“Assim
diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que
profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do
seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me
desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a
dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
Quando a mensagem não vem de Deus, eis
que logo é vista sendo uma mensagem carregada de fraude. É perceptível a
mensagem proveniente do céu aos homens, pois está recheada de misericórdia;
vemos o profeta de Deus falando do coração compassivo, de um Deus que se
condoeu de suas criaturas perdidas; vemos de um Deus que convoca todos ao
arrependimento, antes que venha o juízo; vemos um Deus que mostra Sua santidade
e a culpa de todos perante Ele. Mas a mensagem do falso mestre é destituída
desse enfoque que tanto permeia a mensagem bíblica. Eu usei a ilustração da
mensagem de Hananias, comparando-a com a mensagem de Jeremias. A mensagem de
Hananias está cheia de tendências humanista; nota-se que ele procura dizer
aquilo que Deus não falou, com o
propósito puxar do céu uma bondade de Deus. Vemos sempre essa tendência de
dizer que os homens não merecem; que os setenta anos de cativeiro é uma
sentença cruel, que Deus não estava realmente querendo dizer o que Ele falou.
Vamos trazer essas tendências dos
falsos mestres para nossos dias. Suas mensagens sempre tendem a cortejar os
homens, dizendo para eles que “Deus irá lhes abençoar”; estão sempre fazendo
promessas de uma vida financeira melhor, de um futuro melhor, de saúde e
prosperidade. A mensagem de Jeremias era a mesma mensagem, ela não mudou, mesmo
diante das circunstâncias. Deus falou do cativeiro babilônico e esse cativeiro
não iria alterar no tempo de setenta anos. O falso mestre tenta manipular as
Escrituras; eles usam a bíblia, mas sempre tocando em textos que eles querem
usar. Eles recuam ante as mensagens de juízo, pois têm medo de falar do
inferno, da necessidade de humilhação e arrependimento. Os falsos mestres
encobrem essas coisas, porque têm uma mensagem mais humanizada e harmonizada
com aquilo que a multidão tanto anseia ouvir. Observemos bem que é a
intensidade do juízo que faz brilhar a misericórdia; é a humilhação que faz o
homem cair no lugar onde será visto pela doce ternura da compaixão de Deus.
Também, percebemos na mensagem do falso
mestre que ela é cheia de paz. Onde estiverem os falsos mestres, ali será
ouvido constantemente o termo “paz”. Os homens querem tremular a bandeira da
paz, enquanto os verdadeiros pregadores vem declarar o fato que Deus está em guerra, conforme vemos no Salmo 5. Os
falsos mestres espalham a inverdade de que Deus está abençoando a todos e que
nada há de anormal com os homens. Eles querem sentir religiosamente bem; querem
abraçar uns aos outros; querem dizer que realmente podem amar e quando os mais
terríveis pecados aparecem, eis que eles logo abrandam todo ambiente, dizendo
que Deus ama todo mundo e que determinados pecados são problemas que os homens
enfrentam aqui e que Deus entende tudo isso.
A mensagem do pregador
enviado por Deus traz paz também, mas não é essa paz conforme pregam os falsos
mestres. O pregador do evangelho declara o fato que Deus em nada é solidário
com o pecado; que os homens receberão a devida punição e que precisam se
arrepender, caso queiram experimentar a doce paz com Deus. A mensagem do Alto
declara que é Deus quem reconcilia o homem com Ele, por meio de Jesus Cristo.
Ora tudo isso vem numa mensagem do céu e precisamos saber distinguir entre o
que é de Deus e o que não é
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