“Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize” (João 14:27).
A GRANDE DIFERENÇA: “...não
vo-la dou como o mundo a dá...”
Amado leitor, importa que nós conheçamos
o que realmente significa a paz que Cristo deixou para Seus servos que ainda
peregrinam neste mundo rumo ao céu. Satanás é habilidoso em imitar aquilo que é
de Deus e é assim que ele faz utilizando seu sistema mundano. Vemos essa
perigosa paz enchendo o mundo “evangélico” em nossos dias, e nós estamos
susceptíveis a cair nessa perigosa armadilha. Por essa razão é que estou
lutando aqui, a fim de mostrar a diferença entre a paz de Cristo e a paz que
vem do mundo.
Posso assegurar que a paz do está em
plena harmonia e afinidade com o pecado. Judas tinha profunda paz enquanto
articulava planos para trair Jesus, a fim de se tornar rico. Temos visto em
nossos dias muitos elementos que agem assim, pois vivem em seus pecados e
acreditam que tudo está bem entre eles e Deus. Ora, o mundo oferece essa zona
de conforto aos que vivem em seus pecados. Para Jezabel tudo ia muito bem,
mesmo mentindo e assassinando inocentes (2 Reis 21), pois tudo era feito em
plena intimidade com seus ídolos. Ora, nosso Senhor jamais asseguraria essa paz
aos Seus santos. Naquela santa comunhão que tinha com os discípulos antes da
Sua parte, nosso Senhor fez questão que Judas saísse daquele ambiente.
Também, asseguro aqui que a paz do mundo
convive com uma religiosidade enganosa e extremamente letal. Veja Saulo de
Tarso antes de sua conversão, pois perseguia os crentes e achava que fazia um
trabalho para Deus. A paz que ele tinha vinha do sistema religioso onde fora
criado e era bem versado no conhecimento bíblico. Veja bem amigo, que alguém
pode ter conhecimento bíblico, pode falar de Deus, pode proclamar que é justo, e
tudo isso pode ser feito na cobertura de uma paz que vem deste sistema
religioso. Hoje é comum ver o quanto os homens no pecado carregam consigo esse
sentimento de paz. Eles sentem hoje que Cristo está com eles, que são filhos de
Deus, que Deus ouve suas orações, que entoam louvores aos céus. Ora, o mundo
tem tecido essa paz e tem perfumado seus corações com esse sentimento de bem
estar que lhes levará à perdição.
Também posso assegurar que a paz que o
mundo dá está confinada ao que o mundo pode oferecer. O mundo é um sistema bem
organizado e essa organização mundial traz certa calma aos corações. O mundo
sempre transmite aos homens que eles podem avançar por si mesmos; que tem seu
próprio sistema de justiça aqui, e que por isso não precisa de Deus. O mundo
tenta cobrir a realidade das coisas, colocando no caminho uma espécie de
tapete, para que a multidão caminhe tranquila e serena, crendo que a vida aqui
deve ser comemorada com festas e muita alegria.
Ora, a paz que Cristo deixou para Seu
povo é diametralmente oposta a essa terrível paz. Os crentes estão no mundo,
mas não pertencem ao mundo, por isso não podem e nem querem aceitar isso que
parece ser um lindo presente, mas que não passa de uma bomba vinda do inferno.
A paz que Cristo dá aos justos em nada está harmonizada com aquilo que vem da
aparência e que os mundanos tanto buscam aqui. A paz do mundo derrete-se
facilmente ante os terrores que desabam nesta vida. Ó pobre mundo!
A paz que Cristo dá ao Seu povo não
remove os crentes da guerra, da batalha contra o mundo, contra as perversidades
do pecado. A paz que Cristo dá aniquila toda nossa confiança na aparência deste
mundo, porque tudo isso realmente passa. A paz que Ele dá é a paz Dele, somente
Dele, foi conquistada por Ele enquanto aqui viveu e os santos são chamados a
desfrutar dessa maravilha.
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