quarta-feira, 8 de março de 2017

UMA NARRATIVA DA SALVAÇÃO (7)

“Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e tristeza. Então, invoquei o nome do Senhor: ó Senhor, livra-me a alma” Salmo 116:3 e 4)
UMA FÉ FIRMADA NA GRAÇA.
        A mensagem salvadora, mostrada pelo testemunho do salmista revela que a salvação bíblica tem uma base sólida, firme, uma imensa rocha onde os pecadores arrependidos podem por seus pés e firmar assim sua fé. Notemos esse fato de modo simples e prático, na linguagem do salmista: “O Senhor vela pelos simples”. Que lição notável vem aos nossos corações! A mensagem do evangelho é proclamada aos “simples”. A palavra transmite a ideia de alguém que não tem qualquer defesa, agindo como age uma criança. Nosso Senhor comunica essa verdade especialmente nos evangelho, usando as crianças como ilustração do trabalho de Deus em agir na salvação dos pecadores. Vemos isso em todos quantos foram salvos, porque a presença do Senhor estava ali, perto deles, preparando tudo para entrar em ação e encher corações com a mensagem santa da paz e da vida que há no Filho.
        Quando o Senhor há de salvar alguém, então todas as armas de defesa e de ataque são tiradas e o pecador se humilha e cai perante o Senhor. Notemos isso na vida de Zaqueu, porque quando foi atraído para Cristo, eis que aquele homem simplesmente ignorou sua posição, suas riquezas e passou a ser uma casa aberta, uma alma cheia de confissão perante o Senhor (Lucas 19:1-10). Quando Cristo há de salvar alguém eis que tal pecador cai prostrado perante o Senhor. Não estou pensando numa mera postura física, mas sim num coração que se humilha perante Deus: “...achava-me prostrado...”. Enquanto a palavra de Deus afirma e reafirma essas solenes verdades a todos, eis que o evangelho moderno e tão humanista ignora tudo isso, distribuindo uma salvação barata para todos quantos professam uma fé sem qualquer preço. A graça salvadora sempre há de lidar com uma fé disposta a comprar, sem dinheiro e sem preço (Isaías 55:1). Sem isso os homens ficam sem conhecer sua miséria e o braço portentoso do Salvador e Senhor.
        Qual foi o resultado certo de toda essa dramática experiência vivida pelo salmista? “Ele me salvou!”. Os homens passam a conhecer a real salvação bíblica quando reconhecem sua miséria; quando sua soberba é abatida; quando seu conceito enganoso sobre si vai ao pó; quando eles percebem que nada merecem, senão o inferno. A salvação bíblica é Deus tirando o homem do poço da perdição e firmando seus pés na rocha (Salmo 40). O Salmo 116 é Deus apresentando sua salvação na vida de alguém, assim como ocorreu na história de todos os salvos. Encaremos os salvos, analisemos suas vidas. Como eles encaram o Senhor doravante? Não é verdade que habita neles o temor? Foi isso o que ocorreu naquele maravilhoso acontecimento do dia de Pentecostes, quando três mil almas se converteram. Todos ali passaram a ter um só coração; todos passaram a viver sob o temor do Senhor; todos tinham a mesma fé obediente a Deus.
        Eis aí a história da salvação! Podemos mudar isso? Os homens mudaram? Claro que não! Eles são os mesmos pecadores de sempre; os mesmos caídos em Adão, mortos em seus delitos e pecados. O fato que o mundo está mais modernos, que vivemos na era da tecnologia em nada muda o fato que os homens continuam condenados, amantes de si mesmos, profanos e perversos. A salvação bíblica é a mesma e somente os cegos não percebem o quanto os homens estão escorregando para o sofrimento eterno. Mas o salvador é o mesmo, forte, poderoso para salvar. A mensagem do evangelho também não mudou, pois proclama aos homens que Deus requer que todos eles se arrependam de seus atos perversos e se humilhem perante Deus.

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