“Mas,
vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe
disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este
Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido”
(EXODO 32:1)
O DEUS PRODUZIDO PELAS MÃOS
Caro
leitor, prosseguindo vemos houve uma aprovação geral, uma perfeita sintonia da
incredulidade. Em seguida aconteceu o que era esperado, a confissão de uma fé
louca e rebelde: “São estes, ó Israel,
os teus deuses que te tiraram da terra do Egito”. Veja caro leitor onde a
natureza corrompida, depravada e rebelde do homem pode chegar; a disposição de
negar a Deus a glória que Lhe pertence e ainda dizer blasfêmias a respeito
Dele.
O
homem mudou? Será que a abundância de séculos não trouxe uma evolução
espiritual aos homens? Claro que não! O Deus das Escrituras não é levado pelo
tempo, porquanto para o grande EU SOU a situação dos homens no pecado é mesma e
segue a corrupção, indo de mal a pior. Entregues a si mesmos os homens estão
prontos a negar a Deus, pois acreditam que Ele é semelhante aos homens. Foi
assim com Israel naquele momento. A ausência de Moisés para eles significava a
ausência de Deus e que ambos estavam enrolados em algum assunto no cume do
Sinai.
O
que estamos vendo no desenrolar dessa caminhada ecumênica em nossos dias? Não é
a mesma situação? Os homens querem liberdade, por isso se ajuntam para promover
a teologia que eles querem. Eles fundem seus deuses e utilizam os mesmos jargões
teológicos, e assim afirmam que esses deuses inventados por eles são aqueles
que lhes providenciam o que eles querem e que vão conduzir-lhes por este mundo.
Já lidei com pessoas assim, as quais no coração tinham seus próprios conceitos
de divindade. Para eles o Deus que David Sena pregava e prega é um Deus cruel;
que o deus deles era amoroso, diferente e que estava pronto a fazer tudo o que
eles bem queriam. Já lidei com alguns que queriam afirmar que eram salvos e que
iriam para o céu, pois a fé deles conquistou a salvação, mas não queriam
separar de seus caminhos tortuosos.
Caro
leitor, não podemos imaginar o terror causado por uma mentira teológica, desde
que esteja adocicada da verdade. O que os homens estão determinados fazer sem a
liderança de Deus é algo assustador, porquanto uma mentira sempre atrai outra
ainda mais perversa. Não fosse a intervenção de Moisés em oração aquele povo seria
destruído pela Ira de Deus. Quando o Nome do Senhor é colocado em vão pelas
bocas de ímpios, eis que é o momento de uma santa intervenção punitiva de Deus.
Foi assim que Ele fez com Israel, porquanto Seu Nome foi profanado em todas as
nações (Ezequiel 21).
Veja
amigo como tudo foi bem articulado. O que eles intentavam fazer parecia ser
razoavelmente lógico e longe de qualquer censura. Não havia ninguém ali para
dizer algo contrário e acharam apoio da parte de Arão. O sistema evangélico
moderno faz a mesma coisa, porque faltam homens de convicção de fé nas igrejas.
O verdadeiro cristianismo sempre produziu homens de firmeza e pastores de
convicção. Mas isso raramente é visto em nossos dias. Então, aos poucos eles
vão conseguindo lançar fora toda verdade, toda santidade, toda sã doutrina, a
fim de fundirem uma teologia mais aceitável aos seus corações e ao mundo.
Veja
o que os israelitas fizeram, eles criaram seus deuses a partir daquilo que
todos acreditavam ser verdade. Se Deus ordenou que matassem os cordeiros para
tirá-los do Egito, então o deus deles deveria ser semelhante a um bezerro.
Parecia algo plausível, mas não passava de corações acostumados com a
mentalidade profana e ímpia dos egípcios. Tudo isso parecia ser digno de
aceitação. Mas a verdade é que eles estavam celebrando um culto ao diabo
naquele momento. O deus deles era o deus promovedor de felicidade, por isso
assentaram para comer e levantaram para divertir. Era o deus mundano, o deus
digno de toda condenação e amaldiçoador.
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