quarta-feira, 8 de maio de 2019

O JUSTO VIVERÁ DA FÉ (8)


                             
“Eis o soberbo, sua alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
 “...o justo viverá da fé”. A FÉ MIRANDO SEU DEUS.
        A fé que faz o justo mostrar a vida em Cristo mira apenas Deus. Ela vislumbra o invisível, ouve a voz do seu Deus e caminha por caminhos de justiça. A fé falsa dirá que confia em Deus, mas na realidade é outra divindade criada no coração. Aquele que tem um viver dividido, confiando em Deus, mas ao mesmo tempo confia no homem, é porque a soberba habita no íntimo. Um homem com uma alma dividida é porque realmente não confia em Deus. Às vezes busca a Deus, mas é quando a situação fica difícil, mas mesmo assim usará um crente confiante para buscar ajuda. Nabucodonosor, em seu segundo sonho, já não estava mais atrevido e cruel como antes. Mas ao buscar ajuda na interpretação do sonho, não buscou Daniel, porque tinha medo da interpretação. Como viu que nenhum dos magos trazia resposta, então, não houve remédio e foi realmente buscar ajuda do homem de Deus (Daniel 4).
        Não há algo mais terrível na vida de um homem, quando não crê unicamente em Deus. Há indícios de idolatria guardada no coração. Foi assim com a nação de Israel nos dias de Jeremias, porque o povo religiosamente tentava manipular Deus por fora, mas o Senhor mostrou que todo problema deles era que os ídolos estavam gravados na parede do coração (Jeremias 17:1). Um viver que não mostra confiança absoluta em Deus, sem dúvida tem outro “braço” no qual está segurando, e isso é idolatria. Não há maior abominação para Deus do que alguém por sua confiança noutro ser, entidade ou mesmo em si. A vida de Labão, tio de Jacó é mostrada na bíblia como sendo um homem trabalhador e próspero. Mas é notável no capítulo 31 de Gênesis o quanto aquele homem guardava seus ídolos e punha confiança neles. Ele ficou furioso quando viu que seus ídolos foram roubados. De uma forma ou de outra, a fé que não mira somente a Deus e que não põe sua confiança inteiramente Nele, há de mostrar suas idolatrias e seu apego ao mundo e ao sistema religioso daqui.
        Notemos que nos dias de Jesus, muitos creram Nele, mas a fé era testada. Era apenas uma fé da boca para fora, pois quando os líderes religiosos mostravam suas faces cheias de raiva, eles logo se encolhiam e escondiam, não confessando o Senhor perante os homens. Quem não tem a firme Rocha debaixo dos pés é porque vacila neste lodaçal mundano. Quem não está seguro no Deus que não pode mentir, é porque busca socorro e livramento aqui. Aquele que realmente crê anda sozinho com Deus. Aquele que não crê será visto olhando em todas as direções, à busca do socorro dos homens aqui. Não estou dizendo que a fé genuína não vacila. Os crentes tendem a desvanecer ao longo da estrada, mas logo são erguidos e sobem no poder da palavra, à busca dos recursos infinitos do seu Deus.
        Notemos bem que a fé verdadeira habita num homem justo: “O justo viverá...”. Significa que, sendo justa, a pessoa crente andará em justiça. Justiça é retidão; justiça é mostrar ao mundo o que significa o sistema do reino de Deus na terra. Fé verdadeira é o homem inteiro rompendo pelo mundo, indo na direção do céu. Como pode alguém andar para o céu e não crê em Deus? Uma fé dividida faz a pessoa dá um passo à frente e dois para traz. A fé encontra na graça o porto seguro, acha nela o cabo firme onde possa segurar, anda segundo a luz das radiantes promessas de um Deus que não pode mentir.
        Quanta tristeza para muitos cuja fé foi reprovada! Os santos devem se ocupar em trilhar o caminho do temor e da obediência. Fracassar na confiança em Deus é ganhar nota zero; não crê no Senhor em sincera confiança é sinal de inércia espiritual, por isso não serve para a obra de Deus. Que ousemos andar em justiça! Que nossa fé nos mova para cima, na direção para onde somente os que creem podem ir!

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