quinta-feira, 30 de março de 2017

O REI DA GLÓRIA (1)

Salmo 24
INTRODUÇÃO:      
        A função principal das Escrituras é a exaltação da glória de Cristo; a luta maior do diabo, do mundo e dos homens incrédulos é destronizá-lo. Não devemos esquecer que neste mundo estamos diante dessa batalha; que o mundo jamais há de querer exaltar Cristo como o Senhor da glória. Essa mensagem majestosa como vemos nas Escrituras não tem qualquer aceitação no coração dos homens, por causa da sua natureza corrompida e voltada a si mesma. A exaltação de Cristo como o Senhor da glória é motivo do ódio tremendo de satanás, por isso ele faz o que está fazendo hoje, lutando para engrandecer um cristo medíocre, aceito na mente supersticiosa e idólatra dos homens e até mesmo dentro da igreja esse Jesus mundano e ecumênico tem sido exaltado e colocado como centro das atenções religiosas.
        O que devemos fazer diante de uma situação dessa? Não é necessário que façamos o que Elias fez diante do povo de Samaria e perante os olhos dos falsos profetas? Não é o momento para que exaltemos biblicamente nosso Senhor? Não é um momento especial para que homens e mulheres sejam tomados de temor e tremor perante a majestade celestial? Não é o momento para que o altar erigido pelo mundo seja despencado e a glória da palavra de Deus seja manifesta? Oh! Como me sinto tão pequeno diante da grandeza do meu Senhor! Como posso eu falar dele? Terei palavras para descrever sua majestade? O que posso fazer é tomar o Salmo 24 e esforçar para mostrar quem ele é perante os olhos daqueles que são atraídos à verdade revelada. Estou certíssimo que os verdadeiros crentes amam a Cristo e querem conhece-lo mais, a fim de glorifica-lo melhor no viver.
        Creio que o Salmo 24 foi nos dado para que cheguemos nesse santuário de forma humilde, reconhecendo nossa miséria e a grandeza daquele que é descrito no Salmo anterior como sendo nosso Pastor, o qual veio ao mundo porque compadeceu dessas frágeis e errantes ovelhas. O Salmo 24 aparece para que nós elevamos nossos olhos pela fé e contemplemos esse soberano Senhor; que vejamos seu trono de glória; que ele em nada precisa de nós para ser o que ele é – soberano e autossuficiente. Os santos amam o Senhor, porque reconhecem ser ele seu salvador e Senhor. Os santos o admiram porque foi ele quem se tornou Homem por amor aos homens caídos; os santos querem conhece-lo melhor, porque ele se identificou conosco, tornando semelhante a nós em tudo, com (exceto no caso do pecado); é ele nosso motivo de felicidade; nosso amigo fiel que nos guia de forma amável, cheio de ternura, consolo e admoestação sábia. E mais do que tudo, um dia vamos vê-lo face a face e seremos semelhantes a ele.
        Mais do que tudo, o Salmo 24 nos convoca a ver sua atuação neste mundo; como esse Salvador age soberano e poderosamente para salvar os perdidos. Vemos como sua voz atua, sua ordem prevalece contra o poder do pecado e da morte; como ele age de tal maneira que satanás e os poderes das trevas se afastam. O Rei da glória age assim no meio dos homens. Não cremos num evangelho frágil, tosco; não confiamos, jamais no poder do homem para tomar uma decisão para Deus. Cremos sim que os seres humanos caíram, tombaram em Adão; que a morte prevaleceu de tal maneira que agora mesmo eles estão mortos, jazem na tumba do pecado e que satanás se aproveita do estado natural deles, a fim de usá-los e manipula-los em seu reino de mentiras.
        O que seria dos homens se não fosse esse Salvador? O que seria dos pecadores? Eles não podem se salvar; eles estão algemados e amordaçados nessa mais aterrorizante prisão. São terríveis seus algozes, porque não somente satanás os domina e escraviza, como a morte os mantém presos, fazendo com que eles cheirem mal. Voltemos para o Salmo 24 e vejamos como age poderosa e soberanamente o Rei da glória neste mundo em salvar os seus.

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