“Ele
verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeitos; o meu Servo,
o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades
deles levará sobre si” (Isaías 53:11)
PECADORES
ACHANDO A SATISFAÇÃO DE DEUS.
É fato que cada genuíno achou a
satisfação de Deus em Cristo. Por quê? A provisão dessa conquista eterna da
redenção tinha em vista trazer homens e mulheres salvos à glória, e Cristo é a
perfeita provisão de Deus para os pecadores arrependidos. A satisfação perfeita
na eterna e imensa redenção abriu a porta para que homens caídos no pecado
fossem redimidos, libertados e elevados à condição de filhos de Deus. A
salvação bíblica é mais do que ganhar o céu; é mais do que um acesso à uma
igreja e participação da alegria dos santos aqui. A salvação é entrar nessa
atmosfera de plena e total satisfação.
É fato que ainda estamos no pecado; é
fato que ainda habitação neste tabernáculo de dores, gemidos e angústia
enquanto estivermos aqui. É fato que sentimos o peso dessa caminhada rumo ao
nosso lar e que ainda não entramos no ambiente de eterna perfeição. Mas a
salvação em Cristo não parcial, mas sim total; nossa ligação nele nos tornou
perfeito nessa aceitação e quando os santos entendem essas coisas, tudo isso
resulta em plena satisfação no viver. Será que podemos nós entender essas
verdades aqui? Claro! Deus nos entregou sua palavra e nos revelou seus
mistérios; não fomos abandonados e entregues ao léu, pois recebemos a habitação
do Espírito, nosso consolador que nos guia em toda verdade (João 16:13).
Então, preciso me gastar aqui, a fim de
passar ao meu povo as verdades que nos enchem aqui dessa alegria que vem do
coração de Deus aos nossos corações, riquezas que o mundo mergulhado em trevas
desconhece. Os santos acharam a paz com Deus (Romanos 5:1) e essa paz veio tão
somente da conquista de Cristo, levando sobre si nossos miseráveis pecados.
Quantos ficam iludidos na falsa paz, porque acreditam que tudo está em ordem
com Deus, porque são religiosamente ativos, leem a bíblia, aprenderam a fazer
oração e sentem uma atmosfera cristã quando estão nos cultos. Mas quanto engano
satanás tem posto nos corações! A paz com Deus não se alcança com braços fortes
dos homens; não se conquista pelos méritos carnais. Houve o Príncipe da paz que
veio até nós, quando éramos inimigos mortais de Deus, e assim apregoou paz
(Efésios 2:14).
Sendo assim, podemos afirmar que todos
os que um dia tombaram perante o cetro da graça; todos os que um dia foram
achados pela triunfal misericórdia; todos quanto atiraram para longe suas armas
de defesa e de ataque contra Deus e assim se renderam ao salvador, esses sim
acharam a paz com Deus. Essa paz é com Deus e não com o mundo; essa paz foi
trabalhada no coração por obra do Espírito de Deus e jamais o santo há de
perdê-la, porquanto a reconciliação não veio do homem, mas sim de Deus e o
verbo está no tempo passivo e não ativo. Não fui eu quem reconciliei-me com
Deus, mas sim eu “fui reconciliado”. Também, importa que entendamos que essa
paz nada tem a ver com as circunstâncias externas, assim como a profundidade do
mar não é afetada com as impetuosas ondas que agitam o oceano e as praias.
A paz com Deus é algo do coração e que
faz o homem interior entrar em gozo e festa, como transmite o antigo hino: “Que
segurança, sou de Jesus!”. Essa paz vem aos corações como parte dessa imensa
salvação. Muitos santos precisam reforçar seus corações com essas verdades,
porque continuamente satanás aparece para esmagar nossa fé e tentar anular
nossa perseverança. Não é um momento para o retorno a essas maravilhas? Não é o
momento para desfrutarmos aqui do gozo dessa satisfação de Deus?
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