“Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize” (João 14:27).
INTRODUÇÃO:
Querido leitor, cada dia mostra o quanto
nossa vida aqui é breve e que tudo o que este mundo oferece não passa de ser
vaidade; cada dia os salvos presenciam um mundo maligno, envolvente em suas
malícias e vãs promessas. Para os mundanos este é o lugar adequado para viver,
porque tem tudo o que atrai a natureza terrena e egoísta do homem. Os crentes,
entretanto, se veem cercados dessa tentação e dessa ostentação, muito mais
agora quando o espírito dessa prosperidade terrena tem entrado e tomado nossas
mentes e provocado nossas emoções. Satanás tem chegado com sua rede e feito um
verdadeiro arrastão, a fim de persuadir a todos que o mundo dele é
infinitamente melhor do que as promessas eternas que o Senhor tem dado ao Seu
povo.
Ora, foi assim com os discípulos do
Senhor no final do Seu ministério terreno. O Senhor Jesus estava despedindo de
seus discípulos, e uma profunda tristeza envolvia não somente o ambiente, mas
também os corações daqueles homens que tanto amavam seu Mestre. Tudo parece
tornar o ambiente bem enlutado e de profunda tristeza. O Senhor estava
caminhando para a cruz e aqui ficariam Seus discípulos. O que eles ganhariam
depois de terem andado os três anos com Ele? O Senhor bem que poderia
multiplicar os bens daqueles seus seguidores. Porém, Cristo nada prometeu para
eles de que teriam uma vida maravilhosa e cheia de prosperidades. Eles não
seriam vistos como os poderosos que andaram com Cristo, por isso teriam fardos
de bênçãos materiais. Cristo não se apresentou como um papai Noel, deixando pacotes
de presentes, especialmente àqueles que aqui andaram com Ele.
Antes de partir o Senhor prometeu que
deixaria paz: “Deixo-vos a paz...” Por quê? Porque não deixaria aos Seus
discípulos riquezas e mais riquezas? Não era Ele o dono do céu e da terra? Não
poderia Ele encher Servos de provisões, infinitamente mais do que aquilo que
José deu para seus irmãos? Por que os discípulos teriam que ficar aqui
desamparados, amedrontados e desprotegidos? Era disso que eles precisavam?
Claro que não! Mas eu pergunto: tem uma riqueza maior do que a paz para viver
neste mundo? Não é exatamente isso o que tanto o mundo busca? Veja aqueles que
correm em busca de uma mensagem dos falsos mestres, estão à busca de uma paz.
Para que tantas regalias, confortos num meio de
uma parafernália de problemas e aflições?
Amado leitor, creio que precisamos
descobrir o que nosso Senhor quer nos ensinar com essa promessa. Afinal nós os
salvos somos Seus discípulos e precisamos nos revestir dessa mesma verdade. Nós
não passamos agora por aquilo que os discípulos do Senhor passaram; nós estamos
agora cercados de fartura, de toda provisão e nosso Senhor tem enchido nossos
corações e corpos de bens. Nosso caminhar para a nossa pátria tem sido num
caminho fértil e temos sentido a presença do Senhor que vai conosco, a fim de
nos prover tudo o que precisamos, além de Sua presença que nos enche de
segurança.
A vida dos santos na peregrinação pode
ser cheia de surpresas. O Senhor não prometeu uma jornada de paz, de
prosperidade terrena. Estamos certos que na jornada coisas terríveis podem
acontecer. Neste momento no mundo, muitos santos estão sofrendo dores, gemidos
e sofrido tremendas perseguições. Muitos santos têm enfrentado a morte. O mundo
não mudou, é o mesmo, assim como foram nos dias quando os apóstolos enfrentaram
tanta amargura e perseguição. Mas, qual é o legado do Senhor para nós, enquanto
estivermos aqui? “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou...”. Não há dúvidas que
os santos buscam isso; não há dúvida que o povo de Deus está precisando ouvir
acerca desse bem que ultrapassa qualquer entendimento deste mundo. Então,
aventuremo-nos em descobrir com a graça do Senhor.
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