terça-feira, 13 de setembro de 2016

UM DEUS SATISFEITO? (14)




“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeitos; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Isaías 53:11)
PECADORES ACHANDO A SATISFAÇÃO DE DEUS.
        Os santos acharam a satisfação de Deus na herança eterna que há de vir. Eles foram salvos e aceitos em Cristo; eles agora são herdeiros com Cristo. Que maravilhoso trabalho da graça! Pecadores caídos, tombados em Adão e merecedores do castigo eterno, agora são pessoas destinadas à glória e marcadas para reinar com Cristo eternamente! Ora, olhemos o viver e as palavras dos santos. Essa satisfação inundou seus corações; tudo isso faz parte da confissão de fé deles e tudo foi transformado em louvor, cânticos e felicidade, superando toda luta e provação, como vemos nas palavras de um antigo hino:
                        Satisfeito estou com Cristo, hora e hora em meu andar.
                        Dores padeceu e morte, tudo para me salvar!
        Como homens e mulheres outrora perdidos no pecado e intitulados inimigos de Deus, podem agora emitir poesias e canções acercas das bem-aventuranças celestiais? Só há uma resposta, que eles acharam pela graça a satisfação de Deus para suas vidas. O amor de Deus em Cristo inundou seu ser e eles nada mais desejam desta vida terrena e passageira, como viviam antigamente no pecado. Notemos como a esperança da glória encheu o coração de Pedro, pois na sua segunda carta, no primeiro capítulo aquele velho apóstolo está ocupado em orientar os crentes, porque ele fora orientado pelo Senhor de que sua partida estava chegando e que logo o “navio” da sua vida aqui deixaria este porto terreno, a fim de ir para sua pátria celestial (2 Pedro 1:13,14). Até mesmo os santos do Velho Testamento tinham em seus corações essa empolgante verdade, porque eram salvos do mesmo modo que os santos do Novo Testamento. Encaremos a vida de homens como Daniel e seus amigos na Babilônia. Como homens podem tomar decisão de enfrentar corajosamente a morte, se não estivessem cheios da satisfação de Deus?
        Sabemos o quanto esta vida terrena e o amor aos prazeres fazem parte do coração mundano. Os homens deste mundo sempre foram como Esaú e Caim, apegados às riquezas e conforto, nem sequer importando com a situação eterna de suas almas. Mas quanta diferença no viver de Abraão, pois este homem tão abastado de riquezas considerou tudo o que tinha como coisas transitórias e acenou para a Jerusalém celestial onde foi morar (Hebreus 11:9,10). Como homens podem viver nessa esperança tão desconhecida deste mundo, se seus corações não estivessem abastados dessa plena satisfação achada em Cristo? O fato é que a vida dos crentes neste mundo é algo inexplicável, é um mistério para os mundanos, porque só o evangelho bendito pode explicar.
        O mundo moderno mudou essa verdade aos nossos corações? Claro que não! O evangelho da graça não mudou seu poder; não foi desfigurado com o tempo, nem perdeu seu fulgor ante a luz da nova era. A mensagem da graça é imutável, por isso os verdadeiros crentes desfrutam agora da mesma satisfação de Deus. A mesma alegria que encheu o viver dos santos no passado, também invadiu aqueles que agora foram achados por Cristo. O peso da apostasia pode ter trazido angústia, tristeza e peso da carne, mas quando eles estão perante esses fatos eternos em Cristo, de novo suas almas são inundadas de prazer. Os falsos crentes mudam; todo seu sistema religioso de vida aqui é abastecido pela luz deste mundo. A satisfação deles é terrena e não celestial, por essa razão logo ficam apagados quando estão perante as verdades eternas da grande e gloriosa história da redenção.  

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