sexta-feira, 9 de setembro de 2016

UM DEUS SATISFEITO? (12)



                                  
“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeitos; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Isaías 53:11)
PECADORES ACHANDO A SATISFAÇÃO DE DEUS.
         É fato que cada genuíno achou a satisfação de Deus em Cristo. Por quê? A provisão dessa conquista eterna da redenção tinha em vista trazer homens e mulheres salvos à glória, e Cristo é a perfeita provisão de Deus para os pecadores arrependidos. A satisfação perfeita na eterna e imensa redenção abriu a porta para que homens caídos no pecado fossem redimidos, libertados e elevados à condição de filhos de Deus. A salvação bíblica é mais do que ganhar o céu; é mais do que um acesso à uma igreja e participação da alegria dos santos aqui. A salvação é entrar nessa atmosfera de plena e total satisfação.
         É fato que ainda estamos no pecado; é fato que ainda habitação neste tabernáculo de dores, gemidos e angústia enquanto estivermos aqui. É fato que sentimos o peso dessa caminhada rumo ao nosso lar e que ainda não entramos no ambiente de eterna perfeição. Mas a salvação em Cristo não parcial, mas sim total; nossa ligação nele nos tornou perfeito nessa aceitação e quando os santos entendem essas coisas, tudo isso resulta em plena satisfação no viver. Será que podemos nós entender essas verdades aqui? Claro! Deus nos entregou sua palavra e nos revelou seus mistérios; não fomos abandonados e entregues ao léu, pois recebemos a habitação do Espírito, nosso consolador que nos guia em toda verdade (João 16:13).
         Então, preciso me gastar aqui, a fim de passar ao meu povo as verdades que nos enchem aqui dessa alegria que vem do coração de Deus aos nossos corações, riquezas que o mundo mergulhado em trevas desconhece. Os santos acharam a paz com Deus (Romanos 5:1) e essa paz veio tão somente da conquista de Cristo, levando sobre si nossos miseráveis pecados. Quantos ficam iludidos na falsa paz, porque acreditam que tudo está em ordem com Deus, porque são religiosamente ativos, leem a bíblia, aprenderam a fazer oração e sentem uma atmosfera cristã quando estão nos cultos. Mas quanto engano satanás tem posto nos corações! A paz com Deus não se alcança com braços fortes dos homens; não se conquista pelos méritos carnais. Houve o Príncipe da paz que veio até nós, quando éramos inimigos mortais de Deus, e assim apregoou paz (Efésios 2:14).
         Sendo assim, podemos afirmar que todos os que um dia tombaram perante o cetro da graça; todos os que um dia foram achados pela triunfal misericórdia; todos quanto atiraram para longe suas armas de defesa e de ataque contra Deus e assim se renderam ao salvador, esses sim acharam a paz com Deus. Essa paz é com Deus e não com o mundo; essa paz foi trabalhada no coração por obra do Espírito de Deus e jamais o santo há de perdê-la, porquanto a reconciliação não veio do homem, mas sim de Deus e o verbo está no tempo passivo e não ativo. Não fui eu quem reconciliei-me com Deus, mas sim eu “fui reconciliado”. Também, importa que entendamos que essa paz nada tem a ver com as circunstâncias externas, assim como a profundidade do mar não é afetada com as impetuosas ondas que agitam o oceano e as praias.
         A paz com Deus é algo do coração e que faz o homem interior entrar em gozo e festa, como transmite o antigo hino: “Que segurança, sou de Jesus!”. Essa paz vem aos corações como parte dessa imensa salvação. Muitos santos precisam reforçar seus corações com essas verdades, porque continuamente satanás aparece para esmagar nossa fé e tentar anular nossa perseverança. Não é um momento para o retorno a essas maravilhas? Não é o momento para desfrutarmos aqui do gozo dessa satisfação de Deus?

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