LUCAS 18:18-23
DESCONHECIMENTO DA GLÓRIA DE DEUS: “Por
que me chamas bom...?”
Caro
leitor, a história acerca do encontro desse homem rico com Jesus nos mostra
qual é a causa da destruição de milhares. Já passamos pela primeira lição, onde
vimos como ele chegou com sua linguagem cheia de lisonjas, mas as palavras do
Senhor descobriram as manobras malignas, trazendo à lume as intenções daquele
coração.
A
próxima lição nos o quanto ele desconhecia a glória de Deus. O que ele sabia no
tocante as Escrituras eram letras sem o espírito. Tudo o que ele aprendeu nos
ensinos judaicos foi bem selecionado em seu coração, a fim de guardar somente
aquilo que tanto interessa o homem no pecado. Os homens agem assim com a
Palavra de Deus, pois despreza o ouro da revelação e toma para si apenas o
barro.
Vemos
claramente que ele não sabia que estava perante aquele diante do Filho de Deus.
Ele agia como milhares de judeus naqueles dias, os quais criam que Jesus não
passava de um Nazareno; eles viam a aparência física e sua condição social. Era
espiritualmente um cego. Perante sua face estava o poderoso Senhor da glória, o
mesmo que apareceu para Abraão, Isaque, Jacó; o mesmo que apareceu para Moisés
na sarça ardente e que agora estava encoberto pela frágil humanidade. Ele via
apenas o barro e não a glória interna do Deus – Homem, assim como os judeus
viam a parte externa e aparentemente feia do tabernáculo no deserto.
O
desconhecimento a glória de Deus é que revela o quanto os homens no pecado estão
cegos. Por isso Cristo não passa de uma figura bem adaptada aos gostos
supersticiosos do homem no pecado. Os judeus nos dias do Senhor viram Jesus,
mas jamais puderam ver Sua glória. Eles chegavam apenas onde podiam chegar na
incredulidade; viam apenas o lado de fora, mas eram impedidos de contemplar
aquilo que pertence ao Filho de Deus. Para crer e ser salvo o homem precisa ver
além do véu; a fé lhe faz contemplar mais do que aquilo que tanto interessa.
Foi o conhecimento de Cristo como Filho de Deus, Senhor da glória e Rei da
glória que levaram Seus discípulos ao temor e, com efeito, servi-Lo com
obediência e adoração.
Caro
leitor, não há como desmanchar todo esse espírito humanista que envolve o
evangelho moderno. Quando Deus retira Sua compassiva mão, eis que os homens
estão prontos a pular e saltar de alegria, na busca pela fama e apoio uns dos
outros. Quando Pedro pregou no dia de Pentecostes (Atos 2), notamos que sua
mensagem tão pautada nas Escrituras imediatamente levou todos a grande
silêncio. Logo ficaram sabendo que Aquele que fora crucificado por eles era o
Messias prometido nas Escrituras do Velho Testamento. De repente a presença
misericordiosa de Deus tocou seus corações e assim eles puderam ver a culpa. O
efeito foi maravilhoso com a conversão de mais de três mil almas e grande
mudança em suas vidas.
O
que Cristo faz com aquele homem é o que a verdadeira mensagem faz com o coração
soberbo. Naquele momento Cristo exalta Deus: “...Porque me chamas bom?”. O Senhor puxa a glória toda para Deus: “...bom é Deus...”. O que nosso Senhor faz
nessas palavras? Ele exalta a Deus; Ele afirma que a glória pertence tão
somente a Deus! Que lição impressionante! Nessas poucas palavras nosso Senhor
desmorona todo conceito humano de religião. Toda falsificação religiosa tem em
vista a glória do homem, mesmo aquilo que na aparência parece ser divino e
espiritual. A mensagem da verdade chega para queimar o invólucro e mostrar que
por dentro há perigo, idolatria e perversidade.
Meu
caro amigo, a glória pertence a Deus e não ao homem! Portanto quão precioso é
que toda vileza de seu coração seja descoberto! Quão importante é que a
mensagem santa venha descobrir seu coração! Toda perversidade deve ser lançada
no pó, a fim de que você se arrependa e verdadeiramente se converta ao Senhor
Jesus de todo coração.
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