quarta-feira, 16 de julho de 2014

A PORTA ESTREITA (13 b)




Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós do lado de fora começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta. Ele vos responderá: Não sei de onde sois. Então direis: comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas” Lucas 13:25,26.

O JUIZO: “Quando o dono da casa...”
         Eu sei que esta mensagem não vai agradar a multidão, não é um discurso gostoso de ser ouvido. Muitos vão achar que é um discurso ruim e vão procurar afastar, e não vão querer ouvir uma mensagem como essa proferida pelos lábios de nosso Senhor. Mas, o homem é uma alma eterna, e seus físicos terminarão aqui. A qualquer momento a porta da misericórdia será fechada. A qualquer momento essa corda que está estendida para que o aflito corra para ela e agarre nela a fim de ser salvo, será tirada, então não haverá mais qualquer recurso. Aqui ficará aquilo que o homem ajunta durante o tempo de tua breve peregrinação terrena. A terra pertence ao Senhor, a ninguém mais, tudo pertence ao Senhor, prata, ouro, etc. tudo pertence ao Senhor, o homem não passa de um miserável peregrino, e seu tempo de peregrinação findará. Aqui ficarão os queridos, o dinheiro, bens, amigos, e nada levará consigo quando tiver que enfrentar o que milhares enfrentaram e todos terão que enfrentar - a perigosa morte. Mesmo que tudo aqui parece tão belo e  não há qualquer perigo, tudo é enfeitado ao  derredor; tem tudo aquilo que tanto deseja, mas a sepultura aguarda o pecador, e ela não faz exceção, mesmo que aqui goze, enfim, de todos os favores que o mundo oferece, mesmo que seja cercado de amigos, de bens, de um bom emprego, mesmo que nada falte aqui, entretanto o homem está caminhando para a casa eterna, de onde jamais poderá retornar. 
         É bom saber também, que os pecados acompanham o homem após a morte. O dinheiro ,  parentes, religião, bens não irão não acompanham, mas há uma herança que o homem carrega consigo para a eternidade: seus pecados, suas iniqüidades, eles são seus companheiros diariamente aqui; o homem fez aliança com eles e vão lhe acompanhar e estarão com ele onde estiver, no quarto, na rua, em qualquer lugar, as iniqüidades lhe prendem. Agora são seus companheiros, mas na eternidade serão seus algozes; serão açoites para seus açoites de sofrimento eterno. Mesmo que pareçam poucos, mas eles são terríveis, eles são como ursos e leões que querem devorar, mas estarão com o impenitente na eternidade, longe de Deus, longe da glória de Deus. O homem verá que esses que agora são seus amigos queridos, seus pecados, transgressões, ofensas contra Deus, iniqüidades, serão seus ferozes e terríveis inimigos para sempre. Eles não parecem inimigos aqui porque os homens gostam deles, andam com eles dia e noite, deitam pensando em como servir melhor o pecado amanhã; renovam a aliança com eles para servi-los mais ainda. Então amigo, a alma enfrentará o fato de que é tão terrível aquilo que aqui tanto amou neste mundo.
         O Deus Santo avisou tanto, o Deus Santo avisou que Ele odeia pecado, mas o homem diz, na prática para Deus: “Eu não odeio o pecado que tu odeias, Deus, eu quero viver aqui com eles, eu quero andar com eles. Se tu me queres com meus pecados, então eu vou te seguir.” Porém, Deus não é ministro do pecado, então o homem despreza o fato de que o Deus Santo tem ódio do pecado e continuamente diz para Deus: “Vou fazer o que eu bem quero, vou dirigir minha vida, vou controlar minha vida, vou ser guiado como eu quero, eu tenho os meus caminhos, e vou andar nesses meus caminhos assim como eu gosto, como eu sinto, como eu quero e como sempre procurei ser.” Então, sendo assim, seus olhos serão abertos na eternidade, e eles vão enxergar tardiamente que neste mundo brincaram com fogo, e aquele que carrega fogo em seu seio, será queimado.

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