“Ele verá o fruto do
penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeitos; o meu Servo, o Justo, com o
seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará
sobre si” (Isaías 53:11)
PECADORES ACHANDO A
SATISFAÇÃO DE DEUS.
O que significa achar satisfação em
Deus? Quando homens e mulheres são encontrados pela abundante graça, eis que
Cristo torna-se a perfeita provisão de Deus para eles: “Também nele estais
aperfeiçoados...” (Colossenses 2:10). Quando a verdade do evangelho chega aos
corações quebrantados, eis que essa ligação firme e eterna é entendida pela fé.
Achar a salvação que há somente no Filho de Deus é encontrar todos os tesouros
que tanto a alma anela. Pela fé os crentes aceitam essa verdade e podem
desfrutar dessa doce felicidade e dessa atmosfera de comunhão eterna que sempre
existiu entre o Pai e o Filho.
A satisfação em Deus não somente envolve
a paz com Deus, como também podemos afirmar que essa paz é resultante de
perfeita justiça. Ninguém é aceito por Deus sem perfeita justiça tenha sido
aplicada. De maneira alguma Deus aceitará qualquer pecador à sua presença sem
que seus pecados todos tenham sido tratados com exata punição. O evangelho
moderno tenta apagar esse fato e luta para extrair dos homens o que eles pensam
ser o melhor dos homens. Mas o que há de bom nos homens? “Quem da imundícia
poderá tirar coisa pura? Ninguém!” (Jó 14:4). Mas o engano do pecado leva os
homens a espremer e achar algumas partículas de bondade, de adoração, de amor,
etc. de corações que vieram do pecado e que nasceram para cometer iniquidade. Sempre
os homens lutaram para encobrir sua condição de imundos diante de Deus usando
manipulações religiosas. Mas o evangelho chega declarando que todos igualmente
são culpados, que a culpa do homem é imensa, que todos igualmente são culpados
e incapazes de pagar.
Sem perfeita justiça não há como
remediar a situação do pecador. Se alguém tem uma dívida a pagar ele será
devedor enquanto não quitar o débito. Os homens nem sequer imaginam a ficha de
devedores que desce do céu à terra contra eles. A eternidade na prisão infernal
é para declarar o quanto os homens são culpados e merecedores desse castigo.
Mas o evangelho anuncia não a justiça dos homens, mas sim a perfeita justiça de
Deus em Cristo. O terrível débito dos salvos foi pago na cruz; a conta que eles tinham contra Deus foi
quitada na cruz e quando se converteram a Cristo eis que seus pecados foram
cancelados mediante o sangue remidor desse Cordeiro puro e sem mácula. Então,
na conta dos crentes perante Deus não há mais débito, mas perfeito crédito, por
isso eles são aceitos.
Entendendo essa verdade no íntimo;
entendendo o perfeito perdão de Deus; entendendo que foram reconciliados com
Deus e que agora são perfeitamente aceitos no Filho, essa justiça faz o crente
mais alvo do que a neve torna-se motivo de plena satisfação para os salvos. Não
há mais razão para qualquer medo; não há qualquer motivo para que a culpa
continue; não há outro abrigo e proteção para o crente, senão a morte
expiatória e substitutiva do Cordeiro amado ali na cruz. Que motivo incrível do
nosso louvor e de uma adoração verdadeira! Não estamos estribados em qualquer
fervor da carne, mas sim na confiança absoluta de que aquele que ocupou nosso
lugar fez perfeito trabalho perante o Pai. Sua obra na cruz aniquilou para
sempre os inimigos e abriu perfeito caminho rumo ao céu.
Não há razão para que os santos desfrutem
dessa satisfação de Deus? Não fomos chamados para entrar pela fé nesse recinto
sagrado? Não fomos vocacionados para desfrutar daquilo que o pobre mundo tanto
ignora? Não temos nós motivos justos avançar com confiança na peregrinação, com
nossos lábios cheios de júbilos?
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