus (Daniel 4).
Não há algo mais terrível na vida de um
homem, quando não crê unicamente em Deus. Há indícios de idolatria guardada no
coração. Foi assim com a nação de Israel nos dias de Jeremias, porque o povo
religiosamente tentava manipular Deus por fora, mas o Senhor mostrou que todo
problema deles era que os ídolos estavam gravados na parede do coração
(Jeremias 17:1). Um viver que não mostra confiança absoluta em Deus, sem dúvida
tem outro “braço” no qual está segurando, e isso é idolatria. Não há maior
abominação para Deus do que alguém por sua confiança noutro ser, entidade ou
mesmo em si. A vida de Labão, tio de Jacó é mostrada na bíblia como sendo um
homem trabalhador e próspero. Mas é notável no capítulo 31 de Gênesis o quanto
aquele homem guardava seus ídolos e punha confiança neles. Ele ficou furioso
quando viu que seus ídolos foram roubados. De uma forma ou de outra, a fé que
não mira somente a Deus e que não põe sua confiança inteiramente Nele, há de
mostrar suas idolatrias e seu apego ao mundo e ao sistema religioso daqui.
Notemos que nos dias de Jesus, muitos
creram Nele, mas a fé era testada. Era apenas uma fé da boca para fora, pois
quando os líderes religiosos mostravam suas faces cheias de raiva, eles logo se
encolhiam e escondiam, não confessando o Senhor perante os homens. Quem não tem
a firme Rocha debaixo dos pés é porque vacila neste lodaçal mundano. Quem não
está seguro no Deus que não pode mentir, é porque busca socorro e livramento
aqui. Aquele que realmente crê anda sozinho com Deus. Aquele que não crê será
visto olhando em todas as direções, à busca do socorro dos homens aqui. Não
estou dizendo que a fé genuína não vacila. Os crentes tendem a desvanecer ao
longo da estrada, mas logo são erguidos e sobem no poder da palavra, à busca
dos recursos infinitos do seu Deus.
Notemos bem que a fé verdadeira habita
num homem justo: “O justo viverá...”. Significa que, sendo justa, a pessoa
crente andará em justiça. Justiça é retidão; justiça é mostrar ao mundo o que significa
o sistema do reino de Deus na terra. Fé verdadeira é o homem inteiro rompendo
pelo mundo, indo na direção do céu. Como pode alguém andar para o céu e não crê
em Deus? Uma fé dividida faz a pessoa dá um passo à frente e dois para traz. A
fé encontra na graça o porto seguro, acha nela o cabo firme onde possa segurar,
anda segundo a luz das radiantes promessas de um Deus que não pode mentir.
Quanta tristeza para muitos cuja fé foi
reprovada! Os santos devem se ocupar em trilhar o caminho do temor e da
obediência. Fracassar na confiança em Deus é ganhar nota zero; não crê no
Senhor em sincera confiança é sinal de inércia espiritual, por isso não serve
para a obra de Deus. Que ousemos andar em justiça! Que nossa fé nos mova para
cima, na direção para onde somente os que creem podem ir!
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