segunda-feira, 14 de julho de 2014

A CONFISSÃO DA FÉ NA HORA DA MORTE




“...O Deus em cuja presença andaram meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou durante a minha vida até este dia, o Anjo que me  tem livrado de todo mal, abençoe estes rapazes, seja neles chamado o meu nome e o nome de meus pais Abraão e Isaque; e cresçam em multidão no meio da terra” (Gênesis 48:15,16)
         O que Jacó falou ali usando as palavras acima mostra o que acontece na confissão de fé todo verdadeiro crente. José pode ouvir essas palavras e pode entender Seu pai, porque também usufruía da mesma fé e experimentou os reveses deste mundo por meio de terríveis provações. Ali estava o idoso Jacó, um homem que no meio do desespero e das adversidades da vida pode conhecer o Deus de seus pais. Quero destacar três lições nessa confissão do crente Jacó, para que ao examiná-las vejamos como cada uma delas combina com a fé verdadeira que pelo Espírito foi dada ao crente.
         1.      A fé verdadeira tem uma história verdadeira: “O Deus em cuja presença andaram meus pais...”. Quando o homem é despertado para a salvação mediante o sangue do Cordeiro de Deus, eis que ele passa a contemplar o histórico daquilo que Ele, mediante a graça passou a ter e ser. Como alguém que nasce numa família fica posteriormente sabendo que teve parentes que fizeram parte da família na qual faz parte agora. A fé é assim, pois logo percebe que há uma linhagem no passado e considera essa linhagem como “...meus pais...”. A fé percebe que santos no passado viveram, lutaram e venceram para deixar as marcas indeléveis no solo deste mundo maligno.
         Enquanto isso, a fé falsa não tem nenhuma história, pois sempre se apoia no mundo e na força da carne para viver aqui. O que Jacó confessou, jamais Esaú poderia falar. As vidas de seus pais ficaram apagadas num coração corrompido pelas ambições de progresso e prosperidade.
         2.      A fé verdadeira tem uma Rocha firmada debaixo dos pés: “...o Deus que me sustentou...o Anjo que me tem livrado...”. Que mudança gloriosa foi operada na vida de Jacó! Como o Senhor usou de compaixão com Ele! Agora, depois de todas as aflições resultantes de seus próprios erros, pode ver que o Deus soberano carregou-o nos Seus braços de amor. Agora soube que foi Deus quem o livrou de perigos fatais; que foi o Senhor que depois de sofrimentos em sua própria família, eis que o Senhor lhe trouxe a alegria e gozo no tempo e no lugar exato.
         3.      A fé verdadeira tem um propósito definido: “...abençoe estes rapazes...”. Note bem caro leitor, pois não há petições mundanas para sua descendência. O que Jacó quer é que Deus conduza sua prole pelo mesmo caminho por onde ele foi guiado. Jacó agora conhece o mundo por onde passou; conhece os perigos terríveis e sabe o quão enganosa é a carne e quão indigno de confiança é o ser humano. Ele quer o Senhor Deus em Sua família. Ele sabe que vai morrer, mas a Palavra de Deus e Seus intentos eternos jamais morrerão. Então a fé pede essa bênção eternal para aqueles que vão ficar aqui e ocupar o seu lugar para os santos propósitos de Deus através de Israel.
         Quão maravilhosa é a fé que foi entregue aos santos! Ela é invencível num mundo derrotado. Ela é imortal num mundo que perece. Ela é poderosa num mundo tão limitado, pois vê a luz de Deus no passado, no presente e no futuro, tudo segundo a visão de Deus.
         Quão medíocre é a fé tosca do homem natural. Ela nasce agora e morre logo. A fé natural não tem onde se apoiar, a não ser neste mundo, por isso depende do mundo e da força dos homens.

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