“Por isso o juízo
está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que
há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías
59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA
CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
Estou me esforçando em
mostrar nessa incrível revelação de Deus o quanto os eleitos são mostrados por
Deus em sua condição miserável. Deus tem em mira alcançar os pecadores - Seu
povo eleito - e eles são vistos na visão de Deus dessa forma, conforme descreve
o Espírito Santo em Isaías 59. Veremos agora o quanto eles clamam pela condição
de pobreza espiritual. É bom destacar essa verdade, porque em toda Escritura
vemos Deus mostrando a condição do homem sempre no coração e não na aparência,
conforme o mundo gosta e aprecia. No texto acima não vemos os pecadores
gritando e invocando a Deus por causa de bens mundanos, de comida, roupa e
outras coisas. Eles estão afirmando que há ausência de juízo e de justiça.
O que é o pecado? É
injustiça! Todo e qualquer ato pecaminoso é a clara manifestação de injustiça
contra Deus e contra o próximo. Tudo o que se volta contra Deus, Sua santidade
e Sua glória, fatalmente acarretará em prejuízo ao próximo. É impossível
desonrar a Deus, sem desonrar os seres humanos que estão ao nosso derredor.
Então, é necessário que olhemos os homens do ponto de vista de Deus e não do
nosso ponto de vista. É necessário que esse véu da aparência seja rasgado, para
que, pela fé vejamos como Deus encara o homem. Tomemos por exemplo o conhecido
texto de Habacuque 2:4: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”. É um
texto conhecido porque sempre o menciono aqui em minhas mensagens. Notemos bem
como Deus vê o homem. Ele o vê na alma: “Eis o soberbo, sua alma não é reta
nele...”. Os homens no pecado são mostrados na alma, como Deus colocou Seu
prumo e viu-a como torta: “...sua alma não é reta...”.
O que é que falta no homem?
Falta comida, casa, roupa, saúde, dinheiro e outras coisas tão buscadas aqui?
Claro que não! Essas coisas são vistas do nosso ponto de vista humano e
terreno. Mas quando considerarmos o que Deus fala, logo veremos como a visão de
Deus toca exatamente naquilo que é eterno – na alma. Ora, os homens jamais
verão sua condição conforme Deus a mostra. Eles seguirão até à morte, seguindo
as esperanças de um mundo melhor aqui, e mesmo que a morte chegue, ele ainda
espera que haverá um descanso melhor para si. Mas os eleitos não veem as coisas
dessa maneira. Os eleitos são almas descobertas por Deus; são pessoas que
sentem sua miséria no coração; a luz do céu entrou no coração e está movendo
suas vidas numa terrível falta de paz; eles veem a realidade da vida, como Deus
mostra; a luz que brilha em torno dele é a luz que emana da compaixão de Deus.
Outro detalhe na vida dos
eleitos é que eles não veem nenhum socorro aqui; para eles não há esperança
neste mundo. Os eleitos estão realmente perdidos; para eles a luz do mundo não
serve; o serviço terreno não tem qualquer valia; as respostas daqui são
atiradas ao desprezo. Eles não buscam solução na comida, na festa, na religião,
na convivência, no conforto mundano, etc. O mundo luta por essas coisas; todo
esforço deste mundo visa o conforto terreno e do corpo. Mas os eleitos querem
Deus! Eles buscam um socorro que não é achado aqui. Eles realmente sentem a
verdadeira miséria.
Pode bem ser que haja almas
nessa condição; que haja pecadores nessa incessante busca por coisas eternas. É
sinal que a porta da misericórdia está aberta; que os olhos do Senhor e
Salvador está chamando pecadores ao arrependimento e que Sua graça está
vivificando pecadores, a fim de trazê-las à salvação eterna. “No céu, na terra,
que maravilha! Está operando o poder do Senhor!”
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