sexta-feira, 31 de março de 2017

O REI DA GLÓRIA (2)

Salmo 24
O REI DA GLÓRIA É SOBERANO CRIADOR (verso 1)
        Tendo dado uma rápida introdução vamos agora aos detalhes daquilo que o Espírito Santo almeja passar para nós – seu povo. Que nossos olhos da fé estejam abertos! Que grande seja nosso entusiasmo em aprender os mistérios do evangelho, considerando-os infinitamente melhores que qualquer tesouro terreno. Que sejamos diferentes deste mundo, que nossa busca seja por coisas excelentes e eternas; que nossa roupagem espiritual demonstre que pertencemos a um reino diferente, maravilhoso, de amor, justiça, retidão e glória – o reino de Deus.
        Começamos vendo o quanto Deus é colocado no seu trono de glória e exaltado como criador e dono absoluto de tudo: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aquilo que nele existe”. Creio que essa declaração não somente glorifica o Senhor, como também mostra a falácia de satanás e dos homens em querer roubar a glória que pertence a Deus. Quando pensamos que o mundo acadêmico melhorará os homens, tirando-os da ignorância e da miséria, vemos com tristeza o quanto isso é mentira. Satanás em nada mudou seu plano de querer roubar a glória da criação para si. Os homens agem da mesma maneira, porque no pecado cada é um diabo, querendo tomar para si os direitos absolutos de Deus. Nesse salmo nada o Espírito Santo toca no que concerne aos céus, as estrelas, o firmamento, o sol, etc. O Salmo 24 envolve a glória de Deus apenas com a terra, o mundo e os homens, declarando firmemente que tudo pertence a Deus; é a “terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam”.
        Não precisamos ver além do planeta onde habitamos, porque basta uma insignificante obra da criação para que vejamos e saibamos o quanto os homens não passam de sombras que passam, de meros mosquitos indefesos. Cada detalhe da criação está impresso com a glória do criador e timbrada de sua divindade. Então, não tem como burlar essas coisas; não tem como adulterá-las nem muda-las. O que Deus faz é mostrar o quanto os homens são inúteis, incapazes e miseráveis diante de tantas maravilhas que superam todo nosso pensamento. Mas o fato é que o conhecimento recebido pelos cientistas faz com que seus corações fiquem ainda mais endurecidos e obstinados. Devido a dureza do coração eles se exaltam, ao invés de exaltar o criador e engrandece-lo; eles se elevam querendo tomar a glória para si mesmos e se envolvem na loucura de usar a posição para chefiar o planeta, achando que são capazes de guarda-lo e preservá-lo.
        Não tenho intenção de entrar nesses detalhes da ciência, mas sim naquilo que o texto do salmo 24 quer nos ensinar. A lição número um é que a terra é do Senhor, porque foi ele quem a criou, e Deus não faz um mínimo esforço para mostrar os detalhes disso em sua palavra. A bíblia é um livro endereçado aos que creem e não à incredulidade dos arrogantes. Deus não estima o homem só porque é cientista. A cabeça de ouro de um homem tem valor de barro para aquele que tudo criou. A história da criação foi entregue aos que creem e somente a fé dirá que a glória pertence ao Senhor. A verdade é que Deus está dizendo que tudo lhe pertence, que é direito dele, que ele cuida de cada detalhe, que não precisa do homem para proteger essa criação e que nem mesmo a terra está pedindo socorro aos homens. Cada detalhe da criação, mesmo aquilo que parece ser tão insignificante aos nossos olhos veio da palavra perfeita do maravilhoso criador.
        Digo mais que o Senhor não abandonou sua criação, pelo contrário, sua face santa está naquilo que foi criado e cada detalhe declara sua glória, proclama louvores a ele e não aos homens. Não há nada aqui que qualquer homem, por mais poderoso que seja possa criar ou sequer imitar. A criação está declarando que é impossível fazer qualquer coisa que seja até mesmo um pouco melhor do que o original. Então, segue-se que é ridículo que o imperfeito possa mudar o que é perfeito.

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