“E assim, se alguém
está em Cristo é nova criatura; as coisas velhas já passaram, eis que se
fizeram novas” (2 Coríntios 5:17)
A CONDIÇÃO PARA SER
NOVA CRIAÇÃO: “...se alguém está em Cristo...”
A primeira criação posicionou toda raça
em Adão e isso significa que não há ninguém que nasce salvo, ninguém que nasce
como filho de Deus, ninguém que nasce como santo. A nova criação, entretanto
posiciona o homem “em Cristo”. Quanto a essa posição não há quem tenha poder
para fazer isso por si mesmo. Não há um crente que possa tornar um filho ou um
amigo em um crente. Os homens podem levar alguém a igreja; podem ensiná-lo e conduzi-lo
nos costumes de sua denominação preferida; podem ensinar bons costumes como
orar, citar versos e cânticos, mas não podem
torná-lo nova criação em Cristo, porque isso é trabalho de Deus. Deus é
criador e ninguém mais tem poder para criar.
Então, a nova criação de Deus difere da
primeira criação, porque está indica que a pessoa está em Adão, enquanto aquela
mostra que a pessoa está em Cristo. Que majestoso e soberano trabalho da graça!
Nosso Deus em sua compaixão entrou no território do pecado, tomou do mesmo
barro para fazer milhares e milhares de vasos para serem intitulados de “vasos
de misericórdia” (Romanos 9:23). Que posição de privilégio tem os crentes! Isso
traz lições profundas e preciosas aos corações santificados pela graça. Uma
dessas lições é que o homem em Adão está completamente distante e
impossibilitado de entender essas coisas. A natureza pecaminosa em Adão faz com
que os homens no pecado entendam apenas o que envolve essa natureza, assim como
o leão entende apenas aquilo que está ligado à sua natureza de leão.
Não somente isso, a natureza ligada a
Adão há de desprezar o que envolve a natureza da nova criação em Cristo. O
homem no pecado é cego para as cores do céu e para o gozo perfeito que espera o
crente. A natureza adâmica está envolvida a esta vida aqui, mesmo sob as
correntes da morte e vivendo debruçada nas prisões do diabo. Conforme Tiago,
essa natureza produz sabedoria que é animal e diabólica (Tiago 3:15). Também,
em Adão os homens são conhecidos nesta esfera carnal e não no terreno
espiritual. A família em Adão é bem unida no pecado; é unida e tem o mesmo
parecer no que tange as mentiras deste mundo. Enquanto em Cristo os salvos
constituem uma família, unida, que ama a palavra e que preza a verdade. Se no
meio dos salvos tiver alguém que não pertence à nova criação, esta pessoa não
demora para abandonar aquele convívio santo e agradável a Deus.
Judas teve que deixar o ambiente de
comunhão entre os discípulos e Jesus, porque aquele lugar não satisfazia seus
interesses mundanos e carnais. Muitos chegam a participar de tantas bênçãos derivadas
dos céus e da graça num ambiente cristão; muitos aprendem doutrinas poderosas
acerca da salvação, mas não podem voar às alturas da fé, assim como acontece
com os que realmente creem. Também, mesmo que recebam chuvas de bênçãos que
caem sobre os salvos, eles só vão produzir espinhos e abrolhos, porque não
pertencem à nova criação de Deus (Hebreus 6:7,8). Já conheci muitos que
pareciam crentes genuínos, mas que não passavam de fogo de palha; em seus
corações o fervor do pecado continuava queimando intensamente; no íntimo o amor
ao mundo era constante, até que finalmente deram adeus ao ambiente sagrado,
porque desceram para o Egito, à busca do socorro mundano e para Sodoma à busca
de prazeres.
Os verdadeiros salvos são resultados do
trabalho de Deus no coração, por isso eles revelam que pertencem à nova
criação, por isso amam a justiça e colocam santidade em prática no viver.
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