“E assim, se alguém
está em Cristo é nova criatura; as coisas velhas já passaram, eis que se
fizeram novas” (2 Coríntios 5:17)
O DESASTRE DA VELHA
CRIAÇÃO: “...as coisas velhas já passaram...”.
A nova criação em Cristo afirma que
passou também a condição de um viver que flutuava na vaidade. A vida do homem
no pecado é apenas vaidade, por essa razão que Paulo exorta os crentes a não
viver como vivem os gentios (não salvos), na vaidade de seus pensamentos
(Efésios 4:17). O termo vaidade significa “nulidade”, ou “esforço que produzirá
absolutamente nada”. Significa que, se pudéssemos abrir a mente do incrédulo
seria como abrir uma bola de futebol e descobrir que nada há lá. Vaidade
significa que os homens estão trabalhando duro nesta vida, gastando energia e
bens a fim de colher miséria e um profundo abismo no coração que se aprofunda
cada vez mais.
Quando o homem é tirado da morte para a
vida, a fim de estar unido a Cristo Jesus para sempre, eis que o viver passa a
ter uma razão; as trevas saem e há um “haja luz” da parte do evangelho. Na
salvação todo o sistema do velho homem é desmontado e o viver agora é colocado
em ordem para andar, produzir fruto, servir uns aos outros e andar firme pelo
caminho da verdade, da justiça e da santidade. Quando um crente começa a desviar-se
da verdade, eis que imediatamente sua mente e emoções ficam fixadas na vaidade,
por essa razão Deus utiliza sua vara de correção, a fim de discipliná-lo e
afastá-lo do perigoso caminho da mentira. Deus jamais permitirá que um santo
seu ande na vaidade (Hebreus 12:4-13).
Posso afirmar que a nova criação em
Cristo declara que o estado de profanação, de linguagem imunda e vã. Em Adão
tudo na vida é profanação; tudo caminha de iniquidade para outras iniquidades.
Não há como mudar o homem; não há como renová-lo para um viver diferente. Ele
pode ser disciplinado, mas a disciplina do homem natural não arranca a chefia
do pecado no íntimo. Sem a salvação que há no Filho de Deus o homem não passa
de uma levíssima pena lançada de um lado para outro neste mundo; eles nem
sequer imaginam que sob o poder do pecado são mais frágeis do que minhocas. Mas
em Cristo tudo muda, porque agora o controle do coração está sob o comando do
Senhor da glória (Salmo 24). A nova criação pode ouvir agora as doces ordens
provenientes da graça, para que lancem para longe toda palavra torpe, toda
imoralidade e outras atividades sujas (Provérbios 5:3-7). Em Cristo o que deve
comandar agora é justiça que resulta em santidade. Se alguém afirma ser crente,
mas mostra em seu modo de falar que as imundícies e perversidade dos lábios
controlam seu linguajar, é sinal claro que aquela pessoa jamais conheceu
salvação.
Essas coisas feias do homem velho já
passaram, já foram sepultadas, porque agora o que vai brilhar é o novo homem
nascido em retidão e pureza. É claro que custa luta e oração. O novo homem é
acionado pelo Espírito para se alimentar da palavra diariamente e assim obter
poder; o novo homem deve renovar sua mente; deve esvaziá-la de toda sujeira;
deve fazer diariamente completa limpeza na casa de sua vida; deve usar a
palavra de Deus como se fosse uma mangueira esguichando água, a fim de remover
as sujeiras. O novo homem em Cristo é um valente na fé e essa valentia é
mostrada pela coragem e determinação em não dar trégua a carne. O novo homem em
Cristo jamais terá dó de si, jamais terá compaixão de seus maus hábitos; será forte
e decisivo nessa batalha para conquistar maturidade e assim glorificar o Senhor
em seu modo de viver.
O andar para o céu não é fácil, porque
exige auto negação; exige fé que declara guerra aos interesses da carne. Exige
oração, firme decisão para agradar Cristo no viver e isso em nada é fácil.
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