quinta-feira, 12 de maio de 2016

A ESCRAVIDÃO NO PECADO (11)




“Em verdade, em verdade vos digo, que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João 8:34)
A PROVA DA ESCRAVIDÃO: “...todo o que comete pecado...”
        Amado leitor, a escravidão do pecado é mais do que enganosa e enfeitiçadora. Ela é, também lisonjeadora. É tremenda a arte do pecado em tentar maquiar tudo; o pecado faz com que tudo ao derredor pareça ser não somente belo e sedutor, como também faz com que os homens se sintam livres e capazes de prosseguir. A essência do pecado é o orgulho: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...” (Habacuque 2:4). O homem sob os invisíveis grilhões que o mantém como pobres servos do mal se sente como uma gazela saltitando. A vida neste mundo é extremamente bela com tudo aquilo que é oferecido aqui. Tudo o que é natural parece estar aos olhos dos homens funcionando muito bem e declarando que os homens são os verdadeiros príncipes e que são bem-vindos à vida.
        Na escravidão o pecado faz com que os homens sintam a inspiração do amor natural. Parece que toda beleza e a dignidade de viver aqui vêm do homem. Tudo é vista como deslumbrante e digno de apreciação. O pecado consegue encobrir o mal; o pecado pinta tudo de festa e enche de brilhantes luzes de festas, comidas, sensualidades, direitos de dar vazão aos anseios da carne. Nesse ambiente tão atraente, o pecado procura fazer com que a escravidão seja mascarada e não apareça como escravidão. Quando os desapontamentos chegam, eis que imediatamente o próprio pecado trabalha como consolador, a fim de trazer promessas de que tudo vai mudar e que nada há de acontecer de errado. Somente Deus pode mostrar aos homens o real significado das coisas; somente Deus é capaz de abrir os olhos dos homens, a fim de que os terrores que cercam as almas sejam notados. Nem mesmo a intervenção milagrosa de Deus pode impedir que o monarca tão corrompido enxergasse seu destino de morte para aquela mesma noite. Para ele, os desfechos terríveis daquela festa já tinham passado e que tudo o que Daniel falou não passava de crendices (Daniel 5).  
        Também, posso afirmar que a escravidão no pecado mantém os pobres escravos presos na vaidade de seus corações. Tudo o que os homens podem produzir neste mundo, Deus intitula de vaidade. Eles trabalham com ardor, a fim de fazer desta vida um lugar mirabolante. O pecado tem um poder inspirador e sempre diz ao íntimo que o homem é capaz, e que Deus tem dado capacidade a ele para vencer na vida; que os males são vencidos por eles mesmos. O pecado tem também sua divindade e promove sempre o deus segundo o estilo dos homens, assim como os israelitas fizeram o bezerro de ouro para ser o deus que eles realmente queriam. Não há uma religião melhor para os homens do que a religião criada pelo pecado. Eles gastam e até mesmo dão suas vidas pelos seus ídolos. Eles são levados por uma segurança carnal de que Deus está com eles, de que são abençoados e de que podem e são capazes de expurgar do ambiente todo e qualquer poder amaldiçoador.
        Oh! Meu amigo, você ainda habita nessa escuridão? Sem a luz da verdade que vem da exposição da Palavra de Deus, não há quem possa livrar você dessa situação de terror iminente. Lembre-se que o mundo jaz no maligno e não em Deus; lembre-se que o príncipe deste mundo ainda é aquele ladrão que veio para matar, roubar e destruir (João 10:10), e você acha que está livre dessa liderança cruel? O caminho para o abismo eterno é o mais lindo, mais atraente e o mais sofisticado aos olhos dos homens. Mas a verdade chega para avisar aos homens do perigo grande e grave para a alma descuidada. O Salvador veio ao mundo, não para melhorar o mundo; não para dar aos escravos uma condição de vida melhor aqui. Mas sim para destruir as obras do diabo e arrancar os escravos dessa prisão vil, e aterrorizante do pecado. Então chegou o momento agora para seu sincero arrependimento.

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