Salmo
24
O
REI DA GLÓRIA É SOBERANO CRIADOR (verso 1)
Tendo dado uma rápida introdução vamos
agora aos detalhes daquilo que o Espírito Santo almeja passar para nós – seu povo.
Que nossos olhos da fé estejam abertos! Que grande seja nosso entusiasmo em
aprender os mistérios do evangelho, considerando-os infinitamente melhores que
qualquer tesouro terreno. Que sejamos diferentes deste mundo, que nossa busca
seja por coisas excelentes e eternas; que nossa roupagem espiritual demonstre
que pertencemos a um reino diferente, maravilhoso, de amor, justiça, retidão e
glória – o reino de Deus.
Começamos vendo o quanto Deus é colocado
no seu trono de glória e exaltado como criador e dono absoluto de tudo: “Do
Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aquilo que nele existe”. Creio
que essa declaração não somente glorifica o Senhor, como também mostra a
falácia de satanás e dos homens em querer roubar a glória que pertence a Deus.
Quando pensamos que o mundo acadêmico melhorará os homens, tirando-os da ignorância
e da miséria, vemos com tristeza o quanto isso é mentira. Satanás em nada mudou
seu plano de querer roubar a glória da criação para si. Os homens agem da mesma
maneira, porque no pecado cada é um diabo, querendo tomar para si os direitos
absolutos de Deus. Nesse salmo nada o Espírito Santo toca no que concerne aos
céus, as estrelas, o firmamento, o sol, etc. O Salmo 24 envolve a glória de
Deus apenas com a terra, o mundo e os homens, declarando firmemente que tudo
pertence a Deus; é a “terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam”.
Não precisamos ver além do planeta onde
habitamos, porque basta uma insignificante obra da criação para que vejamos e
saibamos o quanto os homens não passam de sombras que passam, de meros
mosquitos indefesos. Cada detalhe da criação está impresso com a glória do
criador e timbrada de sua divindade. Então, não tem como burlar essas coisas;
não tem como adulterá-las nem muda-las. O que Deus faz é mostrar o quanto os
homens são inúteis, incapazes e miseráveis diante de tantas maravilhas que
superam todo nosso pensamento. Mas o fato é que o conhecimento recebido pelos
cientistas faz com que seus corações fiquem ainda mais endurecidos e
obstinados. Devido a dureza do coração eles se exaltam, ao invés de exaltar o
criador e engrandece-lo; eles se elevam querendo tomar a glória para si mesmos
e se envolvem na loucura de usar a posição para chefiar o planeta, achando que
são capazes de guarda-lo e preservá-lo.
Não tenho intenção de entrar nesses
detalhes da ciência, mas sim naquilo que o texto do salmo 24 quer nos ensinar.
A lição número um é que a terra é do Senhor, porque foi ele quem a criou, e
Deus não faz um mínimo esforço para mostrar os detalhes disso em sua palavra. A
bíblia é um livro endereçado aos que creem e não à incredulidade dos
arrogantes. Deus não estima o homem só porque é cientista. A cabeça de ouro de
um homem tem valor de barro para aquele que tudo criou. A história da criação
foi entregue aos que creem e somente a fé dirá que a glória pertence ao Senhor.
A verdade é que Deus está dizendo que tudo lhe pertence, que é direito dele,
que ele cuida de cada detalhe, que não precisa do homem para proteger essa criação
e que nem mesmo a terra está pedindo socorro aos homens. Cada detalhe da
criação, mesmo aquilo que parece ser tão insignificante aos nossos olhos veio
da palavra perfeita do maravilhoso criador.
Digo mais que o Senhor não abandonou sua
criação, pelo contrário, sua face santa está naquilo que foi criado e cada
detalhe declara sua glória, proclama louvores a ele e não aos homens. Não há
nada aqui que qualquer homem, por mais poderoso que seja possa criar ou sequer
imitar. A criação está declarando que é impossível fazer qualquer coisa que
seja até mesmo um pouco melhor do que o original. Então, segue-se que é
ridículo que o imperfeito possa mudar o que é perfeito.
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