“Alegrai-vos no
Senhor e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos os que sois retos de
coração” (Salmo 32:11)
ENCONTRANDO
MOTIVOS NA JUSTIÇA PARA A SATISFAÇÃO: “...regozijai-vos,
ó justos...”
Mas o texto nos leva mais longe em
achar satisfação somente em Cristo. Veja a ordem que nos é dada pelo Espírito
Santo: “...regozijai-vos, ó justos...”. Que lição maravilhosa! Agora o texto
mexe com todos os crentes em Cristo; todos os que realmente creram em Jesus e
que foram salvos são despertados para olhar para seu salvador e mirar sua
glória e a grandeza dessa salvação. Os crentes são chamados de justos: “...ó
justos”. Não fazem parte dessa festa os meros religiosos; não são chamados os
hipócritas nem incrédulos, porque eles não podem e nunca vão achar em Jesus
qualquer motivo para regozijar. Não há fé neles para essa festa; seus olhos
espirituais estão fechados e seus corações lacrados pela obstinação e dureza. Eles
têm o mundo e a religião mundana, a fim de promover aquilo que eles acham que é
motivo de alegria e prazer, mas que lida apenas com a euforia enganosa da
carne.
No texto eis que o Espírito da glória
convoca os salvos, os que acharam a paz com Deus, porque foram reconciliados
mediante o sangue e estão para sempre livres da ira vindoura. São eles os que
receberam vida eterna, por isso pertencem a Deus como filhos e ao reino de Deus
como herdeiros. Então, a ordem faz sentido: “Regozijai-vos, ó justos...”. Que
festa! Tudo agora é visto pela fé na verdade, por essa razão esse regozijo não
pode ser visto nem entendido pelos mundanos. A fé mira o invisível e os crentes
podem meditar e entender tudo o que ocorreu com na redenção. A nossa história
está sublinhada na cruz; miramos aquilo que para o mundo é loucura, porque
vemos que nosso Salvador, o Justo Senhor morreu em nosso lugar, tornando assim
nosso legítimo substituto, para que pudéssemos estar completamente livre da
condenação eterna. A justiça dele nos foi imputada, de tal maneira que Deus nos
aceitou como inocentes, livres de qualquer acusação, como diz a frase de um
antigo hino: “Eu salvo das penas eternas já sou!”.
Como justos, agora podemos entender que
estamos livres, que os grilhões do pecado e da morte foram arrancados de nós
pelas chaves da redenção. Agora os santos estão livres do grande acusador,
daquele que antes nos mantinha aprisionados em seu mundo, mas que ficava de tal
maneira oculto, disfarçado, não permitindo que víssemos quem ele realmente era.
Antes achávamos que éramos inocentes e que Deus era culpado; antes críamos que
havia em nós poder e graça, além de capacidade para nos erguer neste mundo em
felicidade. Estamos livres da ira de Deus, porque o próprio Filho nos amou
tanto, a ponto de ocupar nosso lugar, para sofrer sobre si a terrível fúria de
Deus ali na cruz. Foi ali que o Cordeiro foi assado sob a fúria da ira santa e
justa do Senhor. Quem pode contar esse amor?
Também, os justos foram libertos para
sempre das maldições da santa lei. Ela, tão perfeita fez seu perfeito trabalho
em mostrar o quanto estávamos aquém da
glória de Deus e quanto realmente merecíamos ouvir seus gritos de “malditos!”
Aquele que não conheceu pecado entrou em nosso lugar, viu nosso desespero e
sofreu sobre si as maldições da lei, tornando ele mesmo maldição em nosso
lugar. Eis aí os justos! O mundo pode escrever a história deles? Não! O mundo
odeia essa justiça, da qual estão revestidos e nem sequer pode tolerá-los. Incrível,
mas homens e mulheres que antes eram marcados como filhos da ira, agora foram
feitos em Cristo herdeiros do céu. Então, diante dessas verdades reveladas, eis
que eles podem sim, com toda segurança e determinação regozijar no Senhor. Não
há neles mesmos qualquer motivo para regozijo, mas no Senhor eles podem achar.
Então, podem começar a festa agora mesmo.
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