sábado, 12 de julho de 2014

DEUS E SEUS INIMIGOS (1)




Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés” (Salmo 110:1)
    INTRODUÇÃO:
         Caro leitor, estamos diante de uma das mais poderosas passagens das Escrituras, especialmente porque prova a riqueza da inspiração da Bíblia. O tema central desse Salmo é: DEUS E SEUS INIMIGOS. Convém que conheçamos tal assunto porque há uma ousada manifestação contra Deus em nossos dias, especialmente para trazer ao mundo uma mentalidade estranha e satânica a respeito de Deus.
         Hoje a sociedade fala de Deus, diz que Ele é fiel, justo e Seu nome é usado como instrumento de sorte, como objeto cheio de superstições. Na mentalidade geral Ele é tido como um velhinho bondoso cheio de dó dos outros, fraco porque está bem avançado em anos e que se condescendeu com a situação dos homens. Mais do que isso, Ele é tido como um paizinho de todos, tendo todos como seus filhos, que quer paz com todo mundo, que reconciliou-se com o diabo e que no final da carreira de cada ser humano, todos irão para o paraíso. Pior do que isso há uma triste manifestação de zombaria e desdém contra o Reino do céu, quando os homens intitulam Deus de: “O cara lá de cima”.
         Enfim, toda mentalidade religiosa do mundo hoje não passa de ser uma tentativa de esmagar a verdade bíblica que DEUS TEM SEUS INIMIGOS. Para isso convém que este maravilhoso e desconhecido Salmo seja trazido aos corações leitores. Precisamos ver almas cheias de temor e tremor perante os fatos bíblicos a respeito do Deus da bíblia. Com a Graça do Senhor vamos ver se chegamos à compreensão deste Salmo, e a primeira lição que vemos claramente é que o tema central perpassa todos os seis versos deste Salmo:
1.           “Teus inimigos” verso 1
2.           “Teus inimigos” verso 2
3.           “esmagará os reis” verso 5
4.                    “esmagará cabeças por toda terra”
Vemos assim que Deus está operando neste mundo em meio às trincheiras inimigas.
         O nosso tema: DEUS E OS SEUS INIMIGOS       em nada é agradável aos leitores de hoje quando vemos como o homem está mergulhado num descomunal orgulho, mas a verdade é que esse não um tema circunscrito apenas a este Salmo, mas é a verdade que permeia toda Escritura. Vemos que a misericórdia de Deus opera em meio a uma verdadeira batalha de um despejar de ódio Dele contra Seus adversários. Não podemos olvidar disso sem sofrermos consequências no viver e em nosso ambiente. Caro leitor, eu pergunto: como podemos deixar de lado passagens como o Salmo 135 e Naum 1 e no Novo Testamento Hebreus 10? Dei apenas 3 referências em meio a uma multidão delas.
         A nossa segunda tarefa consiste em conhecer como o Espírito Santo organizou esse pequeno, mas grandioso Salmo. Ele é um Salmo profético e histórico ao mesmo tempo.
         1.      Historicamente nos leva a conhecer a mente de Deus: “Disse o Senhor ao meu Senhor...” Vemos duas pessoas da trindade conversando uma com a outra. Óbvio que estamos lidando com o Pai e o Filho. Na linguagem do Velho Testamento essas pessoas aparecem na criação e sempre podemos vê-Las na linguagem profética. Mas é no Novo Testamento que vem o esclarecimento que é o Pai e o Filho. No Velho Testamento um aparece como autoridade maior, dando seus decretos porque ocupa a posição de Rei.
         Ocupemo-nos com a frase dita pelo Pai ao Filho: “Assenta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés”. Quando foi que ocorreu isso? É aí que vemos as maravilhas da linguagem bíblica, porquanto ela passa de uma linguagem histórica para um linguajar profético.
         Na linguagem histórica lembremos bem que para Deus não existe tempo e que Ele conta as coisas que vão acontecer como se elas já tivessem acontecido. Por que isso? Porque a ressurreição do Senhor é a suprema vitória de Dele contra Seus inimigos, e eles não contavam com isso, já que a morte é o desfecho final do triunfo do pecado.

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