sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO II (3)




A IGREJA E A SUA POSIÇÃO:  “...formosa como a lua...”
 Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol e formidável como um exército com bandeiras?”” (Cantares 6:10)
A BELEZA DE CRISTO
         Para que compreendamos a igreja e sua posição, não há dúvida que precisamos conhecer a beleza de Cristo, porquanto é a glória dele que brilha e realça a glória da igreja: “Quem é esta que aparece...formosa como a lua...?”, assim como a luz reflete a luz do sol. A igreja sem Cristo não existe, porque foi ele mesmo quem veio ao mundo para comprar um povo para si; foi ele quem a si mesmo se Deus, a fim de comprar e santificar os salvos. Ver a igreja sem mostrar a glória do Cordeiro é como se tirasse o sol do universo, e não podemos esquecer que ele é o sol da justiça.
         Vemos como a maior luta de satanás neste mundo é anular a glória do Filho de Deus, por essa razão tem as seitas. Elas existem para manchar a imagem do Filho de Deus. Pedro profetizou que nos últimos tempos elementos gananciosos e perigosos surgiriam se introduzindo no meio do povo de Deus, a fim de tirar a glória do Senhor (2 Pedro 2:1). Aliás, toda e qualquer mentira religiosa tende a desfazer a beleza e glória do Senhor. Por essa razão nós os pregadores devemos ter todo cuidado para manter a pureza do evangelho bíblico, porque a mensagem santa reflete a glória do Filho de Deus. Lutero afirmou que não conhecia outro Deus fora Jesus, tudo porque quem aparece em toda Escritura para comunicar-se com os homens é o Senhor da glória.
         Nosso Senhor é belo em glória. Em Tiago 2:1 ele é chamado de “Senhor da glória”. Sua transfiguração foi um momento especial quando ele mostrou quem realmente ele era, conforme a narrativa de Mateus, Marcos e Lucas. João afirma que viu sua glória (João 1:14). Quando homens reconheciam essa glória do Senhor, então humildemente eles curvavam e adoravam o Filho de Deus. A glória de Cristo indica claramente sua participação na divindade, e mesmo tendo se humilhado para se tornar semelhante a nós aqui, nosso Senhor jamais perdeu essa maravilhosa posição de ser igual ao Pai, e ele mesmo afirma que anelava ter de volta a glória que sempre teve com o Pai antes da fundação do mundo (João 17:5).
         Esse reconhecimento da glória de Cristo é imprescindível na pregação e na conversão dos pecadores. Com os olhos da alma abertos, eis que homens e mulheres quando se convertem passam a ter o temor do Senhor. Sem essa condição de temor e tremor a igreja não existe. Ela é chamada para ter Jesus como Senhor; os crentes existem para servir a ele como o Senhor acima de tudo e de todos. As mulheres crentes só podem prestar um real serviço como esposas, se realmente elas forem submissos ao Senhor. Os maridos crentes têm o amor de Cristo em seus corações, por isso eles podem amar suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja (Efésios 5). Os servos só podem prestar bom serviço aos seus senhores se forem humildes e submissos ao Senhor.
         É a glória de Cristo na igreja que faz ela ser como deve ser. Cristo se identificou com a igreja e igreja foi identificada com ele. O conceito que o evangelho moderno tem de Cristo simplesmente omite a glória dele. O cristianismo atual desconhece temor e tremor. Quando a glória de Cristo brilhou sobre Saulo, ele simplesmente caiu (Atos 9). Nosso Senhor é glorioso, maravilhoso e todos os crentes devem conhecê-lo por meio da sua palavra. Quanto mais perto dele, andando com ele estivermos, sem dúvida seremos parecidos com ele no viver. Nossa posição nele jamais pode ser mudada, mesmo que agora falsos mestres deturpam a mensagem. As nuvens não apagam o sol, porque ele brilha independente da ação das nuvens. Assim também o mundo jamais conseguirá anular a glória que pertence tão somente a Cristo e que aparece aqui por meio do seu povo.

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