“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a luz, pura como o sol e formidável como um exército com bandeiras?” (Cantares:10:6).
A IGREJA E SUA CONFISSÃO: “Quem é esta q. aparece como a alva do dia?”.
A única esperança para este mundo é a
igreja. Nações que não tiveram a influência dos crentes foram destruídas pela
visitação da ira de Deus; Sodoma e Gomorra não aceitaram o testemunho de
justiça de Ló, por isso Deus arrancou seu servo de lá, a fim de destruir
aquelas duas pervertidas cidades (Gênesis 19). Nações que fecharam a porta para
o cristianismo têm sofrido terrivelmente as assolações da maldade, do crime,
dos vícios e da idolatria. Vemos em muitos lugares que Deus aos poucos tem diminuído
a influência dos crentes e consequentemente o mal tem avançado para a ruína e
destruição de todos.
Mas a confissão realmente tem início na
conversão do crente: “Se confessarmos... (1 João 1:9). Essa é a confissão que
abre o coração para a expulsão da liderança do pecado no coração; é a postura
mais humilhante para o homem. Sem a confissão de seus pecados eis que ninguém
conhecerá a salvação preciosa em Cristo. Quando pecadores confessam seus
pecados, eis que seus corações passam a ter o fundamento da verdade e brota ali
a confissão de fé. A fé cristã não pode ajuntar-se ao pecado; não pode haver
concordância entre a luz e as trevas, entre o mal e o bem. Na sincera confissão
eis que toda justiça própria é considerada como imundície e lançada fora como
um trapo; eis que Cristo vem para habitar no coração e fazer reinar a luz ali.
Infelizmente o evangelho moderno está mais interessado em coletar decisões do
que buscar homens e mulheres arrependidos e confessos. O resultado é trágico,
porque enche a igreja de falsos crentes, de elementos que jamais abandonaram
seus pecados e que nada querem com Cristo em submissão e obediência.
É na confissão que o homem é descoberto
por Deus e passa a ser alguém transparente. Sem confissão a pessoa se torna
hipócrita; sem confissão não há como pastorear sua vida, porque ele é ainda
confessa seu amor ao mundo. Quando há confissão eis que o mundo vai perceber
que aquela vida foi transformada. Notamos nos discípulos que suas vidas
mostravam a diferença, porque nada ameaçava o testemunho deles: “Não podemos
deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos”. Na confissão sincera o salvo
agora não tem mais medo das ameaças dos homens. Encaremos Raabe, pois quando os
dois espias chegaram ela já tinha em seu coração uma declarada confissão de fé,
pois o Deus de Israel era seu Deus, por isso ela não importava mais com a
maldade e a perversidade do seu povo (Josué 2). A vida cristã do ladrão neste
mundo durou apenas alguns minutos, mas podemos ver que na confissão dele estava
pronto a dar às costas ao mundo e ao seu colega, a fim de encarar o salvador à
sua frente e ganhar a entrada no Paraíso (Lucas 23:39-43).
É claro que a confissão é algo do
coração e só Deus mesmo percebe essa intimidade do pecador perante ele. Mas a
mudança é perceptível num abandono do pecado e numa disposição de andar com
Cristo e aprender da sua palavra. As circunstâncias diferem, mas a verdade é a
mesma em cada convertido. Nenhuma pessoa poderá declarar ao mundo que é um
verdadeiro crente em Cristo, se ele não foi a Cristo em sincera confissão de
seus pecados. A purificação dos pecados faz do coração a base certa para a
confissão de fé, como disse o homem que fora curado da cegueira: “Eu era cego e
agora vejo” (João 9:25). Onde Jesus habita tudo agora é límpido e transparente;
o reinado de Cristo no coração do homem não fica escondido dos homens, porque
mexe com todo seu sistema de vida aqui. Para fazer parte da igreja precisa ter
a confissão de fé: “Quem é esta que aparece como alva do dia...?”
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