“Em verdade, em
verdade vos digo, que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João
8:34)
A PROVA DA ESCRAVIDÃO: “...todo o que comete
pecado...”
Amado
leitor, eu sei que não obterei popularidade ao falar de um assunto como este,
porque de maneira nenhuma o ser humano quer admitir que ele não é livre. O
ensino do livre-arbítrio teve origem no pecado e é por isso que os homens se
agarram a essa mentira, justamente porque querem se alimentar de tudo aquilo
que é mentira (João 8:45). Mas o propósito da pregação autêntica não é
conquistar popularidade, mas sim de pregar tudo quanto nos foi ordenado a
pregar. Somos súditos do Rei da glória e ai de nós os pregadores, se não
cumprirmos fielmente nosso dever.
Dando
continuidade a esse assunto, digo e afirmo que os homens no pecado são escravos
num mundo cercado de perigosos inimigos. Satanás habilmente trata seus escravos
com profundo carinho, faz-lhes promessas que lhes enchem de emoções e que
avivam suas esperanças em ver este mundo como
o lugar ideal para viver. Mas as almas tão cegas não conseguem enxergar
que são poderes das trevas que as controlam; nada veem porque habitam em
escuridão e o pai da mentira se disfarça bem. Eles não percebem que a liderança
do mal neste mundo é terrivelmente cruel, que nada tem para recompensar seus
escravos, que os fazem sofrer aqui e que no final da vida cada um deles é
atirado com desprezo para o abismo eterno. No pecado os homens são incapazes de
enxergar a realidade das coisas; eles veem as aparências apenas. E o único
livro que os homens dispõem para ensinar-lhes sobre seus inimigos é a Bíblia.
Os escravos
também são constantemente açoitados e não conseguem ver o quanto são odiados,
maltratados e aviltados neste mundo. Eles só conseguem enxergar as “panelas de
carnes” que comem; vivem das emoções que os prazeres tão transitórios lhes
concedem e acreditam que o amanhã será um dia ainda melhor. Também, os escravos
não percebem que estão cercados e extremamente limitados no território onde
vivem por tão pouco tempo. O reino de Deus é infinitamente aberto e maravilhoso
para os que creem, mas não é o caso dos escravos, porquanto eles estão cercados
aqui e desse lugar não podem escapar. Cada um deles está marcado para a
sentença eterna e estão caminhando pelo corredor da morte, sem que percebam
para onde estão indo: “Está prestes a vir a perdição de Moabe, e muito se
apressa o seu mal” (Jeremias 28:16).
Além disso
precisamos conhecer o poder da escravidão na qual vemos milhões e milhares
aprisionados. Se não examinarmos a situação dos homens no pecado, do ponto de
vista bíblico, certamente seremos levados pelas correntes de engano e pelas
emoções que tanto controlam as mentes dos homens religiosos em nossos dias.
Precisamos avisar os homens do terrível perigo que ameaça suas almas;
precisamos alertá-los de que a morte espreita suas vidas e que eles estão
dominados pelo engano do pecado e que esse engano é a maior obra de arte feita
pelo pecado em cada ser humano (Jeremias 17:9).
Então, posso
afirmar que a escravidão do pecado é primeiramente enganosa e enfeitiçadora.
Por quê? Porque os homens não percebem que estão sendo iludidos e embrulhados a
todo instante. Eles não percebem que estão vivendo pelo engano, não somente no
íntimo, como também ao derredor. Os homens são terrivelmente enganadores e
aproveitadores uns dos outros para fazê-los sentir que estão bem. Eles no
pecado pensam que a vida consiste em ter comida, saúde, amizade e o conforto
dos bens e dos parentes. Além de tudo não percebem que tudo o que parece ser
bom e belo aqui é algo que acaba num instante: “Ora, o mundo passa” (1 João
2:17). Não é triste essa situação? Não é de causar dó? Há qualquer esperança
para eles fora do Filho de Deus? Claro que não! Nossa esperança é que o Senhor
se erga em Sua compaixão para visitar os aflitos e abatidos de espírito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário