“Em verdade, em
verdade vos digo, que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João
8:34)
A PROVA DA ESCRAVIDÃO: “...todo o que comete
pecado...”
Amado
leitor, nosso Senhor no texto mostra que somos escravos daquele a quem estamos
servindo: “...todo o que comete...”. Paulo afirma isso também em Romanos 6. A
escravidão ao pecado não ocorreu por uma determinação posterior; não ocorreu
porque quando nascemos decidimos optar pelo pecado, ao invés de obedecer a
Deus. A decisão de toda raça ocorreu no Éden, não é algo individual, mas sim
coletiva, e cada indivíduo prova isso pelos seus atos. Nosso Senhor está
expondo essa verdade aos incrédulos judeus. Ele está declarando que eles eram
pecadores, culpados, condenados e dispostos a viver no pecado dia a dia. Nosso
Senhor não lhes poupa de ouvir a verdade e abre o cenário do coração para
mostrar-lhes que estavam ainda mais enganados do que milhares que jamais
tiveram conhecimento das Escrituras.
Também, a
reação deles mostrou o que realmente eles eram. Quando recusaram ouvir a
verdade a respeito do verdadeiro Messias que estava ali na frente deles e
provando pelos atos santos e amorosos que Ele era o Cristo prometido, a decisão
deles de recuar ante a verdade provou que eles não passavam de amantes da mentira;
que preferiam as trevas à luz; de que eram, de fato filhos do diabo (verso 44).
Nosso Senhor foi direto com eles. Além disso, eles provaram também pela
perversa motivação e reação ante um homem que só lhes fez o bem e que teve
sempre um procedimento santo e puro. Mas aqueles elementos raivosos se
inclinaram não para adorar o Rei, mas sim para pegarem pedras e apedrejar o
Senhor da glória. Tal atitude para eles era de um fervoroso zelo, mas não pela
verdade e sim movido pela ignorância.
Meu caro
amigo, a prova clara do fato que o homem é um escravo está em seus pensamentos
e atos. Milhares querem santificar e justificar suas motivações e seus atos,
assim como fizeram os judeus. Milhares querem acalentar suas consciências, mas
a verdade é que o Senhor vê o coração e prova pelo caminho por onde andam os
pecadores: “Como podes dizer: Não estou maculada, não andei após os baalins? Vê
o teu rasto no vale, reconhece o que fizeste, dromedária nova de ligeiros pés,
que andas ziguezagueando pelo caminho” (Jeremias 2:23). Então, caro leitor,
fica claro que provamos nosso viver de pobres escravos pelo caminho por onde
andamos e por nossos atos que são vistos por Deus, e que muitas vezes estão
ocultos de nossos próprios olhos. O escravo do pecado nada tem para Deus. Deus
não aceita culto pela metade, nem sequer o pecado aceita metade do serviço. Ou
é totalmente do pecado, ou não é; ou é totalmente de Deus, ou não é.
Veja bem
caro leitor, não estou sugerindo aqui que os aqueles que foram libertados da
tirania e da punição eterna do pecado não são fracos e cheios de imperfeições. A
fraqueza da carne mantém os santos humilhados e dependentes de Deus, além do
fato que faz com que eles lutem em busca da verdadeira santidade. Mas os salvos
não são escravos do pecado. A verdadeira escravidão parte de um coração vil,
orgulhoso, fechado e disposto a andar como quer nesta vida. O escravo é visto
pelo mundo como um livre, mas Deus é que mostra tal escravidão. Se o Senhor e
Salvador ainda não entrou no coração, a fim de purificá-lo e santificá-lo, eis
que o pecado habita ali, e ali controla a mente, as emoções e toda parte
física. Não há nada para Deus ali; não há como servir a Deus e o pecado ao
mesmo tempo. O tesouro de um escravo não está no céu, mas sim na terra; todo
seu ser e todo seu corpo já foram santificados para servir ao pecado, como o
pecado quer e será assim aqui e na eternidade.
O momento
agora é para o arrependimento e a entrega a Cristo de todo o coração.
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