“Assim,
porque és morno e nem és quente nem frio estou a ponto de vomitar-te da minha
boca” (Apocalipse 3:16).
Caro leitor, na
meditação de ontem procurei reforçar bem o fato do propósito eterno da
conquista da igreja ali na cruz. Não esqueçamos o que Ele disse em Mateus
16:18: “Eu edificarei a minha igreja...”. Notemos o verbo no futuro,
porquanto foi na cruz que essa maravilhosa conquista seria efetuada. Procurei
mostrar que não há mediação nem dos homens nem dos anjos; que ninguém mais foi
chamado para participar desse evento planejado na eternidade. A glória é de
Deus, e é a vontade soberana que está em plena atividade. Vemos essas
maravilhas da soberana salvação no esplêndido livro de Isaías, especialmente a
partir do cap. 40. Ali vemos Deus notificando Seus grandes feitos em favor de
homens e mulheres no mundo inteiro; Ele está declarando que há de cumprir as
Suas promessas feitas a Abraão. Vemos ali promessas como Esta: “...Ele (Jesus)
trará Justiça às nações” (42:1), e outras declarações incríveis
partindo da boca de Deus.
Então, bem reforçados
nas Escrituras, conheçamos agora as maravilhas reveladas acerca da noiva do
Cordeiro. A apostasia atual não apaga essa luz que brilha! A igreja de
Laodicéia está fadada ao juízo, irá curtir o sofrimento eterno, porque não
pertence ao Senhor, mas à grande meretriz mundana (Apocalipse 18). A igreja
vitoriosa será vista em toda sua grandeza quando o Senhor retornar em glória
com esse exército vestido de branco, descendo do céu (Apocalipse 19). A igreja
do Senhor, constituída de pessoas simples e aparentemente derrotadas é
invencível! Não há poder deste mundo capaz de destruir a igreja, porquanto ela
surgiu da redenção da cruz; ela veio da vitória já consumada de Cristo, pois
todos os inimigos foram completamente derrotados e toda fúria deles agora é
inútil.
A igreja é triunfante,
mesmo que esteja diante da morte, porque é o povo da ressurreição! A morte de
cada santo é o último petardo inimigo, fazendo com que a perfeição eterna tenha
seu inicio! Não esqueçamos o que nosso Senhor afirmou acerca de cada um dos
eleitos: “...e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44). A vida do
filho é infinita, eterna; Dele veio a imortalidade, por isso a morte vem para
arrancar essa película feita de barro; veio desfazer essa prisão temporária,
essa tenda onde os santos habitam por breve tempo (2 Coríntios 5:4). A
supremacia da igreja não é contada do lado de cá, mas sim do lado de lá,
porquanto todos os que já morreram estão agora realmente vivos!
Mas, posso assegurar
que mesmo sendo visto deste lado com um número tão reduzido, a igreja do Senhor
se sobressai na força do Senhor seu Deus: “Maior é o que está em nós do que aquele que
está no mundo”. As vitórias conquistadas pelos santos sempre foram
mostradas em forma de milagres, enquanto o mundo sempre busca o triunfo por
meio de números. Bastou 3 homens na Babilônia para que Deus mostrasse Sua
glória no meio de um numeroso exército de pagãos e corruptos. A força do mundo
está nas armas, no poder de matar o corpo. Mas a igreja de Deus prevalece na
oração. Bastou a oração da igreja para que Pedro escapasse milagrosamente da
prisão e da morte (Atos 12). Bastou a oração de Ezequias para que 185 mil
soldados fossem destruídos numa só noite pelo Anjo do Senhor (2 Reis 19).
A igreja do Senhor
possui a arma da fé: “E esta é a vitória que vence o mundo, a
nossa fé” (1 João 5:4). Debaixo dessa gloriosa fé habitam os
instrumentos santos da justiça, retidão, santidade, amor, compaixão e coragem.
Essas vestes sagradas ornamentam a igreja na guerra; toda sua investida não
visa matar os homens, mas sim o mal. Basta um homem de fé e ele servirá de
locomotiva. Basta um forte varão, carregado e inflamado de amor e zelo pela
glória de Deus, para que o exército mundano venha a tombar. O Senhor, o Deus da
igreja opera assim, porque Ele é o “Senhor dos exércitos” (Salmo 24).
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