terça-feira, 3 de maio de 2016

A ESCRAVIDÃO NO PECADO (6)




“Em verdade, em verdade vos digo, que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João 8:34)
A PROVA DA ESCRAVIDÃO: “...todo o que comete pecado...”
        Amado leitor, nosso Senhor no texto mostra que somos escravos daquele a quem estamos servindo: “...todo o que comete...”. Paulo afirma isso também em Romanos 6. A escravidão ao pecado não ocorreu por uma determinação posterior; não ocorreu porque quando nascemos decidimos optar pelo pecado, ao invés de obedecer a Deus. A decisão de toda raça ocorreu no Éden, não é algo individual, mas sim coletiva, e cada indivíduo prova isso pelos seus atos. Nosso Senhor está expondo essa verdade aos incrédulos judeus. Ele está declarando que eles eram pecadores, culpados, condenados e dispostos a viver no pecado dia a dia. Nosso Senhor não lhes poupa de ouvir a verdade e abre o cenário do coração para mostrar-lhes que estavam ainda mais enganados do que milhares que jamais tiveram conhecimento das Escrituras.
        Também, a reação deles mostrou o que realmente eles eram. Quando recusaram ouvir a verdade a respeito do verdadeiro Messias que estava ali na frente deles e provando pelos atos santos e amorosos que Ele era o Cristo prometido, a decisão deles de recuar ante a verdade provou que eles não passavam de amantes da mentira; que preferiam as trevas à luz; de que eram, de fato filhos do diabo (verso 44). Nosso Senhor foi direto com eles. Além disso, eles provaram também pela perversa motivação e reação ante um homem que só lhes fez o bem e que teve sempre um procedimento santo e puro. Mas aqueles elementos raivosos se inclinaram não para adorar o Rei, mas sim para pegarem pedras e apedrejar o Senhor da glória. Tal atitude para eles era de um fervoroso zelo, mas não pela verdade e sim movido pela ignorância.
        Meu caro amigo, a prova clara do fato que o homem é um escravo está em seus pensamentos e atos. Milhares querem santificar e justificar suas motivações e seus atos, assim como fizeram os judeus. Milhares querem acalentar suas consciências, mas a verdade é que o Senhor vê o coração e prova pelo caminho por onde andam os pecadores: “Como podes dizer: Não estou maculada, não andei após os baalins? Vê o teu rasto no vale, reconhece o que fizeste, dromedária nova de ligeiros pés, que andas ziguezagueando pelo caminho” (Jeremias 2:23). Então, caro leitor, fica claro que provamos nosso viver de pobres escravos pelo caminho por onde andamos e por nossos atos que são vistos por Deus, e que muitas vezes estão ocultos de nossos próprios olhos. O escravo do pecado nada tem para Deus. Deus não aceita culto pela metade, nem sequer o pecado aceita metade do serviço. Ou é totalmente do pecado, ou não é; ou é totalmente de Deus, ou não é.
        Veja bem caro leitor, não estou sugerindo aqui que os aqueles que foram libertados da tirania e da punição eterna do pecado não são fracos e cheios de imperfeições. A fraqueza da carne mantém os santos humilhados e dependentes de Deus, além do fato que faz com que eles lutem em busca da verdadeira santidade. Mas os salvos não são escravos do pecado. A verdadeira escravidão parte de um coração vil, orgulhoso, fechado e disposto a andar como quer nesta vida. O escravo é visto pelo mundo como um livre, mas Deus é que mostra tal escravidão. Se o Senhor e Salvador ainda não entrou no coração, a fim de purificá-lo e santificá-lo, eis que o pecado habita ali, e ali controla a mente, as emoções e toda parte física. Não há nada para Deus ali; não há como servir a Deus e o pecado ao mesmo tempo. O tesouro de um escravo não está no céu, mas sim na terra; todo seu ser e todo seu corpo já foram santificados para servir ao pecado, como o pecado quer e será assim aqui e na eternidade.
        O momento agora é para o arrependimento e a entrega a Cristo de todo o coração.

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