“Laços de morte me
cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e
tristeza. Então, invoquei o nome do Senhor: ó Senhor, livra-me a alma” Salmo
116:3 e 4)
O RESULTADO ETERNO
DESSA SALVAÇÃO: “volta, ó...”
Não há dúvida que a salvação traz a
eterna bênção da paz com Deus na alma, por isso a fé entrou em ação para
proclamar a liberdade da alma e leva-la ao lugar certo: “Volta, ó minha alma ao
teu repouso...”. Todos os verdadeiros salvos proclamam e testemunham dessa
verdade que a graça lhes outorgou e a fé apreendeu. Notamos isso especialmente
nos antigos hinos, como esta mensagem:
Ó Jesus, achei descanso em teu
terno coração!
É manancial de gozo, e
consolação!
Já cheguei a contemplar-te e
minha alma se inundou,
Com a refulgente graça que ela
em ti achou!
Esta apenas uma em
meio a milhares de confissão da sincera fé feita por meio dos cânticos
proferidos por lábios santificados pela graça. Realmente não tão preciosa
bênção como essa, porque é assim que a vida cristã tem início, conforme diz
Paulo em Romanos 1:17: “...de fé em fé...”.
Mas essa obra é também reconhecida como
sendo totalmente feita pela graça no coração: “...pois o Senhor tem sido
generoso para contigo”. A fé não opera isenta da graça; a fé não é um
despertamento isolado que ocorre no homem. A fé é a obra da própria graça,
despertando pecadores da morte para a vida (João 5:24). A fé é incrivelmente
humilde em seus atos e nunca, jamais há de se elevar; jamais dirá que sua
salvação ocorreu por um ato seu, mas sim porque aprouve a graça de Deus operar
em sua vida e libertar um escravo do poder amaldiçoador do pecado. Mas a fé,
quando é obra feita pelo Espírito é vista dinamizando esse ato da graça
exteriormente: “...pois o Senhor tem sido generoso para contigo”. A fé quando é
do homem e vem apenas do homem ela é morta, inativa e nada demonstra que houve
sinal de vida celestial. A fé cristã aparece para por em ordem a casa da sua
vida; aparece para revelar externamente o que Deus fez, assim como ocorreu com
Saulo após sua conversão. Suas armas foram atiradas fora e o sossego da paz com
Deus dominou seu viver e o tranquilizou.
Mas também aparece o louvou verdadeiro: “Pois
livraste a minha alma...”. Que preciosa lição! O salvo jamais perderá de vista
a presença graciosa do Senhor, para dar-lhe louvores. O salvo mostra sua
humilde confissão, pois reconhece que merecia a morte eterna. Então seu louvor
aparece ao revelar a perfeita justiça de Cristo em sua vida: “Pois livraste das
lágrimas, os meus olhos...”. Que ensino! Não há lugar para dó de si; não há
lugar para o conforto que este mundo tenta oferecer; não há lugar, senão para
louvores a Deus, porque o Senhor envolve o pecador perdido com seu perdão
completo. O salvo entende isso e não se sente amedrontado. O sangue do Filho de
Deus realmente purifica o homem de seus miseráveis pecados e realmente traz
libertação completa ao que jazia como escravo.
E finalmente ele mostra que está seguro
e livre para sempre do juízo eterno: “...pois livraste...da queda os meus pés”.
Não há mais o terror da perdição envolvendo seu viver e transtornado sua alma;
não há mais qualquer perigo que venha lhe ameaçar, porque Cristo, na cruz
derrotou para sempre os cruéis inimigos, os quais dominavam sua pobre
existência aqui; agora pode dizer que está seguro para sempre e que debaixo dos
seus pés há a Rocha dos séculos que dá perfeita segurança, a fim de livrá-lo do
voraz inferno. Que louvor! Não é exatamente isso o que precisamos ver em nossos
dias? Não é esse o resultado mais glorioso a ser contemplado aqui na salvação
de pecadores?
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