“Laços de morte me
cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e
tristeza. Então, invoquei o nome do Senhor: ó Senhor, livra-me a alma” Salmo
116:3 e 4)
O RESULTADO ETERNO
DESSA SALVAÇÃO: “volta, ó...”
Que resultado precioso na alma! “Volta,
ó minha alma ao teu sossego...”. Eis aí o fruto da perfeita justiça, quando o
pecador é salvo. Eis aí o que Deus faz com o homem, quando este é reconciliado
mediante o sangue do Filho. O que acontece é que a alma encontra seu lugar de
repouso; não há mais guerra, acabou o conflito e a alma está quedada aos pés do
Senhor. Vemos que enquanto isso não ocorre, eis que os homens continuam fugindo
de Deus, armados contra Deus e em emboscada para atirar contra Deus. Tenho
lidado com várias pessoas na comunicação do evangelho. Elas estão dispostas a
conversar sobre políticas, finanças, amizades, passeios e outras conversas
inúteis, mas quando o assunto da mensagem da cruz vem à tona, eis que no
coração elas imediatamente se fecham e se escondem. Alguns ficam atormentados
com a mensagem do juízo, por isso tentam escapar para não ouvir, assim como
ocorreu com o governador Félix ao escutar a mensagem pregada por Paulo.
“Volta, ó minha alma, ao teu sossego”.
Outra lição que emerge do texto é que a fé passa a comandar a alma. Antes era a
carne puxando a alma para as armadilhas da vaidade; antes era a pobre alma
subordinada aos costumes e paixões demandados pelo mundo e pela carne; antes
era a alma submissa às mentiras e prontas para esconder-se da verdade. Mas
agora a alma recebe a liderança da fé genuína, a qual foi implantada no coração
do salvo. Agora o novo homem está em ação; agora a alma está fortalecida pelo
homem interior, nascido de novo. Então, a alma parou de ser atropelada; parou
de ser levada pela cegueira da incredulidade. Agora tem uma voz ativa no
íntimo; agora tem alguém que ama a Deus e que é conduzido por Deus. Agora tem
alguém mais forte – o novo homem em Cristo. Agora tem alguém cheio de temor e
que pode andar em sabedoria. Por isso a voz da santíssima fé ordena a alma: “Volta,
ó minha alma ao teu sossego...”.
Por que isso acontece? É simples! Não há
glória humana; não há louvor para os atos dos homens; não foi obra da carne nem
de qualquer feito mundano. A fé genuína está ligada aos homens e ao mundo,
porque a obra feita no coração foi algo do Espírito de Deus. A fé tributa
louvores a Deus, reconhecendo seus atos graciosos para com pecadores caídos: “...pois
o Senhor tem sido bondoso para contigo”. Agora sim, os lábios físicos estão sob
o controle do Espírito; agora sim as emoções estão em seu devido lugar; agora
sim a mente não é mais escravizada, pois pode pensar com santo discernimento;
agora sim a verdadeira sabedoria entrou em ação, a fim de que o homem viva aqui
em santo temor (Provérbios 1:7). A alma está sendo ensinada na força da fé e na
aula da graça. Agora a visão foi aberta, porque antes não passava de um cego;
agora a fé contempla a cruz e o grande salvador que foi morto em lugar do
perdido.
Que santa história contada a nós na
inspiração divina! As circunstâncias são diferentes, mas a verdade é a mesma
para todos os santos. Todos eles beberam da mesma agua e comeram do mesmo pão.
Todos eles sabem bem como viviam antes, como não tinham paz com Deus e que por
isso não tinham sossego nem de dia nem de noite, até que as mãos de
misericórdia lhes puxaram para Deus. Essa é a mensagem contada pelo autor de um
antigo hino:
"Bem longe de Deus eu andava, um
pobre perdido fui eu.
Pensava que fosse impossível,
entrar a minha alma no céu.
Então me entreguei ao meu
Mestre, feliz Jesus Cristo me fez.
A todos eu vou proclamando: foi
ele quem me satisfez."
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