“Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize” (João 14:27).
EXPERIÊNCIA DA PAZ:
“...Não se turbe o vosso coração, nem se
atemorize”
Amado leitor, que nosso empenho seja
firme e resoluto no tocante àquilo que é passado a nós os crentes,
especialmente no que tange à promessa dessa paz do Senhor Jesus. Cuidemos para
não confundir as coisas, para avaliar as coisas de Deus à luz das ocas promessas
deste mundo, ou da nossa natureza carnal. A paz que o Filho de Deus nos dá não
é essa paz vulgar e enfermiça que os mundanos tanto procuram. A paz de Cristo é
testada na luta, na guerra, nas provações e ela é evidenciada na perseverança.
A paz de Cristo vem aos filhos de Deus, aos que foram santificados na paz que
vem da cruz. A paz de Cristo só pode ser recebida por aqueles que têm o peso da
verdade; aqueles cujos pés estão firmados na Rocha dos séculos e não se abalam
quando o mundo revela ser desgovernado e sem qualquer fundamento eterno.
Mas agora chegaremos à parte final do
comentário em torno desse assunto que considero tão rico e tão oportuno para os
dias tão maus que o povo de Deus atravessa. Veja que no texto nosso Senhor
alenta os corações dos discípulos com palavras exortativas, derivadas da Sua
graça: “...não se turbe o vosso coração, nem se atemorizem”. Ora, eles
realmente estavam cheios de temor, espantados diante do fato que dias sombrios
viriam adiante, pois o Senhor já havia declarado que seu destino era a cruz.
Eles não podiam olhar além do véu; eles não podiam ainda entender o verdadeiro
significado de ressurreição. Terríveis trevas lhes acometiam naquele momento e
eles se sentiam como crianças já desamparadas em face do desaparecimento dos
pais. Por essa razão nosso Senhor derrama sobre seus corações essas
confortáveis palavras às frágeis ovelhinhas, querendo mostrar-lhes que após a
noite terrível viria uma manhã de glória e de felicidade aos seus corações.
Então, como podemos não somente
entender, como também tornar essas verdades práticas aos nossos corações, para
que suportemos os momentos angustiantes que este mundo traz para os santos de
Deus? Examinemos de perto, porque a experiência dessa paz é recebida mediante a
ordem advinda da graça: “Deixo-vos...”. O que Ele está querendo dizer? Ele está
indo sozinho para a cruz; sozinho iria enfrentar a dura morte, a fim de
conquistar definitivamente a tão gloriosa salvação ao povo eleito. Nenhum dos
Seus discípulos Lhe acompanhariam. Mas o que deixar para eles? “Deixo-vos a
paz, a minha paz vos dou...”. Quando a graça ordena, então tudo acontece. Sua
paz chegou aos corações aflitos e passou a comandar a situação desesperadora.
Outro detalhe é que logo no cap. 17
nosso Senhor ergue a maravilhosa oração ao Pai. Naquela oração nosso Senhor
mostrou aos santos as preciosas verdades acerca dos planos eternos, e tudo isso
veio para fundir a verdadeira paz em seus corações. Quem poderia tirar essa
paz? O que a graça faz nos corações santificados é impossível que satanás tire.
Satanás só mexe conosco por fora; por fora vemos os discípulos fugindo, Pedro
negando, todos se escondendo, mas afinal nenhum deles se perde. Judas não
recebeu essa paz, porque a buscou nas riquezas e o que achou foi a morte
eterna. Por fora os santos sentem o abalo desse corpo de humilhação no qual
ainda habitamos. Mas a paz do Filho de Deus vem firmar nossos corações.
Meu amigo, como está sua situação neste
momento? Você um dia foi achado pela graça salvadora? Um dia a paz com Deus
encheu seu coração de alegria ao saber que fora salvo da morte eterna e assim
escapou da ira de Deus? Se houve isso, esteja certo que o Senhor agora enche
seu coração de confiança e tranquilidade em meio às adversidades deste mundo
maligno, a fim de que a jornada sua seja firme e confiante rumo ao céu.
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