quarta-feira, 19 de junho de 2013

O VERDADEIRO INIMIGO (14)




        “Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel e Justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).
O PODER ATORMENTADOR DO INIMIGO (terceira)
Amigo leitor, estou tentando mostrar o que significa o poder atormentador do pecado. Com todo ardor de minha alma falo que a bondade achada no pecado não passa de ser maldade. Não há ilusão maior do que cavar em busca de alguma bondade no homem, mas é o que estão fazendo hoje, e quantos mais ousam fazer isso, mais descobrem que nada há no homem senão o contrário daquilo que estão buscando com tanta veemência.
A palavra de Deus não pode mentir, porquanto o Espírito Santo afirma que "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do Alto". Qualquer confiança na bondade humana resulta em um viver amaldiçoado, porquanto a bíblia diz: "Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne mortal o seu braço." (Jeremias 17:9). Entretanto, a natureza terrena e maligna do coração humano faz com que os olhos busquem apoio no poder e na habilidade do homem. Tudo aquilo que aparenta ser manifestação de qualquer bondade humana em favor dos outros não passa de ser crueldade. Se você foi socorrido e ajudado por alguém outro em qualquer circunstância da vida, pode estar certo, meu amigo, que não foi socorro do homem, mas sim de Deus que usa quem Ele quiser para manifestar sua bondade e ternura.
        Falo também, a respeito da religião do pecado. O ser humano por natureza é religioso, só que é a religião natural que busca e encontra seus deuses na própria natureza, entre os animais, nos astros, em ídolos forjados pelos próprios homens. A história da religião idólatra do homem no pecado começou na queda. O homem no pecado nunca mudou em sua luta de mudar a glória de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do criador.
É a religião do pecado a qual sempre pulverizou um contexto de ódio, superstições, crimes hediondos e outras barbaridades praticadas em nome da religião (João 16:1). A religião do pecado vem adornada de zelo, porém, sem qualquer entendimento; vem revestida de piedade externa sem qualquer mudança no coração; vem carregada de legalismo e dogmas humanos sem qualquer interesse de buscar a honra e a glória de Deus, e o bem eternal dos homens, pelo contrário, torna o homem herdeiro do inferno duas vezes. Quão venenosa é a religião do pecado! Ela enfeitiça e entenebrece a mente, subjuga as emoções e acorrenta a vontade. Ela traz suas doutrinas açucaradas, cheirosas dos perfumes das invenções humanas e adorna o caminho largo de sentimentos errôneos a respeito de Deus, para que as almas partam para a ruína eterna sem perceberem quaisquer perigos.
Na conversão a Cristo o homem passa a conhecer a religião do coração, o temor que é devido ao Senhor somente. Foi assim com Saulo de Tarso, em sua religiosidade externa desconhecia a crueldade do seu próprio coração, até que foi achado pelo glorioso Salvador e Senhor. Doravante, não era mais o velho Saulo, mas sim o novo Paulo, feito por Deus numa nova criatura.

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