“Assim diz o Senhor
dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre
vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não
o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor
disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração
dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
Nota-se que a mensagem do falso mestre
não envolve a misericórdia de Deus. Sendo assim, ela é destituída de justiça, juízo e do verdadeiro amor. A mensagem
do falso mestre é assim; ela será meio termo; espertamente ele mostrará Deus,
mas de uma forma agradável à carne. O falso mestre tem em suas mãos os laços,
com os quais ele há de pegar os incautos e ignorantes. Espertamente eles
utilizam a psicologia, porque o alvo é ter jogo de cintura com as multidões. O
que ele faz? Simplesmente ele oferece paz, mas a paz conforme o homem quer. Era
essa a predominante mensagem dos falsos profetas no Antigo Testamento. Eles sempre
diziam: “paz, paz”, quando de fato não havia paz. Todo objetivo da mentira é
camuflar o perigo do coração; é tapar a boca do poço da perdição; é dar um
calmante aos pecadores, a fim de fazê-los sentir bem com Deus.
Sendo assim, a mensagem do falso mestre
será uma mensagem sem a glória do juízo de Deus. Ele jamais tocará nesse
assunto, a não ser de forma bem superficial. O objetivo do falso mestre é, por
assim dizer, tapar a boca de Deus e anular os terrores que vêm Dele. O falso
mestre não tocará no assunto do homem, em sua culpa, miséria e condenação
merecida. O próprio povo pagará a ele, a fim de que não fale sobre esse
assunto. É comum ver os falsos mestres enfeitando o ambiente de “amor”, vaidade
e de festas. Os falsos mestres conseguem erguer uma divindade diferente no
ambiente; eles enfeitam tudo com bons versos bíblicos e tapa todas as brechas,
a fim de que nenhuma luz dos ensinos da ira de Deus venha entrar. Os falsos
mestres conseguem encher os lábios de belas palavras “cristãs”; de bons
sentimentos de “adoração” e conseguem cultivar um fervor carnal que vem
parecido com algo espiritual.
Nota-se que os falsos mestres conseguem
fazer com os homens no íntimo venham a sentir certa comoção social. Eles, religiosamente
falando veem as desgraças aqui de forma diferente da visão de Deus. Enfeitados
por uma visão errada do pecado, eles acreditarão que o problema dos homens está
na condição miserável aqui; verão que o problema está nas drogas, na falta de
comida, de roupa e de boa casa. A mensagem santa e pura mostra a desgraça do
homem no coração e não na aparência. Eles são vistos no íntimo como inimigos de
Deus, tanto na riqueza, quanto na pobreza. A mensagem do evangelho não olha os
homens segundo a aparência e a condição social deles. A situação é a mesma,
porque “...todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23).
Então, é possível ver com clareza que na
mensagem do falso mestre há ausência de arrependimento. Normalmente, os homens
reagem bem ante a mensagem de um falso mestre. Nada há de chacoalho no viver
miserável do homem desde sua queda. Os falsos mestres fabricam com sucesso a
falsa conversão, porque sem o arrependimento os homens não conseguem ver sua
condição em Adão e sua miserável jornada, desde sua queda. Nada haverá de: “Eu
pequei, contra ti somente pequei!”. O arrependido, como que, entra numa “máquina
do tempo” e volta ao seu passado, considerando todos os seus feitos, vê seu
presente na santa dependência de Deus e segura firmemente nos cuidados de Deus
para andar retamente até chegar ao céu!
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