terça-feira, 21 de março de 2017

PLENA SATISFAÇÃO EM CRISTO (7)

“Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos os que sois retos de coração” (Salmo 32:11)
ENCONTRANDO MOTIVOS NA JUSTIÇA PARA A SATISFAÇÃO:        “...regozijai-vos, ó justos...”
         Mas o texto nos leva mais longe em achar satisfação somente em Cristo. Veja a ordem que nos é dada pelo Espírito Santo: “...regozijai-vos, ó justos...”. Que lição maravilhosa! Agora o texto mexe com todos os crentes em Cristo; todos os que realmente creram em Jesus e que foram salvos são despertados para olhar para seu salvador e mirar sua glória e a grandeza dessa salvação. Os crentes são chamados de justos: “...ó justos”. Não fazem parte dessa festa os meros religiosos; não são chamados os hipócritas nem incrédulos, porque eles não podem e nunca vão achar em Jesus qualquer motivo para regozijar. Não há fé neles para essa festa; seus olhos espirituais estão fechados e seus corações lacrados pela obstinação e dureza. Eles têm o mundo e a religião mundana, a fim de promover aquilo que eles acham que é motivo de alegria e prazer, mas que lida apenas com a euforia enganosa da carne.
         No texto eis que o Espírito da glória convoca os salvos, os que acharam a paz com Deus, porque foram reconciliados mediante o sangue e estão para sempre livres da ira vindoura. São eles os que receberam vida eterna, por isso pertencem a Deus como filhos e ao reino de Deus como herdeiros. Então, a ordem faz sentido: “Regozijai-vos, ó justos...”. Que festa! Tudo agora é visto pela fé na verdade, por essa razão esse regozijo não pode ser visto nem entendido pelos mundanos. A fé mira o invisível e os crentes podem meditar e entender tudo o que ocorreu com na redenção. A nossa história está sublinhada na cruz; miramos aquilo que para o mundo é loucura, porque vemos que nosso Salvador, o Justo Senhor morreu em nosso lugar, tornando assim nosso legítimo substituto, para que pudéssemos estar completamente livre da condenação eterna. A justiça dele nos foi imputada, de tal maneira que Deus nos aceitou como inocentes, livres de qualquer acusação, como diz a frase de um antigo hino: “Eu salvo das penas eternas já sou!”.
         Como justos, agora podemos entender que estamos livres, que os grilhões do pecado e da morte foram arrancados de nós pelas chaves da redenção. Agora os santos estão livres do grande acusador, daquele que antes nos mantinha aprisionados em seu mundo, mas que ficava de tal maneira oculto, disfarçado, não permitindo que víssemos quem ele realmente era. Antes achávamos que éramos inocentes e que Deus era culpado; antes críamos que havia em nós poder e graça, além de capacidade para nos erguer neste mundo em felicidade. Estamos livres da ira de Deus, porque o próprio Filho nos amou tanto, a ponto de ocupar nosso lugar, para sofrer sobre si a terrível fúria de Deus ali na cruz. Foi ali que o Cordeiro foi assado sob a fúria da ira santa e justa do Senhor. Quem pode contar esse amor?
         Também, os justos foram libertos para sempre das maldições da santa lei. Ela, tão perfeita fez seu perfeito trabalho em mostrar o quanto  estávamos aquém da glória de Deus e quanto realmente merecíamos ouvir seus gritos de “malditos!” Aquele que não conheceu pecado entrou em nosso lugar, viu nosso desespero e sofreu sobre si as maldições da lei, tornando ele mesmo maldição em nosso lugar. Eis aí os justos! O mundo pode escrever a história deles? Não! O mundo odeia essa justiça, da qual estão revestidos e nem sequer pode tolerá-los. Incrível, mas homens e mulheres que antes eram marcados como filhos da ira, agora foram feitos em Cristo herdeiros do céu. Então, diante dessas verdades reveladas, eis que eles podem sim, com toda segurança e determinação regozijar no Senhor. Não há neles mesmos qualquer motivo para regozijo, mas no Senhor eles podem achar. Então, podem começar a festa agora mesmo.

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