terça-feira, 14 de março de 2017

E O REINO PERTENCE AO SENHOR (8)

“Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai” (Mateus 13:41-43).
O TEMPO CERTO DO JUIZO NO SEU REINO.
        A lição principal que nosso Senhor nos passa é que nos tempos finais os anjos virão para separar os verdadeiros crentes (trigo), dos não crentes (o joio). Alguns ensinam que ao usar a ilustração do joio nosso Senhor estava referindo apenas aos falsos crentes, os que estão dentro das igrejas, mas que jamais nasceram de novo e que não pertencem ao povo de Deus. Concordo em parte porque, de fato Cristo mostra essa verdade no texto. Mas para mim o joio refere-se a todos os não salvos, todos os que estão dentro das igrejas e fora das igrejas. A respeito disso que pretendo discorrer agora.
        Encaremos bem o texto porque o Senhor define bem o joio: “os escândalos” e “os que praticam a iniquidade”. Isso deixa claro que todos os ímpios compõem o joio e que todos os crentes compõem o trigo. A razão principal é que os homens fisicamente são iguais, todos somos seres humanos e que, olhando externamente nada há que mostre qualquer diferença. Quem faz essa diferença é Deus. Quando referimos ao joio dentro da igreja fica ainda mais difícil, porque estão ali Antônio e Manoel, ambos cantando, ouvindo a mensagem e orando. Como podemos afirmar que o Antônio pertence ao trigo, enquanto o Manoel pertence ao joio? Somos nós capazes de julgar quem é realmente crente ou não é? É claro que o fruto no viver mostrará se a pessoa é, de fato pertencente ao Senhor, mas nem sempre teremos capacidade de avaliar se fruto é fruto mesmo, ou a pessoa está desenvolvendo aos poucos a vida espiritual. Para mim o verdadeiro crente é aquele que ama a palavra de Deus. Nisso sou bem definido, porque nosso Senhor realmente afirmou que quem é de Deus ouve as palavras de Deus. Também ele enfatiza isso em João 10, quando afirma que suas ovelhas ouvem a sua voz (verso 37).  
        Mas nosso objetivo é examinar o texto, porque nosso Senhor define bem quem pertencem ao joio os escândalos e os que praticam iniquidade, eles são os escândalos (dentro da igreja) e os que praticam iniquidade (fora da igreja). Os escândalos, já sabemos são os que afirmam serem crentes, mas que realmente não são crentes; afirmam que pertencem a Deus, mas na verdade nunca foram chamados para a salvação. Parece que são de Deus e todos os de fora veem como crentes, mas a verdade é que eles são os que são motivos de escândalos e infâmia para o reino de Deus. Em Apocalipse nosso Senhor define essas pessoas como aquelas que têm nome de que vivem, mas que estão mortas.
        Em nossos dias os escândalos têm se multiplicados. É escândalo porque profana o nome do Senhor. Em Ezequiel vemos que Deus mostra a razão principal porque estava punindo Israel, porque a nação veio a profanar seu santo nome. O povo de Deus tem como objetivo engrandecer o nome do Senhor. Quando Davi caiu em adultério Deus, através do profeta Natã afirma que Davi havia dado motivo para que os inimigos zombassem do nome de Deus e da glória dele. A igreja de Deus na face da terra tem como meta principal manifestar a glória de Deus num mundo mentiroso e profano. Os escândalos aparecem dentro da igreja como trabalho de satanás, a fim de manchar a glória de Deus. Quando Judas foi bem definido como o traidor, o Senhor deixou claro que era melhor que ele não tivesse nascido. Essa verdade deve trazer temor aos nossos corações, especialmente para examinemos a nós mesmos à luz do que está ocorrendo em nossos dias. Se a fé é verdadeira ela há de honrar a Deus, mas se não for ela há de ser motivo profanação ao nome bendito daquele que deve ser temido e exaltado em tudo.

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