“Eis o soberbo, sua
alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
“...o justo viverá da fé”. A FÉ MIRANDO SEU
DEUS.
Para encerrar, quero mostrar um pouco
mais sobre o que significa viver pela fé, porque com clareza o texto mostra a
diferença entre um crente e um não
crente. O crente vive pela mesma fé, com a qual foi atraído até o Salvador. Não
tem outra maneira de viver a vida cristã, se não for pela fé. Todas as
invenções não passam de piadas e tudo é transformado em confusão. Vida cristã é
a humilde fé que demonstra sua confiança em Deus; é o novo homem se abastecendo
da força da graça extraída da palavra, a fim de trilhar esse caminho terreno,
até a chegada ao lar celestial. Vida cristã é humildade demonstrada em temor a
Deus e numa prontidão em colocar em prática os ensinos bíblicos no viver. Os justos
são pessoas humildes, mas humildade bíblica não é simplicidade ou ingenuidade,
antes, a humildade é a vida guiada em santo discernimento espiritual, à medida
que o crente se ajusta no viver bíblico.
Outro detalhe de grande importância na
exposição da vida do justo aqui, é que a fé não se apaga ante as provações.
Toda barreira à frente constitui-se um verdadeiro desafio à fé; ela tem asar
para voar, vigor para correr e pés que não se cansam na jornada normal da vida.
Eis aí a humildade. Noto o quanto a religiosidade moderna está longe desse
sistema de vida que somente os justos têm e podem empreender na jornada. Na
realidade, as provações vêm para fazer com que a fé ganhe forças para
prosseguir. Este mundo cruel não pode suportar o que somente os justos
suportam. O mundo sempre apela para os meios mundanos, a fim de enfrentar as
dificuldades. O braço forte dos homens é desconhecido de uma fé que confia e
descanso nos braços de Deus. Os homens no pecado sempre estão dizendo uns aos
outros: “Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima”. É esse o espírito
mundano, cheio de superstição que envolve a vida de milhares.
A fé, entretanto, sabe que tudo começou
com Deus e que Dele advirá forças para o viver. O homem é fraco e inútil e
quando se converte é porque correu para Deus, a fim de obter recursos infinitos
na salvação. Será assim também no dia a dia, o modo de viver para as ovelhas
que seguem o Pastor em meio aos “leões e hienas do mal”. Nesse andar os santos
ganham forças. O Senhor ordena que andemos, porque avançaremos mais à medida
que obedecemos Seu comando. Fracassaremos se pararmos e tivermos dó de nós
mesmos. A fé é obediente e não se atreve a por Deus como servo. Quando Moisés
pediu ao Senhor que lhe concedesse a graça de viver um pouco mais e entrar na
terra prometida, eis que a voz do grande Senhor ecoou aos ouvidos do Seu servo:
“Não me fale mais nisso”.
Nesta vida os santos são servos e não
senhores; somos súditos e não reis. Não nos atrevemos a subir acima do lugar
onde Deus nos colocou. José teve que se adaptar aos sistemas da prisão onde
ficou injustamente por mais de dois anos, até que estivesse pronto para assumir
a posição de governador. A fé é assim obediente, não discute com Deus e aprende
sabedoria à luz daquilo que vivencia aqui. Assim os justos vivem aqui e
renovamos nossa fé, à medida que avançamos no conhecimento do Senhor. Aqui
sempre dependeremos dessa visão santa, desse conhecimento do invisível, até que
um dia veremos as coisas como elas realmente serão, diante da perfeição. No céu
os crentes não precisarão mais viver pela fé. Aqui sim, porque somos
sustentados pelas sagradas letras e ainda estamos presos a este corpo carnal
que depende do modo visível de vida.
A fé caminho vendo um mundo não
essencial à vida aqui. Caminhamos para obter nossa celestial e nosso repouso
eterno há de vir. Glórias por Aquele que é o Autor e Consumador da nossa fé!
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