terça-feira, 28 de maio de 2019

O CLAMOR DOS ELEITOS (3)



“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
        Estou me esforçando em mostrar nessa incrível revelação de Deus o quanto os eleitos são mostrados por Deus em sua condição miserável. Deus tem em mira alcançar os pecadores - Seu povo eleito - e eles são vistos na visão de Deus dessa forma, conforme descreve o Espírito Santo em Isaías 59. Veremos agora o quanto eles clamam pela condição de pobreza espiritual. É bom destacar essa verdade, porque em toda Escritura vemos Deus mostrando a condição do homem sempre no coração e não na aparência, conforme o mundo gosta e aprecia. No texto acima não vemos os pecadores gritando e invocando a Deus por causa de bens mundanos, de comida, roupa e outras coisas. Eles estão afirmando que há ausência de juízo e de justiça.
        O que é o pecado? É injustiça! Todo e qualquer ato pecaminoso é a clara manifestação de injustiça contra Deus e contra o próximo. Tudo o que se volta contra Deus, Sua santidade e Sua glória, fatalmente acarretará em prejuízo ao próximo. É impossível desonrar a Deus, sem desonrar os seres humanos que estão ao nosso derredor. Então, é necessário que olhemos os homens do ponto de vista de Deus e não do nosso ponto de vista. É necessário que esse véu da aparência seja rasgado, para que, pela fé vejamos como Deus encara o homem. Tomemos por exemplo o conhecido texto de Habacuque 2:4: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”. É um texto conhecido porque sempre o menciono aqui em minhas mensagens. Notemos bem como Deus vê o homem. Ele o vê na alma: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”. Os homens no pecado são mostrados na alma, como Deus colocou Seu prumo e viu-a como torta: “...sua alma não é reta...”.
        O que é que falta no homem? Falta comida, casa, roupa, saúde, dinheiro e outras coisas tão buscadas aqui? Claro que não! Essas coisas são vistas do nosso ponto de vista humano e terreno. Mas quando considerarmos o que Deus fala, logo veremos como a visão de Deus toca exatamente naquilo que é eterno – na alma. Ora, os homens jamais verão sua condição conforme Deus a mostra. Eles seguirão até à morte, seguindo as esperanças de um mundo melhor aqui, e mesmo que a morte chegue, ele ainda espera que haverá um descanso melhor para si. Mas os eleitos não veem as coisas dessa maneira. Os eleitos são almas descobertas por Deus; são pessoas que sentem sua miséria no coração; a luz do céu entrou no coração e está movendo suas vidas numa terrível falta de paz; eles veem a realidade da vida, como Deus mostra; a luz que brilha em torno dele é a luz que emana da compaixão de Deus.
        Outro detalhe na vida dos eleitos é que eles não veem nenhum socorro aqui; para eles não há esperança neste mundo. Os eleitos estão realmente perdidos; para eles a luz do mundo não serve; o serviço terreno não tem qualquer valia; as respostas daqui são atiradas ao desprezo. Eles não buscam solução na comida, na festa, na religião, na convivência, no conforto mundano, etc. O mundo luta por essas coisas; todo esforço deste mundo visa o conforto terreno e do corpo. Mas os eleitos querem Deus! Eles buscam um socorro que não é achado aqui. Eles realmente sentem a verdadeira miséria.
        Pode bem ser que haja almas nessa condição; que haja pecadores nessa incessante busca por coisas eternas. É sinal que a porta da misericórdia está aberta; que os olhos do Senhor e Salvador está chamando pecadores ao arrependimento e que Sua graça está vivificando pecadores, a fim de trazê-las à salvação eterna. “No céu, na terra, que maravilha! Está operando o poder do Senhor!”     


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