domingo, 13 de julho de 2014

A PEREGRINAÇÃO




São estas as caminhadas dos filhos de Israel que saíram da terra do Egito, segundo os seus exércitos, sob as ordens de Moisés e Arão” Números 33:1.
        O povo de Deus havia conquistado grande e poderosa vitória sobre o exército de Faraó. A mão poderosa do Senhor triunfou sobre a arrogância política e religiosa dos pagãos, ficando para trás um triste saldo de morte e luto resultantes da rebelião humana contra Deus. Não era para Israel ficar parado diante da vitória, mas era para continuar sua jornada rumo à terra prometida. O Deus que derrotou os inimigos egípcios era o mesmo que seria o perfeito Guia e Líder daquele povo através de Moisés e Arão.
        A jornada de Israel para Canaã mostra nossa caminhada rumo ao nosso lar celeste – a Nova Jerusalém. Cada acampamento mostra que há alegria e tristeza. Como foi preciosa aquela parada em Elim! Que lugar gostoso! Seria tão bom permanecer ali! Afinal de contas ali tinha tudo para o povo! Havia sombra e água fresca nas doze fontes de águas e nas setenta palmeiras.
        Mas o Grande Líder não queria isso para Seu povo. Havia muitos “vales e montes” para serem atravessados! Teriam muitas alegrias e decepções pela frente. Afinal, não foram tirados do Egito para viverem como eremitas no deserto. Não! O lugar permanente deles era a terra prometida. Teriam que passar por lugares secos; enfrentariam inimigos ferozes pela frente; muitos enfrentariam a morte como Arão, o sumo-sacerdote (verso 39).
        A igreja precisa saber que nossa jornada rumo ao nosso lar não é diferente. A igreja é o exército de Deus: “Quem é esta que aparece... formidável como um exército com bandeiras?” (Cantares 6:10). Não temos lugar permanente aqui. Hoje o mundo apregoa um paraíso terrestre, especialmente por meio dos falsos mestres e das seitas. A prosperidade material é a “moléstia contagiosa” deste presente século que tem afetado muitos santos.  
        O mundo tem procurado mostrar ao povo crente que o melhor lugar é aqui, este “Elim” passageiro, e assim milhares de santos de Deus têm sido desarmados em plena caminhada. Na jornada de combate contra o império das trevas o povo santo tem sido persuadido a buscar um caminho mais fácil. Quão perigosa é essa investida de satanás!
        Amados irmãos, na nossa caminhada rumo ao nosso lar eterno não faltará os momentos preciosos dos “acampamentos” de Deus. A bondade nos segue junto com a misericórdia. Mas não há promessa que tudo seguirá no mesmo clima de “Elim”. Na jornada tem os “montes” de bênçãos, mas também aparecerão os inevitáveis “vales” de lutas e dores. Temos que enfrentar os perigosos “Amaleques” mundanos; as “serpentes e escorpiões” das hostes infernais nos cercam; a “brisa egípcia” nos convida a voltar para o mundo e não prosseguir adiante e a perigosa carne “midianita” nos espera lá adiante.
        O Senhor é a nossa preciosidade pelo caminho estreito. Nosso guia, nossa perfeita provisão de pão e água, nossa vitória assegurada e certamente é o nosso Sumo-Sacerdote que nunca há de morrer, porquanto vive para sempre.



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