“Ele verá o fruto do
penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeitos; o meu Servo, o Justo, com o
seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará
sobre si” (Isaías 53:11)
PECADORES ACHANDO A
SATISFAÇÃO DE DEUS.
Os santos acharam a satisfação de Deus
na herança eterna que há de vir. Eles foram salvos e aceitos em Cristo; eles
agora são herdeiros com Cristo. Que maravilhoso trabalho da graça! Pecadores
caídos, tombados em Adão e merecedores do castigo eterno, agora são pessoas
destinadas à glória e marcadas para reinar com Cristo eternamente! Ora, olhemos
o viver e as palavras dos santos. Essa satisfação inundou seus corações; tudo
isso faz parte da confissão de fé deles e tudo foi transformado em louvor,
cânticos e felicidade, superando toda luta e provação, como vemos nas palavras
de um antigo hino:
Satisfeito estou com
Cristo, hora e hora em meu andar.
Dores padeceu e morte,
tudo para me salvar!
Como homens e mulheres outrora perdidos
no pecado e intitulados inimigos de Deus, podem agora emitir poesias e canções
acercas das bem-aventuranças celestiais? Só há uma resposta, que eles acharam
pela graça a satisfação de Deus para suas vidas. O amor de Deus em Cristo
inundou seu ser e eles nada mais desejam desta vida terrena e passageira, como
viviam antigamente no pecado. Notemos como a esperança da glória encheu o
coração de Pedro, pois na sua segunda carta, no primeiro capítulo aquele velho
apóstolo está ocupado em orientar os crentes, porque ele fora orientado pelo Senhor
de que sua partida estava chegando e que logo o “navio” da sua vida aqui
deixaria este porto terreno, a fim de ir para sua pátria celestial (2 Pedro
1:13,14). Até mesmo os santos do Velho Testamento tinham em seus corações essa
empolgante verdade, porque eram salvos do mesmo modo que os santos do Novo
Testamento. Encaremos a vida de homens como Daniel e seus amigos na Babilônia.
Como homens podem tomar decisão de enfrentar corajosamente a morte, se não estivessem
cheios da satisfação de Deus?
Sabemos o quanto esta vida terrena e o
amor aos prazeres fazem parte do coração mundano. Os homens deste mundo sempre
foram como Esaú e Caim, apegados às riquezas e conforto, nem sequer importando
com a situação eterna de suas almas. Mas quanta diferença no viver de Abraão,
pois este homem tão abastado de riquezas considerou tudo o que tinha como
coisas transitórias e acenou para a Jerusalém celestial onde foi morar (Hebreus
11:9,10). Como homens podem viver nessa esperança tão desconhecida deste mundo,
se seus corações não estivessem abastados dessa plena satisfação achada em
Cristo? O fato é que a vida dos crentes neste mundo é algo inexplicável, é um
mistério para os mundanos, porque só o evangelho bendito pode explicar.
O mundo moderno mudou essa verdade aos
nossos corações? Claro que não! O evangelho da graça não mudou seu poder; não
foi desfigurado com o tempo, nem perdeu seu fulgor ante a luz da nova era. A
mensagem da graça é imutável, por isso os verdadeiros crentes desfrutam agora
da mesma satisfação de Deus. A mesma alegria que encheu o viver dos santos no
passado, também invadiu aqueles que agora foram achados por Cristo. O peso da
apostasia pode ter trazido angústia, tristeza e peso da carne, mas quando eles
estão perante esses fatos eternos em Cristo, de novo suas almas são inundadas
de prazer. Os falsos crentes mudam; todo seu sistema religioso de vida aqui é
abastecido pela luz deste mundo. A satisfação deles é terrena e não celestial,
por essa razão logo ficam apagados quando estão perante as verdades eternas da
grande e gloriosa história da redenção.
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