“Alegrai-vos
no Senhor e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos os que sois retos de
coração” (Salmo 32:11)
ENCONTRANDO A FONTE
DA SATISFAÇÃO EM DEUS: “Alegrai- vos no
Senhor”
Ao penetrar no texto, eis que
imediatamente vemos que a fé é chamada à ação: “alegrai-vos no Senhor”. Que
comunicação de amor! Como os santos são privilegiados! Como a salvação é
grandiosa, porque é mais do que perdão, purificação e segurança eterna, é
também uma riqueza infinita à nossa disposição, a fim de que andemos aqui
desfrutando daquilo que está infinitamente distante dos pensamentos e
sentimentos deste sistema mundano. Vejo o quanto muitos que afirmam ser crentes
ignoram isso, porque não entendem que a salvação nos posiciona no caminho de
bênçãos eternais, mesmo que seja contrário àquilo que nossa carne tanto deseja.
Mas é a fé que passa a agir e se não houver a fé que é operada no coração pelo
Espírito Santo, então toda essa lição será estranha.
Como sabemos disso? O que nos leva a
entender que não somos estranhos nessa convivência santa? Vemos essa verdade
claramente mostrada logo no início desse Salmo: “Bem-aventurado aquele...”.
Notemos bem que a graça declara que o homem visitado na salvação bendito é a
mais feliz de todas as criaturas existentes, tudo porque Deus diz que ele é uma
pessoa bem-aventurada. Ele foi chamado para a salvação e essa salvação vem de
Deus e não do homem. Ele agora é uma pessoa que confessa que um dia foi achado
pela graça e que foi perdoado e aceito em Cristo. Ele agora é uma pessoa vista
por Deus como sem culpa legal e que está para sempre livre de toda e qualquer
condenação. Agora ele está desfrutando da paz com Deus, conforme o ensino de Romanos
5:1.
Que entendamos bem que não é uma mera
salvação, mas sim uma tão grande salvação (Hebreus 2:3); que não foi uma
decisão do homem mas sim de Deus (João 6:44); que não foi a boa vontade do
homem, mas sim a soberana e atuante vontade de Deus. É claro que esse ensino
nos humilha, nos põe no pó e até mesmo nos põe tremendo, porque é na graça que
os homens entendem eles são o que são porque Deus usou de misericórdia para com
eles. Mas é nessa humilha que somos erguidos na bem-aventurança. É assim que a
vida em Cristo começa. A graça primeiramente nos empurra no pó pela lei, depois
nos ergue em Cristo. A verdadeira felicidade procede de um firme fundamento
onde a fé genuína pode descansar nos grandes feitos de Cristo.
Preciso afirmar também que essa ordem: “Alegrai-vos
no Senhor...” não é algo banal, surgido
dos sentimentos religiosos. Não lidamos com fogo que se apaga; não levamos ao
Senhor fogo estranho, aceso pela infame carnalidade. O Espírito de Deus arde a
verdade salvadora em nossos corações, e a santíssima fé se apoia tão somente
naquilo que está escrito. Queremos sentimentos? Queremos estar envolvidos nessa
santa alegria, a fim de que todo nosso ser, nos pensamentos e nas emoções?
Então, necessário é que a fé se envolva com a verdade escrita. Estamos vivendo
num mundo cheio de luzes da religião carnal, fabricada pelos ardis do nosso
inimigo. Que não caiamos nessa euforia passageira e viciosa.
Devemos lembrar que fomos achados em
Cristo, que sua morte na cruz foi porque ele nos amou e assim pagou nossos
terríveis débitos. Que saibamos que fomos aceitos nele – no Amado do Pai. Nossa
alegria parte dessa fé conquistadora, porque o salvo ama a palavra e entra nela
para conquistar essas riquezas, tomando-as para si. Busquemos esses santos
ornamentos da nossa felicidade em Cristo e assim caminharemos nesta jornada,
cheios do gozo e da exultação, esperando aquele momento encantador, quando
sairemos dessa caverna pavorosa, a fim de entrar no gozo eterno da nossa santa
morada – o Monte Sião.
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