“Por isso o juízo
está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que
há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías
59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA
CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
Quando os eleitos clamam é
porque eles veem a si mesmos sem a justiça perfeita de Deus. A balança daqui
não tem validade para eles; eles podem ser pessoas boas, honestas,
trabalhadoras e até mesmo admiradas no mundo; podem até mesmo ser pessoas
religiosas, educadas, cultas, etc. Mas nada disso terá qualquer valor quando
elas se veem perante a perfeição da justiça divina. O mundo avalia tudo pelo
sistema de justiça humana, mas tal justiça se ergue num movimento de
perseguição quando está diante da justiça de Cristo. Quando condenaram
Barrabás, o mundo estava mostrando sua justiça, mas ao deparar com o Justo
Filho de Deus, rapidamente livraram um criminoso e incriminaram um inocente.
O mundo age assim, mas
quando os eleitos são despertados, eles logo percebem que o problema deles está
no coração e não por fora; o problema deles é visto por Deus e não por vizinho,
amigos, parentes ou religiosos. O mundo premia o melhor que o mundo pode
produzir, mas há de atacar aquilo que Deus exibe através dos salvos. Os salvos
não atacam a justiça do mundo, eles simplesmente a ignoram, porque sabem que
não tem qualquer valor perante os olhos de Deus. O melhor daqui está sob total
fracasso e é envenenado pelo pecado. O mundo não consegue segurar o que acha
ser melhor. A corrupção aparece para destruir tudo, porque o fundamento é
errado e não pode suportar as pressões que surgem.
Os eleitos também percebem
que a ausência de justiça há de produzir falta de paz no íntimo. A equação é
esta: Falta de justiça é igual falta de paz. Não há como edificar a vida nesse
ambiente de guerra no coração. Sem a paz que vem numa alma reconciliada com Deus,
ali há ausência de “chuvas de bênçãos”. Um homem sem paz tem sua alma
ressequida, devido a ausência de fruto ali. Um homem que ainda não foi
justificado está em constante tiroteio contra Deus, porque ele luta para tentar
inutilmente implantar sua vida aqui num clima infernal, num ambiente sem um
alicerce sólido. Ele está como que, querendo dizer que pode fazer tudo aqui sem
Deus; que pode prevalecer, cuidar da família, viver bem, ter alegria, ser
feliz, tudo isso sem a liderança de Deus e de Sua Palavra no viver.
No caso dos eleitos, eles
percebem essas coisas no íntimo, por isso dar-se o início ao clamor em seus
corações; por isso eles sentem a infelicidade no íntimo; por isso nada mais
satisfaz seus pobres corações; por isso eles contemplam a si mesmos como sendo
pessoas que foram pesadas na perfeita balança divina, e foram achadas em falta.
Eles não estão buscando paz consigo mesmo; não estão interessados naquilo que o
mundo pensa. Eles querem achar a paz com Deus. Eles se veem culpados,
merecedores do castigo eterno; eles se veem incapazes de pagar o terrível
débito, por isso se humilham, como que clamando: “Quem me poderá salvar?”; “Quem
pode tirar minhas culpas e perdoar meus terríveis débitos?”
Ora, nós sabemos sim, que
quando devemos a alguém, seremos considerados devedores, até que paguemos. A
dívida dos eleitos eles sabem bem que não é mera dívida, como temos aqui quando
devemos aos homens. A dívida dos eleitos é contra Deus. Eles percebem que tal
dívida é tanta, que não tem como pagá-la. Se forem atirados à prisão eterna a
sentença deles será eterna. Essas verdades vêm aos corações daquelas almas que
neste mundo são despertadas por Deus, a fim de achar a salvação que há somente
no Justo Filho de Deus.
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