segunda-feira, 16 de maio de 2016

A ESCRAVIDÃO NO PECADO (13)



                           
“Em verdade, em verdade vos digo, que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João 8:34)
A PROVA DA ESCRAVIDÃO: “...todo o que comete pecado...”
        Querido leitor, posso afirmar com toda confiança bíblica que a escravidão na qual se encontram os homens caídos é também conquistadora, pois conquistou totalmente nosso ser. O pecado não tomou uma parte, tomou tudo, assim como a morte quando chega afeta tudo. O homem não é um escravo pela metade; não é um meio escravo e a outra parte livre. O pecado tomou para si todos os membros do corpo, a fim de que fossem utilizados como instrumento da iniquidade. O pecado tomou as emoções e ali incendiou com suas paixões e ferveu seu caldo de mentiras, engano e ilusão.
        O pecado tomou para si a mente, desligou-a completamente da luz de Deus, a fim de que habilmente fizesse da mente humana um lugar escuro, onde todas as suas atividades ficassem encobertas. Sendo assim, ali não há lugar para achar qualquer bom senso, temor, conhecimento de Deus, mas tão somente loucura, covardia e disposição para caminhar para o abismo sem qualquer noção de perigo. Enfim, o pecado cegou, emudeceu, ensurdeceu e paralisou tudo o que fora feito na perfeita arte da criação de Deus. O pecado não tem poder para criar, mas só para destruir, e nisso que faz tem habilidade. Então amigo leitor, olhe o pobre escravo no pecado; olhe-o com a visão Bíblica, siga os ensinos de Deus e você verá quão aterrorizante é a situação do homem. É claro que satanás pinta a casa por fora, como se pinta um sepulcro; é claro que olhando do ponto de vista tão humanista, nada veremos daquilo que Deus nos tem ensinado.
        Mas agora é o momento para que vejamos o que realmente significa viver nessa escravidão. A parte prática de tudo isso é mostrada na linguagem do nosso Senhor? “...é escravo do pecado”. Analisemos à luz do contexto, pois nosso Senhor está perante um povo aparentemente entendido da bíblia; aparentemente capaz até mesmo de ensinar aos outros sobre Deus e sobre Sua lei. Mas ali estava uma multidão de homens e mulheres presos, acorrentados, algemados, dominados pela vileza do pecado, o qual comandava seus corações. E eles provavam isso pela maneira orgulhosa como se comportavam.
        Ora, eles estavam desafiando alguém que provava sempre pelas suas obras e pelas Suas palavras que era de fato o Filho de Deus. Todo ensino que eles tinham servia apenas como um tipo colchão, onde eles descansavam na ilusão de que eles pertenciam a Deus e de que iriam morar com Abraão no Paraíso. Nosso Senhor enxergava aqueles homens conforme a luz da verdade, conforme a realidade das coisas. Sua glória fazia com que Ele fosse além do véu e esmagasse tudo o que era apenas uma visão externa das coisas.
        Amado leitor, os crentes agora podem entender essas coisas; eles podem dizer com o salmista, que foram tirados do poço da perdição; agora entendem que a porta da prisão onde estavam acorrentadas foi destruída pelo poderoso Filho de Deus. Por fora os homens são arrogantes e veem apenas um lindo caminho à frente e uma esperança de um futuro melhor aqui. Veja Faraó em sua estúpida decisão de resistir as ordens de Deus. Quem era aquele monarca? Para os homens era ele o grande chefe, que acreditava mandar e desmandar, mas para Deus não passava de um pobre verme. A realidade do domínio do pecado é visto na soberba em que vivem os homens: “...sem Deus no mundo” (Efésios 2:12).
        Meu amigo, quando você resiste a Deus, você realmente está declarando no íntimo que Ele é um mentiroso e que o diabo é verdadeiro. Lembre-se que não há aqui ninguém que possa lhe mostrar sua condição tão triste no pecado. O evangelho bíblico chega com poder para rasgar o véu da ignorância e entrar no recinto tão escuro, a fim de mostrar a gravidade da condição do homem, e assim levá-lo ao Salvador Bendito.

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