A PORTA ESTREITA (13) (continuação)

“Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós do lado de fora começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta. Ele vos responderá: Não sei de onde sois. Então direis: comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas” Lucas 13:25,26.

         Ao brincar com aquilo que afirma ser terror e maldição o impenitente verá que os olhos da alma serão abertos tarde demais, e verá que caiu numa armadilha eterna, e que não tem mais recurso, não tem mais chance alguma, porque a porta foi fechada definitivamente. Aqui neste mundo seus pecados parecem ser tão leves, eles até mesmo parecem que dão asas para voar, e o homem sente uma falsa impressão de bem-estar. A alma impenitente diz para seu amigo: “tudo bem, tudo em paz, se Deus quiser” , e acha que tem o direito de viver assim, mas eles lhe deixam convencido de que é alguma coisa, de que tem alguma importância.

         O pecado deixa o homem assim achando que ele tem direito de viver. O pecado lhe deixa vaidoso, leva a pensar que Deus não está vendo o que passa até mesmo nas intenções ocultas do coração, e não apercebe desses fatos, ele deixam assim vaidoso; levam a pensar que pode negociar com Deus, e que Deus está a fim de aceitar suas manobras; que Deus aceita uma mera religiosidade formal, que Ele vai aceitar as orações, jejuns e sacrifícios.

         Então, essas coisas abrandam uma consciência culpada. Andar com o pecado é a mesma coisa que ajuntar lenha para o fogo eterno. Olha o que o Senhor está afirmando em Lucas 13, no texto que ora estou considerando. Portanto, amigo, contempla o futuro lá no além, passe deste tempo aqui e olhe a eternidade; olhe aquele momento quando irá ficar longe de todo socorro e de qualquer esperança para a alma. Veja entre os milhares do lado de fora clamando, em gritos de horror e desespero sem fim, pedindo a Deus para abrir, mas sem nenhum sucesso. Contemple, veja, enxergue a eternidade. Deus está sendo agora um grande amigo, Ele está usando toda sabedoria Dele para mostrar que o homem está vivendo como um louco. A esperança está aqui antes de partir, antes de deixar a bagagem aqui e partir deste mundo completamente nu.

         Se clamar ao bondoso pastor agora, Ele afirma que será o socorro bem presente na angústia, mas na eternidade não. Por que não vê agora mesmo seu estado lastimável? Porque não vê agora a sua triste sorte e o triste destino que aguarda um pecador não salvo? Não fique pensando nesse tipo de deus fabricado pelas mãos dos homens modernos, assim como Arão fabricou o bezerro de ouro para que o povo de Israel se alegrasse em seus pecados. Mas hoje em dia os homens estão fazendo o que Arão fez. Os homens fabricaram o “deus Ágape”, o deus só amor.

         É verdade que o Deus da bíblia é o Deus que verdadeiramente ama com perfeito amor. Mas o que é o amor de Deus? Será que é isso que pregam por aí para enganar os incautos, para iludir as pobres almas? O amor do Deus da bíblia é um amor que é regido pela Sua Santidade. A Santidade de Deus rege todos os Seus atributos. A bíblia em primeiro lugar apresenta Deus como um Deus Santo. O amor apresentado na Palavra é o amor que já foi revelado na cruz do Calvário. Deus afirma que Ele já provou o seu amor por aqueles que Ele salvou e está salvando, o povo Dele: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de que Cristo morrido por nós sendo nós ainda pecadores”.