“Jerusalém,
Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os
teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintainhos debaixo das asas, e vós
não quisestes! (MATEUS 23:37)
A BOA VONTADE DE DEUS
PARA COM OS HOMENS NA HISTÓRIA BÍBLICA.
Tendo dado uma breve introdução minha
esperança e oração é que o assunto tenha despertado interesse. Precisamos ir ao
encalço da verdade, custe o que custar; precisamos enfrentar a sã doutrina com
prazer os santos e soberanos ensinos acerca de um Deus bondoso, que em tudo
serve à uma raça pecadora e rebelde. Suas palavras dirigidas a Jerusalém
mostram o quanto esse Senhor que se fez homem, por longo tempo foi paciente e
longânimo para com Israel, conforme ele mesmo declara em Isaías 65:2: “Todo dia
estendi a mão a um povo rebelde...”. Então, é certo que nunca haverá qualquer
ser humano neste mundo ou mesmo no inferno que poderá acusar Deus de injusto e
cruel. Ele realmente quer o bem do homem, e é o homem que não quer saber dessas
dádivas do Senhor.
Tendo exposto a parte introdutória,
vamos lidar com a história bíblica, porque toda ela é a narrativa da disposição
de Deus em favor de uma raça caída. Vemos isso primeiramente na forma como ele
sempre comunicou com os homens e como sempre quis o bem do homem. A bíblia
inteira é Deus comunicando com os homens; mesmo na queda vemos como Deus foi à
busca de Adão: “Adão, Adão, onde estás?”. Vemos ali uma consciência culpada e a
disposição de fugir de Deus, enquanto temos um Deus que já poderia ter punido
ali mesmo o homem que lhe desobedeceu, mas que ao invés de fazer isso pode
demonstrar todo seu amor e interesse em tratar com o pecado.
Meditemos também no fato que a raça
multiplicou-se sobremaneira naqueles dias e que mesmo o pecado havendo entrado,
ainda assim a natureza fornecia aos homens longevidade e uma criação toda à
disposição. Mas o que eles fizeram? Será que diante de tudo isso aqueles homens
voltariam para Deus; será que estavam prontos a reconhecer sua rebelião e
buscar o conselho de Deus? Claro que não! Notemos como Deus mostrou sua bondade
para com a raça naquele tempo através de Noé. Noé foi uma provisão da graça de
Deus, foi Deus invadindo o terreno do pecado e salvando uma alma com sua
família. Mas em relação à multidão pecadora, a construção da arca durante tanto
tempo foi a grande exibição da longanimidade de Deus. A ira de Deus não desabou
imediatamente sobre a multidão, pelo contrário, cada vez que o martelo batia,
que o barulho do serrote podia ser ouvido e a arca aos poucos era montada, Deus
estava apenas mostrando o quanto ele é bondoso e o quanto deseja o bem eterno
do homem, “...mas vós não quisestes”.
Mesmo tendo varrido a população perversa
da face da terra por meio do dilúvio, eis que Deus não apagou seu amor. A
descendência de Noé era tão pecadora quanto a descendência de Caim. Mas mesmo
assim, quando as trevas inundavam a face da terra e os povos foram
multiplicando em número e em iniquidade, mesmo assim eis Deus fazendo brilhar
sua graça ao chamar Abraão. Para que? Para que por meio dele fossem abençoadas
todas as famílias da terra. Foi embalado nessa santíssima disposição que vemos
Deus lidando com reis e povos; vemos como Deus fez surgir nações poderosas.
Esse é o Senhor tão maravilhoso e tão glorioso, tardio em irar-se e suportando
por centenas de anos a dureza, obstinação e rebelião do homem contra ele.
O que temos hoje? Não é a sua palavra em
nossas mãos? O que a bíblia é? É Deus comunicando sua bondade aos homens; é
Deus mostrando a toda raça o quanto seu reino é de amor, de bondade, de perdão
e de aceitação a todos. Mas diante de tudo isso, “...vós não quisestes”.
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