segunda-feira, 12 de setembro de 2016

UM DEUS SATISFEITO? (12)




“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeitos; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Isaías 53:11)
PECADORES ACHANDO A SATISFAÇÃO DE DEUS.
        O que significa achar satisfação em Deus? Quando homens e mulheres são encontrados pela abundante graça, eis que Cristo torna-se a perfeita provisão de Deus para eles: “Também nele estais aperfeiçoados...” (Colossenses 2:10). Quando a verdade do evangelho chega aos corações quebrantados, eis que essa ligação firme e eterna é entendida pela fé. Achar a salvação que há somente no Filho de Deus é encontrar todos os tesouros que tanto a alma anela. Pela fé os crentes aceitam essa verdade e podem desfrutar dessa doce felicidade e dessa atmosfera de comunhão eterna que sempre existiu entre o Pai e o Filho.
        A satisfação em Deus não somente envolve a paz com Deus, como também podemos afirmar que essa paz é resultante de perfeita justiça. Ninguém é aceito por Deus sem perfeita justiça tenha sido aplicada. De maneira alguma Deus aceitará qualquer pecador à sua presença sem que seus pecados todos tenham sido tratados com exata punição. O evangelho moderno tenta apagar esse fato e luta para extrair dos homens o que eles pensam ser o melhor dos homens. Mas o que há de bom nos homens? “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém!” (Jó 14:4). Mas o engano do pecado leva os homens a espremer e achar algumas partículas de bondade, de adoração, de amor, etc. de corações que vieram do pecado e que nasceram para cometer iniquidade. Sempre os homens lutaram para encobrir sua condição de imundos diante de Deus usando manipulações religiosas. Mas o evangelho chega declarando que todos igualmente são culpados, que a culpa do homem é imensa, que todos igualmente são culpados e incapazes de pagar.
        Sem perfeita justiça não há como remediar a situação do pecador. Se alguém tem uma dívida a pagar ele será devedor enquanto não quitar o débito. Os homens nem sequer imaginam a ficha de devedores que desce do céu à terra contra eles. A eternidade na prisão infernal é para declarar o quanto os homens são culpados e merecedores desse castigo. Mas o evangelho anuncia não a justiça dos homens, mas sim a perfeita justiça de Deus em Cristo. O terrível débito dos salvos foi pago na cruz;  a conta que eles tinham contra Deus foi quitada na cruz e quando se converteram a Cristo eis que seus pecados foram cancelados mediante o sangue remidor desse Cordeiro puro e sem mácula. Então, na conta dos crentes perante Deus não há mais débito, mas perfeito crédito, por isso eles são aceitos.
        Entendendo essa verdade no íntimo; entendendo o perfeito perdão de Deus; entendendo que foram reconciliados com Deus e que agora são perfeitamente aceitos no Filho, essa justiça faz o crente mais alvo do que a neve torna-se motivo de plena satisfação para os salvos. Não há mais razão para qualquer medo; não há qualquer motivo para que a culpa continue; não há outro abrigo e proteção para o crente, senão a morte expiatória e substitutiva do Cordeiro amado ali na cruz. Que motivo incrível do nosso louvor e de uma adoração verdadeira! Não estamos estribados em qualquer fervor da carne, mas sim na confiança absoluta de que aquele que ocupou nosso lugar fez perfeito trabalho perante o Pai. Sua obra na cruz aniquilou para sempre os inimigos e abriu perfeito caminho rumo ao céu.
        Não há razão para que os santos desfrutem dessa satisfação de Deus? Não fomos chamados para entrar pela fé nesse recinto sagrado? Não fomos vocacionados para desfrutar daquilo que o pobre mundo tanto ignora? Não temos nós motivos justos avançar com confiança na peregrinação, com nossos lábios cheios de júbilos?

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