“E assim, se alguém
está em Cristo é nova criatura; as coisas velhas já passaram, eis que se
fizeram novas” (2 Coríntios 5:17)
A CONDIÇÃO PARA SER
NOVA CRIAÇÃO: “...se alguém está em Cristo...”
Oh quanto esta tão rica mensagem da
graça desmancha toda perspectiva da natureza carnal! Os homens sempre acreditam
que podem fazer algo para Deus; que são espiritualmente capazes de subir às
alturas; que são puros de coração e limpos de mão e que só precisam aperfeiçoar
um pouco mais e Deus estará deslumbrado com eles. Mas o que podemos esperar de
nós mesmos? O que o homem em Adão pode fazer para Deus? Nós viemos ao mundo
para usar todo nosso ser, a fim de tornar tortuosos os caminhos retos do
Senhor; entramos neste mundo com a suficiente luz do pecado, a fim de promover
destruição e para depois disso tudo sermos engolidos pela morte eterna. Como
pode o pobre pecador nascido no pecador tornar-se por si mesmo uma nova criação?
Sendo assim impossível, curvemo-nos perante o Deus da glória, porque é ele quem
pode criar e conceder aos mortos a verdadeira vida.
Meditemos um pouco mais na condição da
primeira criação, porque o relato bíblico a nosso respeito está em Gênesis 3.
Vejamos como Deus criou nossos pais; ele não criou pecadores; das santas,
benditas e perfeitas mãos do criador não pode sair qualquer imperfeição. Ali
estava perante Deus e perante toda criação a obra prima da criação de Deus. O
Senhor não entregou à criação uma coroa de espinhos; o Senhor não lançou espinhos
e abrolhos para atrair sofrimentos para a natureza. Do nosso Deus só pode advir
bênçãos e ambiente de felicidade. A entrada do pecado ocorreu como verdadeira
tragédia; veio como resultado de invasão inimiga, como ladrões quando entram em
nossa causa e causa destruição. O que nós somos agora? Fomos produzidos por
Deus? É claro que nossos corpos, mente e emoções revelam quão marcantes foi a
destruição causada pelo pecado. Encaremos sobriamente nossa condição, porque o
que deveria ser perfeito foi atingido pela moléstia do pecado e da morte.
Então, necessário é que saibamos o
quanto o salário do pecado – a morte mostra suas garras de terror e dita as
regras do nosso pobre viver aqui e do triste destino que nos espera. Há motivo
de satisfação nisso? Há motivo de celebrar vitória em face de tamanha derrota?
A criação de Deus celebra a glória de Deus na terra com homens sendo reais
sacerdotes da criação? Claro que não! O que vemos é a natureza monstruosa do
pecado celebrando o mal, gritando contra os céus, protestando contra a
santidade, adorando a criatura e festejando o diabo com celebridade. Diante de
tudo isso não há necessidade de nova criação? O que deveria ser um palco de
harmonia, amor, felicidade e santidade é agora dor, sofrimento, angústia,
perigo e morte.
A condição deste mundo vil, caído na
desgraça da desobediência é um lugar exato para uma definitiva punição do juízo
de Deus. Assim como ele fez com o dilúvio usando água, poderia fazê-lo
facilmente usando fogo e enxofre, assim como fez com Sodoma e Gomorra. Mas o
fato é que o texto abre o cenário celestial e revela o fato que o grande
criador veio para fazer uma nova criação e que essa criação está relacionada
aos homens e não mais os animais. A primeira criação foi Deus utilizando o barro
daqui, mas a nova criação é Deus utilizando o que é do céu. O que é da terra é
terreno, mas o que é do céu é celestial.
Que maravilha! Os anjos estão
impressionados com essa obra da graça! O mundo cego e iludido nas trevas ignora
tudo. Deus está realizando a nova criação e ele faz isso conforme ele quer,
porque é soberano Senhor. Cada crente, cada salvo é Deus expondo ao mundo e aos
anjos as obras de seu portentoso braço. Por isso os verdadeiros crentes podem
encher suas almas de regozijo em face dessa tremenda verdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário