“Por isso o juízo
está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que
há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías
59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA
CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
Examinemos de perto o texto
de Isaías, a fim de sabermos o que realmente significa o clamor dos eleitos. Se
não houver uma chamada irresistível da parte de Deus, é impossível para que os
homens no pecado queiram a salvação. A atitude dos eleitos é algo maravilhoso
realizado pela graça; são homens e mulheres despertados do estado de morte e
vendo que a situação deles é grave. Quero enfatizar o estado pecaminoso do
homem, a fim de mostrar as maravilhas que acontecem naqueles que pela graça são
despertados.
A tortuosidade é vista na
alma: Quando a alma é torta, a maneira de viver será torta. Não esperamos que
uma religião há de mudar o homem. Pode aparecer uma mudança na aparência, em
alguns costumes, etc. mas não no coração. A hostilidade do homem é contra Deus,
e não contra uma religião. Saulo se sentia bem entre os fariseus e foi longe em
tudo o que um homem pode religiosamente fazer. Mas seus esforços foram vistos
como pleno fracasso após sua conversão. Nicodemos podia ser um mestre em
Israel, mas não passava de ignorante no tocante às realidades eternas. Não há
poder aqui que consiga endireitar uma alma torta em relação a Deus. Os bons
costumes aqui podem ser uteis para o mundo, mas em nada servem para serem
aceitos por Deus.
Os homens manifestam a
tortuosidade da alma por fora, numa atitude de soberba e em plena disposição de
guerra contra Deus. O texto de Habacuque deixa isso claro: “Eis o soberbo...”.
O ódio de alguém contra Deus é mostrado na atitude mais terrível em relação a
Deus – na soberba. A soberba é a atitude de andar sem Deus aqui; é o homem
declarando que não precisa do Senhor, da Sua palavra, de Sua liderança e
pastoreio. A soberba é o homem mostrando ser um leão em suas atitude; achando
no íntimo que há de andar em seus pecados, sem nada temer.
Notemos bem que no caso dos
eleitos, eles percebem logo o engano do pecado no íntimo; que a situação deles
é miseravelmente digna de dó, por isso clamam por um livramento. Notamos isso
no caso dos dois ladrões. Um deles sentia os horrores da crucificação, via o
Salvador presente ali, mas permaneceu no mesmo estado que estava quando sentia
liberdade para roubar. O outro – um eleito – quando percebeu pela graça que o
Salvador estava ali presente, pode então clamar pela sua salvação e entrada no
reino.
Sabemos também, que os
homens vivem tentando se justificar. A maior luta do evangelho bendito é despir
o homem de toda justiça própria. No pecado os homens não percebem que toda sua
justiça é vista por Deus com trapo de imundície. Para eles suas obras são
cheias de perfumes e dos encantos fabricados pela religião da carne. Mas não é
o caso dos eleitos, porque estes estão dizendo no íntimo: “...a justiça não nos
alcança”. Quando Deus faz a cirurgia da graça, abrindo os olhos dos pecadores,
a reação deles é imediata, porque desconhecem que nada têm, que nada podem
fazer para Deus, que são culpados e indignos perante o Deus santo.
Que o Senhor em Sua
compaixão venha em Sua graça derramar favores maravilhosos a esta geração tão
arrogante e corrompida. A nova era que não passa de ser plano destruidor de
satanás tem fomentado ainda mais a soberba do homem. Nossa geração precisa
conhecer o Deus da Bíblia, a glória Dele, quem é o Salvador enviado do céu. Que
novos pregadores sejam erguidos, a fim de falar das grandezas dessa tão grande
salvação enviada aos pecadores no mundo inteiro.
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