“Mas
com inundação transbordante, acabará de uma vez com o lugar desta cidade; com
trevas perseguirá o Senhor os Seus inimigos” (Naum 1:8).
Caro leitor é com grande alegria que retorno para comentar a
respeito dessa declaração tão reveladora de Naum, onde o grande Senhor afirma
que com trevas Ele persegue Seus inimigos. Não fomos chamados para discutir com
Deus; que não sejamos atrevidos ao ponto de criticá-lo e dizer o que Ele deve
ou não deve fazer. Ele é Deus e nós somos barro; Ele é Senhor e nós somos
servos; Ele é Soberano e nós não passamos de vermes que rastejam neste mundo.
Nunca devemos esquecer que o único meio estabelecido por Deus para que homens e
mulheres escapem da Sua Ira santa e justa é o sangue do Cordeiro (1 Pedro
1:18,19), fora do sangue purificador homens e mulheres estão em situação de
extremo perigo, sob ameaças eternas.
Na explicação do texto avanço um pouco mais em afirmar que o
Senhor
persegue Seus inimigos com sofrimentos físicos. Os leitores que são
verdadeiros crentes devem repousar na santa e eterna paz do sangue, porque
estão debaixo do amor eterno e não debaixo da Ira. As enfermidades que sobrevêm
aos crentes fazem parte da nossa disciplina e chegam para nos mostrar que nosso
viver permanente não está aqui neste vale passageiro; que nossa glória está na
ressurreição e não num mundo mergulhado em trevas e desespero.
Mas, homens e mulheres que se encontram sob a Ira devem
saber que é nas trevas que os inimigos do Senhor são surpreendidos com as
enfermidades, e elas chegam muitas vezes para cortar as vaidades; chegam para
avisar que está homens e mulheres estão chegando ao portal da eternidade, que a
jornada mundana está findando. Elas chegam para apagar todas as luzes
encantadoras de um mundo melhor; de um viver bem sucedido. Elas chegam para
mostrar como Deus rasga e queima aquilo que parece uma construção confiável e
eterna. Elas chegam para mostrar o quanto rapidamente o que os homens buscam
imediatamente é desfeito, como apaga palavras num quadro negro.
As enfermidades chegam para afirmar que o que é permanente
chegou para ficar para sempre. Elas vêm mostrar a realidade do pecado; que o
salário do pecado é a morte e como a morte chega e retira seu disfarce. As
dores chegam para que homens e mulheres sintam aqui um pouco dos terrores que
hão de vir. As enfermidades chegam avisando que a morte é eterna e que os
sofrimentos na eternidade serão indescritíveis; que o sofrimento aqui realçam
as misericórdias de Deus; que as luzes da compaixão divina ainda estão acesas;
que Deus ainda ouve as orações do Seu povo em favor dos perdidos.
As enfermidades chegam para silenciar esse burburinho
mundano; para afirmar que todas as felicidades daqui são enganadoras; que tudo
é entretenimentos e mentiras; que toda segurança é vã; que toda riqueza é
queimada como palha; que toda confiança é inútil; que tudo aquilo que parecia
ser luz verdadeira e permanente apaga-se e que a única esperança está naquele
de onde emana toda dádiva e todo dom perfeito (Tiago 1:17).
Quero completar meus comentários deste dia, afirmando que as
enfermidades desfazem os sonhos. Satanás ultimamente tem se tornado bem evangélico
e tem fartado corações incautos com sonhos e vaidades de uma vida melhor aqui.
Mas, as enfermidades chegam para mostrar aos homens o quanto foram enganados,
iludidos e atirados no desespero. Quando as enfermidades chegam, elas
simplesmente dão forte beliscão e acorda os homens, tirando-os de seus sonhos. Enquanto
os homens vivem sonhando eles não conseguem ver para onde está sendo atirada
toda vanglória deste mundo. Em seus sonhos eles desconhecem que a realidade
deste mundo está nos hospitais e nos cemitérios. Em seus sonhos homens e
mulheres esquecem o passado porque querem curtir o presente. Muitos pensam que
as enfermidades chegam para trazer arrependimento aos homens. Quanto engano!
Mesmo sob intensa dor homens e mulheres continua endurecidos. Querem alivio
porque pretendem continuar em seus maus caminhos.
Não posso me esquecer de um moço que sofreu um acidente e
perdeu uma de suas vistas. Ele me disse que quando o médico estava costurando a
vista perdida, tudo foi feito sem anestesia. Ele simplesmente urrava de dor.
Ele me disse que se o inferno fosse pior do aquilo, ele estava disposto a fugir
do inferno. Percebi que naquele moço não havia qualquer sinal de
arrependimento, por isso afirmei para ele que quando tudo aquilo passasse ele
estaria de volta à zona do pecado. Ele replicou dizendo que jamais voltaria à
vida torta depois de tudo o que ele havia passado. Mas, não demorou muito, pois
assim que a tempestade acalmou aquele moço com apenas um de seus olhos
funcionando, tomou o rumo do pecado.
Caro amigo,
as dores não trazem consigo o dom do arrependimento. O arrependimento é dom de
Deus. Portanto, resta agora que homens e mulheres se humilhem, a fim de que o
Deus da bíblia venha a usar de misericórdia para com eles.
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