“Jerusalém,
Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os
teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintainhos debaixo das asas, e vós
não quisestes! (MATEUS 23:37)
INTRODUÇÃO:
É claro que estamos diante de um verso
que tem trazido grande dúvidas a muitos corações sinceros, porque é bem notável
que nosso Senhor fala com Jerusalém que ele sempre quis fazer o bem àquele
povo, mas eles não quiseram. Trata-se do assunto que envolve a vontade de Deus
e a vontade do homem. Mas o verso deixa bem claro a todos, mostrando a definida
vontade de Deus: “Quantas vezes quis eu...” e a definida vontade do homem:
“...mas vós não quisestes”. Não há o que discutir, mas sendo os homens tão
endurecidos e convencidos de que estão certos quando realmente estão errados,
vou procurar expor o que a bíblia ensina acerca do assunto.
A vontade de Deus e a vontade do homem.
No parecer de muitos parece que as duas vontades se combinam e se entrelaçam. Já
ouvi pregações quando homens deixaram o assunto sem resposta conclusiva para os
corações dos santos. Muitos pensam que Deus está esperando a boa vontade dos
homens para a salvação, e talvez seja a mensagem mais apregoada nos últimos cento
e cinquenta anos. Já nos dias de Spurgeon, esse servo de Deus lutou muito para
combater essa heresia que hoje tem invadido corações e trazido tantas heresias
destruídoras. Mas preciso explicar a real diferença entre a boa vontade de Deus
e a má vontade do homem. Não o farei como se estivesse entrando numa arena para
brigar, mas sim para ajudar aqueles que anseiam saber a verdade conforme as
Escrituras. É claro que não sei quantas páginas serão enchidas com meus
argumentos, por essa razão quem for ler apenas algumas delas não chegará à
conclusão precisa do assunto. Temos um caminho a percorrer e um final a
alcançar, por essa razão a paciência e um julgamento segundo a verdade revelada
ajudarão os que estão dispostos a encarar as maravilhas da santíssima fé.
No texto de Mateus nosso Senhor está
lidando com a religião mais popular entre os judeus naquela época – a religião
dos fariseus. Nosso Senhor ataca veementemente aqueles elementos perversos e
descobre toda hipocrisia deles. O fato é que a religião falsa, especialmente
aquela que parecem ser bíblicas e corretas, realmente são resultados daquilo
que o povo quer ter. Nosso Senhor deixa isso bem claro, porque ele toma a
cidade de Jerusalém como a culpada: “Jerusalém, Jerusalém...”. Ele coloca toda
população, juntamente com os fariseus no mesmo lugar de juízo. Nosso Senhor
mostra o quanto seus servos foram perseguidos e mortos pelos judeus religiosos
e em poucas palavras mostra a forma com que ele tratou Jerusalém com imensa
bondade durante centenas de anos: “Quantas vezes quis... mas tu não quiseste”.
Outro detalhe é que nós os que defendemos
as doutrinas da graça e que por vezes somos cognominados de “calvinistas” somos
tachados de indiferentes, sem amor aos pecadores e que, não raro não
evangelizamos. Mas quanto engano! Para mim ninguém pode ser um evangelista
eficaz se não conhecer e defender com poder os cincos pontos das doutrinas da
graça. A história mostra que os mais poderosos evangelistas criam, defendiam e
aplicavam esse evangelho poderoso. Nosso alvo é a glória de Deus! O objetivo
real do ministério é a fidelidade a Deus naquilo que cremos e pregamos aos
homens. Se haverá grande avivamento, é com o Senhor. O que cabe a nós é o
cumprimento da nossa missão. A mentira, mesmo que venha revestida de versos
bíblicos, não passa de mentiras e seus resultados estão por toda parte.
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