sábado, 19 de julho de 2014

CONVERSÃO HIPÓCRITA




“...não temeram ao Senhor...Temiam ao Senhor e, ao mesmo tempo, serviam aos seus próprios deuses...até ao dia de hoje...não temem ao Senhor” (2 Reis 17:15,33,34).
         Veja caro leitor as funestas consequências que caíram sobre Samaria após a tomada dos Assírios. A cidade agora estava tomada por um sistema religioso ecumênico. Enquanto em Jerusalém acontecia um avivamento por meio do piedoso rei Ezequias, ali ocorria um avivamento satânico. Caro leitor, tomemos os acontecimentos religiosos de Samaria, a fim de entender o quanto a conversão é uma mudança de Deus. Mas também saibamos que a conversão pode ser imitada e que é esse o incrível trabalho produzido por satanás em nossos dias.
         A conversão fingida certamente satisfaz as intenções do diabo, traz falsa paz aos que são irresolutos, adultera a igreja, prejudica o bom testemunho e desonra a causa do evangelho puro e santo. Por isso tomemos esse relato feito pelo Espírito Santo em 2 Reis 17, a fim de lançar luz à nossa situação de hoje.
         1.      Vendo o primeiro estado deles: “Não temerem ao Senhor”. Em nada eles eram pessoas que conheciam a verdadeira religião baseada no conhecimento do Deus de Israel. Sem esse conhecimento mental e experimental jamais poderiam empreender a verdade em Samaria. Talvez por estarem perto de Jerusalém e ficarem sabendo do grande despertamento promovido por Ezequias, quisessem assim imitar. Mas a ausência de temor ao Senhor fazia da religião deles um verdadeiro fracasso.
         2.      A conversão fingida deles: “temiam ao Senhor”. Mas que temor era esse? Não era o verdadeiro temor, obra realizada em seus corações pelo Espírito Santo. Eles estavam dominados pelo medo dos leões; por não haver qualquer profeta ali, as feras com seus dentes eram seus evangelistas. Não é assim em nossos dias? A ausência de temor ao Senhor impulsiona os homens a crerem num Deus, movidos apenas por interesses carnais. Em Samaria havia sacerdotes, mas eram homens infiéis, os quais nada tinham de ligação com o verdadeiro sacerdócio de Jerusalém. É assim em nossos dias, pois homens amantes de si mesmos têm tomado o lugar dos verdadeiros servos de Deus e assim partiram para enganar a multidão.
         3.      Mas o fato é que a conversão deles era radicalmente defeituosa, porque jamais conheceram arrependimento. Por quais razões? Eles não eram guiados pela verdade da palavra de Deus. Ali não havia o altar verdadeiro, onde poderiam oferecer sacrifícios. A conversão fingida desconhece a cruz; sabe de um Cristo, mas longe de ser o verdadeiro Filho de Deus.
         Também, os falsos deuses não foram abandonados (verso 19). Devemos saber que enquanto o pecado domina o homem é sinal de que ele jamais conheceu o poder transformador da graça. Sem esse sinal de justiça e santidade, a conversão é fingida. Também, não prestaram obediência a Deus. Temiam a Deus, mas também serviam aos seus ídolos. Não é assim quando há falsa conversão? Quantos estão vivendo em seus vícios, em suas imoralidades e no amor ao dinheiro, e ainda afirmam serem crentes!
         Caro leitor, a conversão fingida é um caminho letal para a alma. Sem o conhecimento do arrependimento não pode haver real salvação, pois jamais produzirá o temor do Senhor no coração; temor que faz o homem diferente, andando com Deus em justiça e santidade.

        

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