“Laços de morte me
cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e
tristeza. Então, invoquei o nome do Senhor: ó Senhor, livra-me a alma” Salmo
116:3 e 4)
HISTÓRIA INIGUALÁVEL:
“Laços de morte me cercaram...”.
Já pudemos ver o quanto a experiência da
genuína salvação está completamente distante da compreensão da mente natural,
porque os homens podem entender bem as experiências que tocam a carne e a alma
aqui, com o ininterrupto trabalho do diabo, do mundo e da natureza carnal. Mas,
na experiência do salmista ele afirma que “Laços da morte...” o cercaram. Para
milhares de pessoas que morrem no pecado, eis que a morte não chega com laços,
mas sim com sua fúria brutal, aplicando nelas o golpe certeiro que lhe leva
para o castigo eterno. Mas em seu caso, percebemos o quanto na salvação o homem
é cercado pelas misericórdias de Deus. Por essa razão a morte veio apenas para enlaça-lo:
“Laços da morte...”. São os meios que Deus permite, a fim de que a morte chegue
para aprisionar alguém, assim como ocorreu com Saulo, quando caiu cego e assim
ficou por 3 dias.
Nessa circunstância tão drástica, mas
cheia da graça de Deus, eis que pecadores são visitados pela obra vivificadora
do Senhor; eles são cercados pelo amor daquele que os escolheu na eternidade e
que provou ser verdadeiro, quando na cruz o Senhor se entregou, a fim de remir
um povo para si mesmo. Deus permite que circunstâncias assim cheguem na vida de
milhares, com os quais ele quer falar, assim como sucedeu com o salmista. Ele
não permite que a morte chegue com seu punhal de terror; ele não permite que a
morte venha dominar e esmagar, ela apenas cumprirá o serviço designado pelo
Senhor, porque não é permitida que ela tome um salvo e o lance no inferno,
assim como faz com milhões e milhares diariamente neste mundo. Que incrível
cerco desse amor! Que circunstância maravilhosa, a qual resulta em bênçãos
eternais! Que lugar onde somente o salvo encontra a comunhão maravilhosa
daquele que não somente veio para salvar, como também para habitar nele!
Como podemos explicar a salvação? Que
linguagem acharemos aqui neste mundo, para descrever isso? Afinal, a experiência
do salvo é completamente diferente daquilo que o mundo pensa, sente e busca
aqui. Quando Deus opera sua salvação, eis que a alma desce, a fim de subir; o
homem é humilhado, a fim de ser colocado nos lugares requintados da salvação.
Na salvação é Deus manifestando sua força em dominar a morte e toda sua
tentativa de vencer, porque ela é esmagada pelo poder do Senhor em erguer um
pecador da morte para a vida (João 5:24). Na salvação eis que a obra da nova
criação chega para anular definitivamente os horrores da queda que ocorreu na
velha criação, a fim de que Deus erga um novo homem. O que era terreno foi
feito celestial; o que era mundano, foi feito para ser de Cristo; o que era
apenas esperneio da carne, agora é algo vivificado e dirigido pelo Espírito; o
que era envolto em trevas, agora é despertado para viver na luz.
Sendo assim, não há guerra nesse
acontecimento? Claro que sim! “Laços de morte me cercaram...” A morte e o
inferno estão perdendo um freguês que era tanto aguardado no além! Agora tudo é
diferente, porque as forças da morte são utilizadas para que a graça mostre sua
grande e tão gloriosa conquista. Agora é o Senhor, autor dessa tão grande
salvação quem entra para mostrar o quanto seu braço é forte, e assim que ele
não vai perder nenhum daqueles por quem ele morreu. Assim, esses “laços” se
tornam laços que Deus utiliza para puxar o homem para si. Que história dessa
redenção! Não foi assim com o ladrão ali na cruz? Que festa fazia o inferno, na
esperança de ter mais freguês! Mas entrou o braço forte do Senhor, a fim de
tomar sua ovelha para si e leva-lo definitivamente para sua habitação eterna: “...hoje
mesmo estarás comigo no Paraiso”.
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