segunda-feira, 13 de maio de 2019

O JUSTO VIVERÁ DA FÉ (11 de 11)



“Eis o soberbo, sua alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
 “...o justo viverá da fé”. A FÉ MIRANDO SEU DEUS.
        Para encerrar, quero mostrar um pouco mais sobre o que significa viver pela fé, porque com clareza o texto mostra a diferença entre um crente e  um não crente. O crente vive pela mesma fé, com a qual foi atraído até o Salvador. Não tem outra maneira de viver a vida cristã, se não for pela fé. Todas as invenções não passam de piadas e tudo é transformado em confusão. Vida cristã é a humilde fé que demonstra sua confiança em Deus; é o novo homem se abastecendo da força da graça extraída da palavra, a fim de trilhar esse caminho terreno, até a chegada ao lar celestial. Vida cristã é humildade demonstrada em temor a Deus e numa prontidão em colocar em prática os ensinos bíblicos no viver. Os justos são pessoas humildes, mas humildade bíblica não é simplicidade ou ingenuidade, antes, a humildade é a vida guiada em santo discernimento espiritual, à medida que o crente se ajusta no viver bíblico.
        Outro detalhe de grande importância na exposição da vida do justo aqui, é que a fé não se apaga ante as provações. Toda barreira à frente constitui-se um verdadeiro desafio à fé; ela tem asar para voar, vigor para correr e pés que não se cansam na jornada normal da vida. Eis aí a humildade. Noto o quanto a religiosidade moderna está longe desse sistema de vida que somente os justos têm e podem empreender na jornada. Na realidade, as provações vêm para fazer com que a fé ganhe forças para prosseguir. Este mundo cruel não pode suportar o que somente os justos suportam. O mundo sempre apela para os meios mundanos, a fim de enfrentar as dificuldades. O braço forte dos homens é desconhecido de uma fé que confia e descanso nos braços de Deus. Os homens no pecado sempre estão dizendo uns aos outros: “Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima”. É esse o espírito mundano, cheio de superstição que envolve a vida de milhares.
        A fé, entretanto, sabe que tudo começou com Deus e que Dele advirá forças para o viver. O homem é fraco e inútil e quando se converte é porque correu para Deus, a fim de obter recursos infinitos na salvação. Será assim também no dia a dia, o modo de viver para as ovelhas que seguem o Pastor em meio aos “leões e hienas do mal”. Nesse andar os santos ganham forças. O Senhor ordena que andemos, porque avançaremos mais à medida que obedecemos Seu comando. Fracassaremos se pararmos e tivermos dó de nós mesmos. A fé é obediente e não se atreve a por Deus como servo. Quando Moisés pediu ao Senhor que lhe concedesse a graça de viver um pouco mais e entrar na terra prometida, eis que a voz do grande Senhor ecoou aos ouvidos do Seu servo: “Não me fale mais nisso”.
        Nesta vida os santos são servos e não senhores; somos súditos e não reis. Não nos atrevemos a subir acima do lugar onde Deus nos colocou. José teve que se adaptar aos sistemas da prisão onde ficou injustamente por mais de dois anos, até que estivesse pronto para assumir a posição de governador. A fé é assim obediente, não discute com Deus e aprende sabedoria à luz daquilo que vivencia aqui. Assim os justos vivem aqui e renovamos nossa fé, à medida que avançamos no conhecimento do Senhor. Aqui sempre dependeremos dessa visão santa, desse conhecimento do invisível, até que um dia veremos as coisas como elas realmente serão, diante da perfeição. No céu os crentes não precisarão mais viver pela fé. Aqui sim, porque somos sustentados pelas sagradas letras e ainda estamos presos a este corpo carnal que depende do modo visível de vida.
        A fé caminho vendo um mundo não essencial à vida aqui. Caminhamos para obter nossa celestial e nosso repouso eterno há de vir. Glórias por Aquele que é o Autor e Consumador da nossa fé!


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