“Em verdade, em
verdade vos digo, que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João
8:34)
A PROVA DA ESCRAVIDÃO: “...todo o que comete
pecado...”
Amado
leitor, a escravidão do pecado é mais do que enganosa e enfeitiçadora. Ela é,
também lisonjeadora. É tremenda a arte do pecado em tentar maquiar tudo; o
pecado faz com que tudo ao derredor pareça ser não somente belo e sedutor, como
também faz com que os homens se sintam livres e capazes de prosseguir. A
essência do pecado é o orgulho: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”
(Habacuque 2:4). O homem sob os invisíveis grilhões que o mantém como pobres
servos do mal se sente como uma gazela saltitando. A vida neste mundo é
extremamente bela com tudo aquilo que é oferecido aqui. Tudo o que é natural
parece estar aos olhos dos homens funcionando muito bem e declarando que os
homens são os verdadeiros príncipes e que são bem-vindos à vida.
Na
escravidão o pecado faz com que os homens sintam a inspiração do amor natural.
Parece que toda beleza e a dignidade de viver aqui vêm do homem. Tudo é vista
como deslumbrante e digno de apreciação. O pecado consegue encobrir o mal; o
pecado pinta tudo de festa e enche de brilhantes luzes de festas, comidas,
sensualidades, direitos de dar vazão aos anseios da carne. Nesse ambiente tão
atraente, o pecado procura fazer com que a escravidão seja mascarada e não
apareça como escravidão. Quando os desapontamentos chegam, eis que imediatamente
o próprio pecado trabalha como consolador, a fim de trazer promessas de que
tudo vai mudar e que nada há de acontecer de errado. Somente Deus pode mostrar
aos homens o real significado das coisas; somente Deus é capaz de abrir os
olhos dos homens, a fim de que os terrores que cercam as almas sejam notados.
Nem mesmo a intervenção milagrosa de Deus pode impedir que o monarca tão
corrompido enxergasse seu destino de morte para aquela mesma noite. Para ele,
os desfechos terríveis daquela festa já tinham passado e que tudo o que Daniel
falou não passava de crendices (Daniel 5).
Também, posso
afirmar que a escravidão no pecado mantém os pobres escravos presos na vaidade
de seus corações. Tudo o que os homens podem produzir neste mundo, Deus
intitula de vaidade. Eles trabalham com ardor, a fim de fazer desta vida um
lugar mirabolante. O pecado tem um poder inspirador e sempre diz ao íntimo que
o homem é capaz, e que Deus tem dado capacidade a ele para vencer na vida; que
os males são vencidos por eles mesmos. O pecado tem também sua divindade e
promove sempre o deus segundo o estilo dos homens, assim como os israelitas
fizeram o bezerro de ouro para ser o deus que eles realmente queriam. Não há
uma religião melhor para os homens do que a religião criada pelo pecado. Eles
gastam e até mesmo dão suas vidas pelos seus ídolos. Eles são levados por uma
segurança carnal de que Deus está com eles, de que são abençoados e de que
podem e são capazes de expurgar do ambiente todo e qualquer poder amaldiçoador.
Oh! Meu
amigo, você ainda habita nessa escuridão? Sem a luz da verdade que vem da exposição
da Palavra de Deus, não há quem possa livrar você dessa situação de terror
iminente. Lembre-se que o mundo jaz no maligno e não em Deus; lembre-se que o
príncipe deste mundo ainda é aquele ladrão que veio para matar, roubar e
destruir (João 10:10), e você acha que está livre dessa liderança cruel? O
caminho para o abismo eterno é o mais lindo, mais atraente e o mais sofisticado
aos olhos dos homens. Mas a verdade chega para avisar aos homens do perigo
grande e grave para a alma descuidada. O Salvador veio ao mundo, não para melhorar
o mundo; não para dar aos escravos uma condição de vida melhor aqui. Mas sim para
destruir as obras do diabo e arrancar os escravos dessa prisão vil, e
aterrorizante do pecado. Então chegou o momento agora para seu sincero
arrependimento.
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