“As suas teias não
prestam para vestes nem se poderão cobrir com as suas obras; as suas obras são
obras de iniquidade, e obra de violência há nas suas mãos” (Isaías 59:6)
A INUTILIDADE
RELIGIOSA: “As suas teias não prestam para
vestidos...”
Caro leitor, analisemos com todo fervor
o que esse texto traz de ensino acerca das inúteis obras do pecado. Veja a
maneira como Deus descreve as atividades dos homens neste mundo e como elas são
vistas como não somente inúteis, mas também perigosas. Entendamos bem que
qualquer atividade religiosa feita pelos homens, que não tem em vista a glória
de Deus, que não são feitas no poder Dele, então são comparadas às teias feitas
pelas aranhas. A religião sem Deus não passa de formalismo; a religião feita na
arte dos homens tende a encobrir a realidade do coração e modifica a aparência,
a fim de que o homem por fora se sinta bem. A religião quando não é de um
coração santificado e piedoso torna os homens hipócritas e ainda mais
perversos.
Então, prossigamos examinando o texto,
porque o que vemos é Deus examinando as obras dos homens a partir daquilo que
procede de seus corações: “...as suas obras são obras de iniquidade...”. Que
lição impressionante! É bem provável que quando elas são vistas por nós terão
nossa aprovação. Foi assim com a nação de Israel, porque sob a maldição da
perfeita lei aquele povo pensava que fazia o melhor, mas Deus estava vendo tudo
como arte do pecado e não do Espírito de Deus. Então, é certo que se o coração
não for santificado, as obras não serão aceitas por Deus. Que não esqueçamos
desse detalhe tão importante. Davi podia estar zeloso e pronto para reinar com
justiça, mas seu pecado oculto era visto por Deus e assim tudo era rejeitado
pelo Senhor.
O cristianismo moderno quer prevalecer
com a iniquidade; quer tapar o coração dos homens e quer fazer com que tudo
seja aceito por Deus. A luta intensa dos projetos ecumênicos vistos em nossos
dias é cauterizar a consciência dos homens; é fazer com que todos sejam vistos
como filhos de Deus e que todas as religiões levam a Deus. Tudo hoje é
religiosamente feito como se os homens não fossem pecadores caídos, mas sim
vistos por Deus como seus filhos. Nos púlpitos não há pregações sobre o
arrependimento e a necessidade de conversão a Cristo. Enquanto floresce essa
mentalidade tão estranha à verdade revelada, eis que cresce a iniquidade, a
família está sendo destruída, a imoralidade é espalhada como praga e a verdade
absoluta é vista como algo cruel e detestada.
Os homens no pecado estão realmente
dispostos a trabalhar religiosamente; estão prontos a gastar e até mesmo chegar
ao sacrifício extenuante, a fim de mostrar na carne o quanto são capazes. Eles
sempre foram assim e agora muito mais, porque sacrifícios religiosos tendem a encobrir
a maldade de seus corações e trazer-lhes falsa paz. Mas aqui entra a verdade de
que tais obras não são aceitas pelo Senhor porque elas não têm as bênçãos da
santificação. O Senhor as detesta, porque é uma mistura de iniquidade com
formalismo. É uma tentativa de unir Deus com os ídolos, assim como fazia a
nação de Israel nos dias de Isaías. Devemos saber que Deus não aceita fogo
estranho, que o mundo e a carne nada têm a ver com o Deus da Bíblia e que o
Senhor odeia idolatria.
Então caro leitor, que entendamos esse
fato no mundo, justamente porque satanás anela enlaçar a multidão que ignora o
Deus da Bíblia. Entendamos bem qual é a condição do homem no pecado; entendamos
bem que não há diferença, mesmo que tudo por fora parece ser tão belo, agradável
e religiosamente admirável. Toda atividade feita na carne é na realidade uma
arapuca para outros. Satanás se utiliza desses meios a fim de manter a multidão
entretida, ocupada e se sentindo bem em relação a Deus. O Senhor da Bíblia não
mudou, Ele é hoje o mesmo Deus e há de ser para sempre o imutável e santo
Senhor. Os homens mudaram sim, mas para pior, porque o pecado só tende a piorar
o coração e maquiar a vida com vaidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário