“Assim diz o Senhor
dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre
vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não
o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor
disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração
dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
Notemos bem que as promessas feitas
pelos falsos mestres, assim como eram feitas pelos falsos profetas, são elas
curtidas de esperanças inúteis; os falsos mestres agarram nossas emoções,
dominam as nossas mentes, a fim de encher deste mundo. Notemos que quando
Jeremias enfrentou o falso profeta Hananias, foi perceptível que a promessa
daquele homem a Israel era revestida de uma esperança por uma melhora aqui.
Milhares de judeus tinham sido transportados para Babilônia e Deus havia dito
por Jeremias que o cativeiro duraria 70 anos. Hananias, entretanto, tinha uma
mensagem “melhor” aos ouvidos da população: “Dentro de dois anos trarei de
volta...” (Jeremias 28:3). Os falsos mestres são assim, pois torcem a palavra
de Deus e inventam suas próprias mensagens.
Isso significa muito para nós, nestes
dias tão perversos. Por todos os lados vemos os falsos mestres usando a bíblia
de forma distorcida, no intento de puxar os homens para promessas desta vida.
Os verdadeiros pregadores e ensinadores da palavra de Deus, normalmente cuidam
em mostrar realidades eternas. Quando lidamos com a palavra de Deus somos
ensinados a falar o que Ele exatamente nos mandou pregar, sem que inventemos
nada. Para Jeremias, a mensagem era que o povo que fora levado para o exílio
ficaria lá durante setenta anos. Isso foi registrado e pronto! Deus quer que as
almas sejam ocupadas com coisas eternas, com realidades que a mente humana não
é capaz de conceber. Não temos que diminuir a mensagem, mostrando-a de forma
mais leve. Não devemos cair perante as afrontas dos homens, nem tampouco diante
das exigências deles. Para Micaías, o velho profeta, era necessário falar com o
perverso rei Acabe, aquilo que Deus mandou que ele falasse, e assim fez o homem
de Deus.
Creio que precisamos entender um pouco
mais sobre o perfil da mensagem exposta por elementos perigosos, disfarçados de
apóstolos e pastores. Visto que eles falam as invenções dos seus corações,
então é certo que estamos lidando com homens que jamais tiveram seus corações
purificados e santificados para servir a Deus. O que esperamos dos homens não
salvos? O que brota de seus corações? Quais são suas intenções? Eles sempre
estão procurando, de uma forma ou de outra, como podem lucrar na vida. Seus
corações estão curtidos de atitudes perniciosas, supersticiosas, maliciosa,
enfeitiçadora e atraente. O homem no pecado quer a glória para si; Deus está
fora dos seus planos; eles não tem acesso à presença de Deus, porque não foram
salvos.
Notemos a atitude de Simão (Atos 8).
Aparentemente ele havia convertido ao evangelho, mas ele abraçou a fé porque
viu ali um meio de acessar-se aos bens do povo, como fazia. Até os pregadores
enviados por Deus devem cuidar em manter a mensagem pura; a espada deve estar
sempre polida e pronta para a guerra contra o mal. Quando multiplicam o número
de falsos mestres é sinal de destruição, do avanço da mentira e do
encorajamento ao erro; é sinal de que Deus está endurecendo o coração do povo,
a fim de trazer seus juízos.
Que o Senhor venha encher nossos
corações de temor e de Sua sabedoria e prudência. Precisamos em nossos dias
saber distinguir o bom do excelente, o mel do melado, o ouro da bijuteria, etc.
Com esse discernimento podemos amadurecer nossa fé, a fim de sermos úteis neste
mundo.
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