“É Ele quem
perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da
cova redime a tua vida e te coroa de graça e de misericórdia; quem farta de
bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia”
(Salmo 103:3-5).
A VIDA
DIRECIONADA PELA FÉ TRIUNFANTE: “Quem
farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a
águia”
Amado
leitor, o que significa a frase: “Quem farta de bens a tua velhice...”?
Primeiramente vemos perante nossos olhos o verdadeiro significado de
prosperidade. Enquanto o mundo busca aquilo que causa maior peso à alma, eis aí
a gloriosa conquista que o crente tem em Cristo mediante o sangue remidor.
Consideremos profundamente essa verdade, amigo leitor. O mundo evangélico
moderno busca a prosperidade atraente à carne; quer que Deus melhore aquilo que
não pode ser melhorado, devido à entrada do pecado. Eles querem carregar aqui
justamente aquilo que faz a alma sofrer em depressão, angústia, fracasso e outras
misérias resultantes do peso do pecado.
Em segundo lugar quero
considerar como as Escrituras tratam sobre a maior miséria na qual vivem os
homens neste, subjugados ao corpo do pecado. Não esqueço uma reportagem na
televisão sobre a velhice. Pude ver um casal de idosos que sofria muito a
rejeição dos próprios filhos, e com as enfermidades trazendo maior peso, eles
preferiam a morte a viver mais anos em sofrimento. Entretanto, vejo a multidão
atrás de prosperidades em todos os aspectos desta vida passageira. A Palavra de
Deus faz ressoar bem o horror do pecado em nossos corpos mortais. Vemos por
exemplo, no Salmo 90 como o salmista expõe a limitação da existência humana e
apresenta a Ira de Deus como a causa que veio a reduzir drasticamente a vida do
homem na face da terra: “Tu reduzes o homem ao pó, e dizes: Voltai, filhos dos homens!”
(Salmo 90:3). Como a Palavra de Deus é de uma comunicação incrível! Fugi dessa
verdade é simplesmente loucura, porque tudo aparece bem definido para a raça
humana: “A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua
robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa
rapidamente, e nós voamos” (verso 10).
Continuemos considerando no Velho Testamento as tristes e
fatais conseqüências do pecado em nossos corpos mortais. É impossível tratar de
tudo o que Deus fala a respeito dessa verdade nos 39 livros do Antigo
Testamento. Porém, encaremos seriamente que mentalidade tinha os santos a
respeito de seus corpos mortais. Enoque viveu no período de maior privilégio
quanto à duração da vida na terra, quando os homens beiravam os mil anos de
vida. Mas a conversão mudou a mente desse homem que andava com Deus, de tal
maneira que a existência nesta vida para ele não passava de um viver inútil. A
ressurreição de seu corpo era a alegria dele e a motivação de um viver santo
nesta jornada terrena. Notemos a vida de Abraão, um homem materialmente
próspero, mas que encarava a vida aqui como uma peregrinação, por isso acenava
constantemente para a sua cidade permanente, a Nova Jerusalém: ”porque esperava a
cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus”
(Hebreus 11:10). Quando lembramos o líder Moisés temos uma gigantesca
ilustração daquilo que estamos considerando aqui. Aquele grande homem
considerou todo sucesso mundano como quinquilharias ao encarar os tesouros de
Cristo como verdadeiro galardão (Hebreus 11:23-25).
Diante dessa verdade é
que trago à mesa do banquete de Deus este assunto tão maravilhoso aos ouvidos
da fé triunfante: “Quem farta de bens a tua velhice...”. Convido o
leitor para averiguar se esta verdade é de interesse genuíno em seu coração. Quais
são os bens que uma velhice possa tanto interessar-se? Quando é que uma velhice pode
considerar-se jovem?
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