terça-feira, 19 de agosto de 2014

“QUE DEUS É O SEU DEUS?” (4)




Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido” (EXODO 32:1)
O DEUS PRODUZIDO PELAS MÃOS
         Caro leitor, prosseguindo vemos houve uma aprovação geral, uma perfeita sintonia da incredulidade. Em seguida aconteceu o que era esperado, a confissão de uma fé louca e rebelde: “São estes, ó Israel, os teus deuses que te tiraram da terra do Egito”. Veja caro leitor onde a natureza corrompida, depravada e rebelde do homem pode chegar; a disposição de negar a Deus a glória que Lhe pertence e ainda dizer blasfêmias a respeito Dele.
         O homem mudou? Será que a abundância de séculos não trouxe uma evolução espiritual aos homens? Claro que não! O Deus das Escrituras não é levado pelo tempo, porquanto para o grande EU SOU a situação dos homens no pecado é mesma e segue a corrupção, indo de mal a pior. Entregues a si mesmos os homens estão prontos a negar a Deus, pois acreditam que Ele é semelhante aos homens. Foi assim com Israel naquele momento. A ausência de Moisés para eles significava a ausência de Deus e que ambos estavam enrolados em algum assunto no cume do Sinai.
         O que estamos vendo no desenrolar dessa caminhada ecumênica em nossos dias? Não é a mesma situação? Os homens querem liberdade, por isso se ajuntam para promover a teologia que eles querem. Eles fundem seus deuses e utilizam os mesmos jargões teológicos, e assim afirmam que esses deuses inventados por eles são aqueles que lhes providenciam o que eles querem e que vão conduzir-lhes por este mundo. Já lidei com pessoas assim, as quais no coração tinham seus próprios conceitos de divindade. Para eles o Deus que David Sena pregava e prega é um Deus cruel; que o deus deles era amoroso, diferente e que estava pronto a fazer tudo o que eles bem queriam. Já lidei com alguns que queriam afirmar que eram salvos e que iriam para o céu, pois a fé deles conquistou a salvação, mas não queriam separar de seus caminhos tortuosos.
         Caro leitor, não podemos imaginar o terror causado por uma mentira teológica, desde que esteja adocicada da verdade. O que os homens estão determinados fazer sem a liderança de Deus é algo assustador, porquanto uma mentira sempre atrai outra ainda mais perversa. Não fosse a intervenção de Moisés em oração aquele povo seria destruído pela Ira de Deus. Quando o Nome do Senhor é colocado em vão pelas bocas de ímpios, eis que é o momento de uma santa intervenção punitiva de Deus. Foi assim que Ele fez com Israel, porquanto Seu Nome foi profanado em todas as nações (Ezequiel 21).
         Veja amigo como tudo foi bem articulado. O que eles intentavam fazer parecia ser razoavelmente lógico e longe de qualquer censura. Não havia ninguém ali para dizer algo contrário e acharam apoio da parte de Arão. O sistema evangélico moderno faz a mesma coisa, porque faltam homens de convicção de fé nas igrejas. O verdadeiro cristianismo sempre produziu homens de firmeza e pastores de convicção. Mas isso raramente é visto em nossos dias. Então, aos poucos eles vão conseguindo lançar fora toda verdade, toda santidade, toda sã doutrina, a fim de fundirem uma teologia mais aceitável aos seus corações e ao mundo.
         Veja o que os israelitas fizeram, eles criaram seus deuses a partir daquilo que todos acreditavam ser verdade. Se Deus ordenou que matassem os cordeiros para tirá-los do Egito, então o deus deles deveria ser semelhante a um bezerro. Parecia algo plausível, mas não passava de corações acostumados com a mentalidade profana e ímpia dos egípcios. Tudo isso parecia ser digno de aceitação. Mas a verdade é que eles estavam celebrando um culto ao diabo naquele momento. O deus deles era o deus promovedor de felicidade, por isso assentaram para comer e levantaram para divertir. Era o deus mundano, o deus digno de toda condenação e amaldiçoador.

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