“...Não te envolvas com esse
justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito”
(Mateus 27:29)
Veja caro leitor, como o sonho da
esposa de Pilatos mostra o que significa medo, superstição e incredulidade. Veja
como ela foi mobilizada pelo sonho e não pela Palavra de Deus, pela verdade
revelada. O sonho a respeito de Jesus provocou-lhe medo; o sonho fez com que
ela acordasse sobressaltada, apavorada e pronta para mudar a situação. Mas o
seu medo era resultado de um coração incrédulo. O sonho a respeito Daquele
justo simplesmente mostrou que sua posição e todo aparato de segurança física
não passavam de galhos secos. O Justo Jesus era o suficiente para revelar o
quanto seu coração era injusto e que o reino e liderança de seu marido nada
tinham a ver com a real e gloriosa justiça.
Tudo foi abalado naquele sonho. Por
quê? Aquela pobre mulher confiava em sonhos e não na realidade das coisas. Por
essa razão eis que ela corre para passar a mensagem que recebera durante a
noite. Tudo foi promovido pela vaidade da carne e assim preparado para trazer
maior ruína e não bênçãos. Não é assim que vivem milhares? O deus dos sonhos
não passa de mera fantasia, porque não tem base, nem teologia verdadeira nem é pautada
em documentos santos. Quando não vem das Sagradas Letras, tudo é feito para que
o caminho seja a perigosa vereda da superstição, a qual termina num vazio,
tristeza e depressão.
Outro detalhe é que aquela pobre
mulher, dominada por um coração cheio de incredulidade, simplesmente corre para
livrar seu marido do perigo de lidar com aquele Justo. Veja caro leitor, para
onde leva o caminho do medo, da superstição e da vil incredulidade. A fé corre
para o Justo, a incredulidade corre para longe do Justo. Ali estava perante
Pilatos o Justo de Deus, o Salvador bendito. Mas para aquela mulher aquele
Justo era ameaça para o reino de seu marido e para a suposta segurança que
tiveram até aquele momento. A mensagem resultante do sonho não foi que aquele
Justo era o Salvador bendito; não foi de arrependimento e conversão a Ele. A
mensagem foi para que fugisse Dele: “...Não te envolvas com esse Justo...”.
Ó meu caro leitor, quão perigosa é a
direção tomada pela incredulidade! Quando a teologia é pautada em sonho, então
o viver passa a ser de medo e de superstição, a fim de afugentar o homem de
Deus, correndo para longe do amoroso Senhor. Tenho visto que ultimamente é esse
o caminho tomado por milhares, resultando em medo e um viver carregado de
superstições. No sonho ela sofreu por ele; no sonho a mulher de Pilatos teve dó
daquele Justo; no sonho era ela sofria por Ele. Eis ali uma mulher religiosa,
pronta a agir como milhares agem. Não há arrependimento, contrição e desejos de
salvação. É exatamente isso o que a vil incredulidade faz.
Qual foi o resultado de todo esse
drama? Eis que Pilatos toma uma bacia com água e lava suas mãos. O medo e a
superstição levam a novos atos supersticiosos. Não houve conversão a Cristo,
mas sim maior afastamento Dele: “...Não te envolvas com esse Justo...”.
Não é isso o que vemos em nossos dias? O que parece ser evangélico, louvores,
não passa de superstições e fantasias. Por quê? Porque está simplesmente
separado da verdade revelada. Milhares fogem do firme alicerce da fé cristã – a
Palavra de Deus – a fim de se alimentar da confusão e das vaidades de corações
que fogem de Deus.
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